Depois daquela triste despedida, ou não despedida, muita coisa mudou em minha vida. Passei um ano infernal após sua partida, não tinha vontade de fazer nada, eu me fechei dentro de mim, me isolei de todos. Parei de fazer tudo que me lembrava ele, exceto a escola, eu me agarrei a ela, pois a faculdade seria minha passagem só de ida para fora daquele lugar onde tudo tinha seu cheiro, suas cores, o som de sua risada. No mais, foi um ano completamente perdido, quando ele chegou ao fim, agradeci e me joguei de corpo e alma na única coisa que havia restado dele: a viagem, o ano sabático, a era da mochila, como costumávamos falar. Por mais que viajar o mundo sozinha, fizesse eu me sentir ainda mais solitária, era meu cartão de embarque para um mundo sem ele. Um mundo onde eu poderia olhar para o lado sem ter alguma lembrança de um dos nossos inúmeros momentos. Então viajei, fui a vários países, conheci diversas culturas e povos. Quanto mais me afastava de casa, mais fácil f
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