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Todos os capítulos do Coelhinha Por Contrato: Capítulo 61 - Capítulo 70
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61 A VISITA II
CLARA ASSUNÇÃO Quando minha madrinha e Lua chegaram foi uma verdadeira festa, tia Go era muito divertida e fazia comentários espirituosos todo tempo. Daniel parecia nervoso quando os apresentei, ficou sem graça e tive a impressão que chegou a corar por um momento. Mas o primeiro dia da visita foi simplesmente fantástico! Luany estava enlouquecida com o lugar, tia Gorete teve uma boa impressão de Daniel e, exceto pelo momento em que quase revelou a situação em que me tirou do abrigo, tudo saiu muito melhor do que esperava. Conversei muito com minha dinda durante a tarde, contei todas as novidades, disse que estava aprendendo muitas coisas novas e também falei que estava pensando em trancar de vez a faculdade. Ela aconselhou a ir com calma e pensar bem antes de mudar todos os meus planos por causa de um homem, mas também disse que deveria ouvir meu coração e se realmente fosse meu desejo, tinha mesmo que aproveitar as oportunidades que estavam surgindo. Ler mais
62 MUITO FERRADA
CLARA ASSUNÇÃO Ele nos levou para almoçar em um lugar lindo, era como um enorme gazebo com um bar circular no centro do ambiente e mesas espalhadas ao redor. A construção ficava em um tipo de estufa imensa onde podíamos ver as trepadeiras descendo em cascatas por toda parte. Passeamos pelo jardim externo antes de almoçarmos, Lua saiu correndo e tia Go foi atrás de sua caçula para tentar controlar a menina arteira. Meu noivo de mentira estava silencioso, mantinha as mãos nos bolsos da bermuda bege, usava um suéter preto com as mangas puxadas até os cotovelos e um boné no mesmo tom escondia parcialmente seu rosto. Ele não tentava se aproximar, não tentava me beijar e sabia que estava agindo assim porque impus todos aqueles limites, então passei o braço em volta do seu e me encolhi em sua direção. O empresário me encarou brevemente, mas logo voltou a atenção para a vegetação ao redor, parecendo indiferente ao meu carinho. Fiquei desconsertada e sem saber como fa
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63 CONSERTANDO AS COISAS
DANIEL ALENCAR Quando abri a porta do quarto naquela noite dei de cara com o espetáculo acontecendo. Maria Clara tomava banho com a luz do banheiro acesa enquanto todo o resto do quarto estava na penumbra. Daquela forma era possível ver a silhueta de seu corpo despido através das persianas fechadas, a Iluminação no interior do aquário foi projetada para criar o efeito de luz e sombras, deixando as formas de quem estava dentro da caixa completamente expostas. Me aproximei da parede de vidro e observei minuciosamente suas curvas, não dava para ver nenhum detalhe de seu corpo, mas seus contornos estavam todos lá para o meu del
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64 UM NOVO JEITO DE OLHAR
DANIEL ALENCAR Enrolei por mais um tempo antes de descer, fazia frio naquele domingo e a chuva escorria pelas vidraças das grandes janelas. Cheguei à mesa do café já passavam das dez, Gorete e Luany me deram bom dia quando entrei e respondi seus cumprimentos com um sorriso enquanto caminhava decidido em direção aos deliciosos lábios de minha belíssima noiva. Que confesso, estava louco para beijar. Apoiei a mão em seu rosto e envolvi seu lábio inferior o sugando levemente, ainda estávamos com os olhos entre abertos e adorei vê-la os fechando ao corresponder meu beijo. Nossas línguas chegaram a se cumprimentar brevemente, mas me afastei para encontrar novamente o seu olhar, tomei fôlego e falei em direção às nossas convidadas: _ Desculpem minhas queridas, mas não tive a oportunidade de dar um bom dia adequado para minha futura esposa antes de descer. Clara sorria, apesar de estar envergonhada, dona Gorete parecia satisfe
