Início / Fantasia / Portal de Capricórnio / Capítulo 21 - Capítulo 30
Todos os capítulos do Portal de Capricórnio : Capítulo 21 - Capítulo 30
54 chapters
Capítulo XXI - Mapas ancestrais
O grupo de Dru Ruver ficou imóvel e sem jeito pelo discurso, mas Bram continuou: − Tornei-me explorador há quase oitocentos anos e jamais encontrei outros pequenos como vocês! Se vosso mundo é tão avançado com máquinas que falam e voam, posso garantir que nunca vi nada parecido com o que dizem, e sei o que digo, porque já percorri todas estas terras. Conheço todas as raças, vilas, aldeias e colônias por estes vastos territórios, cheguei até a borda das terras mais distantes. Este lugar de onde vocês vieram ou está muito longe de todas as terras mais distantes, ou está em outro... - ele se calou. − Tempo? – indagou sério o Dr. Meine. − Então acredita em nós? – Dru interpelou-o, ansiosa. − Em nossa história nestes dois ciclos de vida não há registro de exploradores como vocês, e nem do lugar de onde dizem que vieram! − Isto é ruim, não? – indagou Roddie. − Sem dúvida, torna-se mais ampla e complexa vossa tarefa. E somente posso responder
Ler mais
Capítulo XXII - Pistas ocultas
O rígido inverno durou cerca de cinquenta dias e durante este período o grupo de Dru Ruver estudou com afinco na Biblioteca de Kathumaram todos os dados mais relevantes sobre aquelas terras, aprendendo com exatidão a duração das estações do ano, e a localização dos territórios através dos rústicos mapas disponíveis. No início da primavera os viajantes decidiram partir para as Terras Baixas do Sul. Talvez lá, pudessem descobrir mais pistas sobre o antigo livro, e com muita sorte, quem sabe, pudessem conseguir um carimbo em seu passaporte com uma passagem de volta para casa! Antes de partirem, Bram deu de presente a cada viajante uma capa térmica de viagem, uma bússola colorida de cristal, um cantil de água intermitente e, não menos importante, um apito de localização. Os presentes foram festejados, afinal a capa térmica de viagem era capaz de resfriar o corpo se a temperatura ficasse alta, ou então aquecê-los no frio intenso. A bússola colorida de cristal era
Ler mais
Capítulo XXIII - Tratado infame
Houve agitação e euforia, até Hans retomar a palavra: - É claro, que para isto ocorrer, vocês precisam colaborar conosco. - O que você quer dizer? O que nós vamos ter que fazer? - Eu adoro mulheres práticas! – gracejou Hans - Mas, respondendo a sua pergunta de modo direto, Doutora Vitina: vocês vão colaborar conosco, fornecendo todas as informações detalhadas obtidas em Kathumaram. - Só isso? Temos que contar tudo que aconteceu conosco? - Exato, meu rapaz. Precisamos destas informações e claro, dos presentes que vocês ganharam. - Como você sabe que ganhamos presentes? – especulou Dru. - Porque vocês não tinham estes, digamos, esses apetrechos quando chegaram aqui. - E porque isto é tão importante, Hans? - Porque doutor, nós vamos civilizar este mundo e precisamos conhecer os nossos adversários! - Adversários? Então, pretendem migrar, colonizar e dominar estas terras? - Sim, doutor! Nós queremos u
Ler mais
Capítulo XXIV - A chave extraordinariamente comum
Neste momento, Hans encarou Dru Ruver: o estrangeiro estendeu a palma da mão direita, como que inquirindo algo! Foi então, que Dru tateou o bolso esquerdo da calça e retirou a chave extraordinariamente comum, que Hans havia dado à ela meses atrás: - Você quer dizer que esta chave: a chave da suposta casa de arandelas niqueladas, na verdade é a chave de um Portal do Tempo? - Mas é claro, minha jovem. – explicou Hans - Sem uma chave, ninguém pode atravessar um Portal do tempo! Foi deste modo que vieram para este lugar e é com este chave que poderão voltar para casa! Todos estavam pasmos com a ideia, Dru não se conformava: - E se eu tivesse perdido esta chave? Ou melhor, e se eu não tivesse guardado esta chave no bolso? - Então, minha jovem, vocês jamais voltariam para casa! - E você? Como atravessa o Portal? – Roddie perguntou áspero. - Eu tenho a minha própria chave, é claro! E assim, acontece com todos os viajantes do tempo. Ca
Ler mais
Capítulo XXV - O estranho telefonema
O grupo se instalou na confortável sala de estar, Dru fechou todas as cortinas e as portas para isolar o ambiente. A jovem sentou em sua poltrona preferida com a poodle em seu colo e desabafou:- Será que Hans vai mesmo avisar que voltamos para casa?- Sem dúvida! Afinal, eles não iriam nos mandar de volta se isto não fosse conveniente! – respondeu Meine.- E agora? Qual é o plano? – indagou Roddie.- A única certeza que tenho é que eu não vou colaborar com estes crápulas! – Vitina argumentou.- Nem eu! – constatou Meine – Eu blefei, entenderam?! Jamais vou entregar Bram! Ele salvou a minha vida!- Eu sabia que era um blefe! Tinha certeza! – Dru se adiantou- Nossa tio: você foi mais velhaco que Hans! Hahaha, hahaha, hahaha.- E o tempo todo, eu estava revoltada, imaginando que você era de fato um traidor! &ndas
