— Eu odeio quando você faz isso! — reclamei pressionando minha barriga e tentando parar de rir.
Kevin sorriu e deu uma colherada em sua comida como se fosse a pessoa mais inocente do mundo. Ele conseguia ficar vesgo e mover os olhos de forma esquisita, o que eu sempre tive agonia, e o mesmo fazia só para me irritar.
O garçom passou nos olhando de forma estranha e Kevin caiu na gargalhada. Eu sorri convencida de
Entramos juntos e eu não queria pensar em controlar meu coração acelerado e nem todas as reações que meu corpo estava emanando.— Você está com fome? — ele perguntou depois de acender as luzes. — Eu posso preparar algo enquanto você toma banho.— Eu posso preparar alguma coisa enquanto você toma banho — cutuquei seu peito com o dedo indicador e recebi uma risad
— Meu Deus, temos que ir! — lutei contra a vontade de rir.Kevin alisou minha barriga desnuda por baixo do lençol quando comecei a reclamar.— Posso te dar uma carona — ele me abraçou e apoiou o queixo sobre meu ombro. — Ainda é cedo.— A padaria abre mais cedo — virei o rosto para trás.Kevin me soltou do seu abraço e fiquei de frente para sua expressão divertida, com olhos de sono e cabelo bagunçado.— Preciso ir! — apertei sua bochecha.— Tão cedo? — esticou seu braço para alcançar o celular, onde checou as horas. — Tá, não é tão cedo.— Estarei atrasada daqui 30 minutos — deslizei para fora da cama, puxando comigo o cobertor.Tomei banho rápido e vesti minhas roupas do dia anterior. Eu estava pouco preocupada com aquele detalhe, porque de
— É você que anda bagunçando minhas coisas, não é pequena Wendy? — Kevin murmurou enquanto vasculhava as gavetas do armário da cozinha.Eu revirei os olhos e nem me movi da minha linda pose de madame. Estava encostada na bancada, com os braços cruzados e a hidratação no cabelo.— Não mexi em nada! — me defendi chamando sua atenção. — O que est&
Kevin dirigiu para a casa dos meus pais em silêncio. Eu me sentia ansiosa, lembrando do tom de voz de mamãe e do quanto papai parecia alterado. O que mais me assustou foi imaginar o por que papai precisaria de um advogado, mas a realidade me chocou fortemente quando avistei a viatura estacionada na frente da casa dos meus pais, e meu pai estava algemado sendo escoltado por três policiais. Eu saí correndo do carro sem esperar o Kevin estacionar direito. — Wendy... — pude ouvi-lo chamar, mas meu racional não estava trabalhando bem e só continuei correndo. Papai arregalou os olhos quando me viu, e eu quis chutar todas as vizinhas velhas que estavam ali para fazer tumulto e contar fofocas mentirosas depois. — Eu sou a advogada dele! — me aproximei vomitando as palavras enquanto tentava recuperar o ar da corrida. — Sou a advogada! — repeti depois de soltar um suspiro. — Vocês tem um mandato? Um dos policiais revirou os olhos e se posicionou em minh
Papai voltou para casa no dia seguinte, o que rendeu o alívio de mamãe, e na cabeça dela tudo estava certo. Mas não estava, na verdade a coisa era mais feia do que eles imaginavam.Ele estava sendo acusado de desvio de dinheiro. Depois de estudar as acusações e os materiais que comprovavam a culpa do meu pai, percebi que ou o culpado estava disposto a inventar qualquer prova para se safar da culpa, ou meu pai era o culpado.O promotor do caso descobriu uma conta bancária, em nome do meu pai, a qual tinha movimentação de altos valores de dinheiro da empresa.— Eu realmente não sei o que aconteceu! — papai disse tomando um café naquela noite.Era bom vê-lo em casa, mas eu não me sentia mais tranquila. Se eu não pudesse provar sua inocência, teria que reviver a mesma cena do dia anterior.— Eu nunca tive acesso a essa conta, nem sab
— Declaro o réu inocente! — o juiz bateu o martelo de madeira, e eu soltei a respiração. ✴✴✴ Três dias antes do julgamento... Encontrei a detetive Laura Campos em seu escritório. Ela estava com profundas olheiras e diversos papéis espalhados pela sua mesa. Fingi não ter notado que seu terninho estava todo amarrotado e que havia um prato com pedaços de pizza no armário ao lado, onde mosquinhas voavam felizes. A detetive Laura era uma mulher que deveria ter a minha faixa de idade, cabelos curtos com uma franja cobrindo sua testa, e feições cansadas como se não dormisse bem há dias. — Vim o quanto antes! — falei e ela fez um gesto para que eu me sentasse. — O que tem a me dizer? — Desculpe ter ligado tão cedo, advogada Wendy! Eu esqueço que as pessoas dormem, sabe? — Tudo bem! Eu disse que poderia me contatar a qualquer momento — respondi achando engraçado seu pensamento. — O que descobriu? Ela remexeu alg
Kevin estava desconfortável.Fomos a um restaurante que minha mãe gostava muito, de comida italiana, mas tudo parecia estranho. Eu queria saber o que tinha acontecido entre o Kevin e o meu pai. Mamãe fazia questão de deixar claro que não gostava do meu namorado, enquanto papai tentava apaziguar a situação.Kevin não era de ficar calado, mas perto da minha mãe ele não falava a menos que fosse responder alguma pergunta.— Agora vocês conhecem o homem que eu amo — falei durante a sobremesa.Papai sorriu confirmando, enquanto mamãe pressionou forte os lábios. Eu ainda não entendia o problema, por que Kevin era tão desprezível para ela.— Wendy... — Kevin tocou meu braço, parecendo surpreso.— Eu só disse que amo você!— Eu também te amo! — respondeu olhand
Em dois dias eu já estava instalada na casa do meu namorado. Legolas adorou poder ficar permanentemente naquela casa com quintal.E embora estivesse muito feliz, algo me deixou muito curiosa, e por mais que eu não quisesse ser a namorada ciumenta, era impossível não pensar.— Edna está ligando outra vez — falei erguendo o celular para o Kevin, o qual estava na cozinha.Ele ergueu uma sobrancelha e enxugou suas mãos antes de pegar o aparelho. Não torci a boca, mas virei o rosto querendo esconder meu suspiro.Edna ligava muito, e ela sempre estava na clínica quando ele estava. Era muito nítido para mim que ela não o tratava como um simples colega de trabalho, e aquilo começou a me incomodar um pouco.— Vou ver o que tenho sobre isso e envio para seu e-mail — ouvi Kevin falar ao celular.Saí da sala e atravessei a rua querendo encontrar m