Todos os capítulos do Meu atual e ex-namorado: Capítulo 11 - Capítulo 20
28 chapters
Onze
Saudades. Estava morrendo de saudades. Estava definhando em saudades. Minha vida voltou a fazer sentido quando Kevin me abraçou. Trocamos beijos, carícias íntimas, e abraços profundos. Eu sabia que estava sentindo falta de alguma coisa todo o tempo, mas como adulta responsável pelas suas escolhas, eu precisava fingir que não sabia o que era. Mas naquele momento constatei, de forma que eu não podia negar a mim mesma e a ninguém, que era ele, que eu sentia falta de nós.Durante minha adolescência não acreditava muito em romances tão duradouros, em amor de verdade. Quando terminei com Kevin, acreditei que superaria e em algum momento tudo não passaria de uma lembrança. E apesar de suportar bem, não tinha superado completamente.— Wendy... — Kevin riu nervoso tocando minha cintura com as duas mãos.Eu fingi não ter escutado e
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Doze
(Lembrança)Eu havia me apaixonado pelo orelhudo irritante. Tentei odiá-lo, mas quando estava de frente para ele, meu coração desmanchava. Eu não sabia mais o que fazer para tirar as visões de nossos beijos de mentira da minha cabeça. Droga, Wendy! Com tantos homens por aí, foi querer logo esse?— Ele nunca vai olhar para mim! — Sara reclamou quando nos deparamos com os dois amigos na fila do cinema.Engoli seco querendo tirar os olhos do Kevin, mas ele estava tão bonito com o cabelo partido ao lado, e uma jaqueta jeans. O garoto adorava acessórios, e sempre estava usando alguma pulseira ou colar.— Você deveria falar com o Jacob — falei tentando não parecer embasbacada. — Ele é tão legal!— A gente nem consegue conversar! — ela suspirou. — Se ele pelo menos ele me irritasse como
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Treze
(Lembrança) Eu saí com os colegas da faculdade quando finalmente chegamos ao último dia de aula do semestre. Todos estavam comemorando o fim das provas e as possíveis aprovações nas disciplinas, então resolvi me enturmar com eles e fomos todos beber. Precisava mesmo sair com outras pessoas e tentar não pensar no orelhudo metido que não deu as caras depois de eu
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Catorze
Acordei com o som de uma buzina, mas tomei um susto em ver que estava em um local diferente da minha casa quando consegui processar a imagem. Me sentei apressada e analisei rapidamente a cama de casal. Passei as mãos em meus cabelos enquanto observava em volta e tentava lembrar o que tinha acontecido. Eu sabia que tinha bebido, e geralmente não esquecia das coisas. Ah! Quero dizer, ah não! Espera, ele não dormiu comigo?  Olhei para o outro lado da cama, vazio e sem rastros de outra pessoa além da minha bagunça. Suspirei sem saber o que sentir. Eu acordei na casa do meu ex-namorado, porque dormi depois do terceiro copo. Bonito, Wendy! Eu e Kevin nunca dormimos juntos, não de deitarmos juntos e acordarmos juntos. Era meu sonho de princesa poder acordar ao lado do meu namorado quando eu era mais nova, mas nunca tínhamos a oportunidade, até porque nossos pais sempre estavam por perto, e eram complicadas as vezes que conseguíamos fazer
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Quinze
— Eu odeio quando você faz isso! — reclamei pressionando minha barriga e tentando parar de rir. Kevin sorriu e deu uma colherada em sua comida como se fosse a pessoa mais inocente do mundo. Ele conseguia ficar vesgo e mover os olhos de forma esquisita, o que eu sempre tive agonia, e o mesmo fazia só para me irritar. O garçom passou nos olhando de forma estranha e Kevin caiu na gargalhada. Eu sorri convencida de
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Dezesseis
Entramos juntos e eu não queria pensar em controlar meu coração acelerado e nem todas as reações que meu corpo estava emanando. — Você está com fome? — ele perguntou depois de acender as luzes. — Eu posso preparar algo enquanto você toma banho.— Eu posso preparar alguma coisa enquanto você toma banho — cutuquei seu peito com o dedo indicador e recebi uma risad
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Dezessete
— Meu Deus, temos que ir! — lutei contra a vontade de rir.Kevin alisou minha barriga desnuda por baixo do lençol quando comecei a reclamar.— Posso te dar uma carona — ele me abraçou e apoiou o queixo sobre meu ombro. — Ainda é cedo.— A padaria abre mais cedo — virei o rosto para trás.Kevin me soltou do seu abraço e fiquei de frente para sua expressão divertida, com olhos de sono e cabelo bagunçado.— Preciso ir! — apertei sua bochecha.— Tão cedo? — esticou seu braço para alcançar o celular, onde checou as horas. — Tá, não é tão cedo.— Estarei atrasada daqui 30 minutos — deslizei para fora da cama, puxando comigo o cobertor.Tomei banho rápido e vesti minhas roupas do dia anterior. Eu estava pouco preocupada com aquele detalhe, porque de
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Dezoito
— É você que anda bagunçando minhas coisas, não é pequena Wendy? — Kevin murmurou enquanto vasculhava as gavetas do armário da cozinha.Eu revirei os olhos e nem me movi da minha linda pose de madame. Estava encostada na bancada, com os braços cruzados e a hidratação no cabelo.— Não mexi em nada! — me defendi chamando sua atenção. — O que est&
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Dezenove
Kevin dirigiu para a casa dos meus pais em silêncio. Eu me sentia ansiosa, lembrando do tom de voz de mamãe e do quanto papai parecia alterado. O que mais me assustou foi imaginar o por que papai precisaria de um advogado, mas a realidade me chocou fortemente quando avistei a viatura estacionada na frente da casa dos meus pais, e meu pai estava algemado sendo escoltado por três policiais. Eu saí correndo do carro sem esperar o Kevin estacionar direito. — Wendy... — pude ouvi-lo chamar, mas meu racional não estava trabalhando bem e só continuei correndo. Papai arregalou os olhos quando me viu, e eu quis chutar todas as vizinhas velhas que estavam ali para fazer tumulto e contar fofocas mentirosas depois. — Eu sou a advogada dele! — me aproximei vomitando as palavras enquanto tentava recuperar o ar da corrida. — Sou a advogada! — repeti depois de soltar um suspiro. — Vocês tem um mandato? Um dos policiais revirou os olhos e se posicionou em minh
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Vinte
Papai voltou para casa no dia seguinte, o que rendeu o alívio de mamãe, e na cabeça dela tudo estava certo. Mas não estava, na verdade a coisa era mais feia do que eles imaginavam.Ele estava sendo acusado de desvio de dinheiro. Depois de estudar as acusações e os materiais que comprovavam a culpa do meu pai, percebi que ou o culpado estava disposto a inventar qualquer prova para se safar da culpa, ou meu pai era o culpado.O promotor do caso descobriu uma conta bancária, em nome do meu pai, a qual tinha movimentação de altos valores de dinheiro da empresa.— Eu realmente não sei o que aconteceu! — papai disse tomando um café naquela noite.Era bom vê-lo em casa, mas eu não me sentia mais tranquila. Se eu não pudesse provar sua inocência, teria que reviver a mesma cena do dia anterior.— Eu nunca tive acesso a essa conta, nem sab
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