Ler mais
Capítulo XXVI - Regras dissonantes
No terraço à beira-mar, os outros três viajantes permaneciam atentos e ansiosos. Vitina, Roddie e Dru vigiavam a porta da sala de estar em busca de um sinal de Meine, mas ela permanecia fechada há horas. Por volta do meio-dia, Hans saiu da sala carregando as capas térmicas, a bússola e o cantil de água intermitente como se fossem relíquias. Meine o seguia de perto, o cartógrafo estava exausto, mas com uma expressão serena no rosto. Hans passou pelo terraço indiferente, com o passo apressado, antes de cruzar a porta de saída, se virou para o grupo se despedindo: − Vou levar imediatamente este material para análise! Permaneçam aqui e sejam discretos. Como já informei a Meine, vocês serão vigiados e a vida de cada um depende da atitude do outro. Se revelarem a verdade, todos serão eliminados, inclusive todos os seus parentes e amigos mais próximos! O meu grupo vai cuidar de informar a imprensa uma versão oficial dos fatos. Vocês serão devidamente informados atra
Ler mais
Capítulo XXVII - Sem notícias
Na manhã seguinte a Sra. Lile preparava o café da manhã, enquanto assistia a televisão. Foi quando a programação normal foi interrompida por um noticiário extraordinário. Com o coração ainda abalado pela notícia, a Sra. Lile correu até o quarto de Dru Ruver para informar os trágicos fatos. A jovem ainda dormia quando batidas insistentes na porta a acordaram e Dolly - a poodle mais amada que se tem notícia - que cochilava em sua cama latiu freneticamente com tanto barulho. Dru teve apenas tempo para sentar-se na cama, enquanto a Sra. Lile entrava bufando e aflita no quarto: - Eu sinto muito! Eu sinto muito! Pobrezinha! - a voz aflita da cozinheira demandava urgência. - Mas eu preciso contar o que aconteceu! - O que aconteceu Sra. Lile? - perguntou Dru atônita. - Acabei de ver na televisão! Pobrezinhos! - ela tentava achar as palavras certas, mas não conseguia se decidir sobre a melhor maneira de contar o ocorrido. - Calma Sra. Lile! O que acont
Ler mais
Capítulo XXVIII - O desfiladeiro rochoso
Por volta das quatro horas e quarenta e três minutos daquela madrugada, o telefone tocou: - Quatro corujas alçaram voo esta noite, senhor! - E rumaram para o alvo? - Positivo. Quatro corujas no alvo, senhor. - Não se aproxime do local, os alvos não devem ser procurados, entendido? - Sim, senhor! - O perímetro deve ser evacuado, recolha todo o equipamento e volte para a base. Eu quero ver ainda hoje as imagens das câmeras de segurança deste voo, entendido? - Entendido, senhor. Do outro lado da linha, o chefe saboreou a informação com um sorriso afetado. Tudo havia saído como o previsto. Ele ainda refletiu: “corte-lhes as asas, que em desespero tentarão voar de qualquer modo” – sem dúvida homens e animais tem muito em comum. Após o telefonema, Hans, havia perdido o sono com a promissora novidade. Tudo aconteceu de modo rápido, assim que Dru Ruver tocou o piso branco com a mão, uma luz forte e intensa iluminou o qu
Ler mais
Capítulo XXIX - Plano perfeito
As imagens das câmeras de segurança eram perfeitas. Afinal, o equipamento de visão noturna de última geração era acionado por detectores de movimento. Vendo aquelas imagens, Hans regozijava-se: - Engenhoso,  muito engenhoso! No vídeo era possível acompanhar a fuga dos quatro viajantes do tempo, a descida pelo telhado, o movimento de esgueirar-se pela face norte, a eliminação da corda, e toda a trilha percorrida até o grupo chegar à casa de arandelas niqueladas. O relógio da última câmera de segurança marcava quatro horas vinte e três minutos e trinta segundos e registrou o momento exato de um clarão forte e intenso dentro da casa, que não durou mais do que trinta segundos. Para Hans, não havia qualquer dúvida: o grupo de Dru Ruver havia atravessado o Portal do Tempo.   Nas Terras Ermas a cerca de nove meses atrás, Ada e Oscar Kupis chegaram exaustos e famintos após a travessia do deserto branco. Aquela novo pedaço de terra era compos
Ler mais
Capítulo XXX - O chamado inesperado
Para os viajantes do tempo o trajeto para o deserto branco era longo e árduo. Naquela noite durante o jantar, Vitina mesmo tentando manter o ânimo, expôs suas preocupações ao grupo: - E se quando chegarmos ao deserto branco não encontrarmos ninguém? Ou pior, e se encontrarmos todos mortos? - Será que eles não conseguiram atravessar o deserto branco e estão seguros em outro lugar? – opinou Roddie. - Não adianta especular - ponderou Meine de mau humor - O mais importante é descobrir a verdade: vivos ou mortos, nós temos que saber o que aconteceu a eles! - Tem razão, doutor. - concordou Dru. - É melhor saber o paradeiro deles do que não saber de nada, não é mesmo? - Isso é verdade. - disse Vitina - Não adianta se iludir com finais felizes, isto só acontece em romances e contos de fadas. Foi quando Roddie disse: - Mas também não precisa ser tão pessimista! Eles podem estar são e salvos em algum lugar... As palavras do jovem
Ler mais