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65 A VERDADE CRUEL I
DANIEL ALENCAR A semana seguiu com a monotonia rotineira da corporação. Estranhamente passei a ansiar pelo fim das atividades para poder regressar ao universo carinhoso que se transformou o elefante branco sem vida onde minha noiva fictícia morava. Dona Gorete sempre estava animada, falava pelos cotovelos sobre os lugares que visitavam e sobre os presentes que a filha adotiva vinha lhe dando. Luany realmente era terrível, quando se soltava corria de um lado para o outro enlouquecendo sua mãe, irmã e até as empregadas. Mas o que mais estava gostando em toda aquela bagunça era poder ser o noivo da Maria Clara Assunção todos os dias. Da Clara de verdade, doce, submissa e transparente.Não do produto comercial que de início pretendia que se fosse. Na quarta a surpreendi distraída com um pote de sorvete na bancada da cozinha quando voltava da academia e o que vi acontecer naquela noite foi o tesão mais genuíno e delicioso que tinha pres
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66 A VERDADE CRUEL II
DANIEL ALENCAR Passamos a manhã seguinte organizando uma pequena festa de despedida para sua família, que voltaria para o interior na tarde seguinte. Clara chamou sua amiga e convidei Lucas, Laura e Emílio para participarem da recepção. Não convidaria meu pai mesmo que estivesse na cidade, sabia que provavelmente acabaria causando algum mal estar com seu comportamento autoritário e não estava nem um pouco afim de lidar com suas censuras sobre as origens de minha noiva. Fazia um sol pálido naquele sábado, mas foi suficiente para as crianças caírem na piscina. O menu do dia foi churrasco, no JBL tocou pagode, música sertaneja e brega funk. Lucas me olhava com ironia de vez em quando, Laura repetiu umas duas vezes que não sabia o que estava fazendo ali. Emílio veio com a esposa e o filho mais novo, Miguel de nove anos, e ao menos eles pareceram se divertir com o tom popular da reunião. Quase todos sabiam que nosso noivado era uma mentira, mesmo assim con
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67 BURRAMENTE APAIXONADA
CLARA ASSUNÇÃO Não queria que Lua e Tia Go fossem embora... Não queria que aquela semana cheia de momentos incríveis tivesse fim, mas teve que acabar e fiquei sozinha naquele imenso palácio de vidro outra vez. Tive medo de perder o carinho de minha dinda dando a impressão de que não gostava do cara rico com quem noivei. Sabia que ficaria decepcionada. Que mãe não ficaria chateada em saber que tem uma filha interesseira? Então tive que dar um passo para trás e pedir que Daniel me ajudasse com a parte do romance, afinal, era quase sempre ele quem conduzia aquelas situações e tinha certeza que se tia Gorete visse a personagem poderosa que havia inventando saberia que estava mentindo para o cara. A situação toda era extremamente confusa, porque sim, estava ali por interesse financeiro. Em mais alguns meses seria uma garota rica e não precisaria me preocupar com o aluguel ou ficar dividida entre fazer um lanche ou voltar de uber pra casa. Por outro
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68 PENSAMENTOS SAFADOS
CLARA ASSUNÇÃOApoiei os cotovelos na bancada e fiquei com a cara praticamente enfiada no pote de sorvete da marca cara que costumava ver nos filmes americanos, pensava sobre o medo de me machucar e também em meu desejo de começar a viver.Estava absorta em pensamentos quando ouvi a geladeira abrir atrás de mim:_ Então descobriu o caminho até a cozinha... _ provocou com o tom debochado _ uma pena, adorei preparar Nescal pra você.O cara ainda ia me matar do coração aparecendo do nada como costumava fazer, mas daquela vez ao menos não passei a vergonha de gritar:_ Aquilo não era Nescal, era esse negocinho chique que vocês colocam naquela máquina ali. _ retruquei irônica apontando para a máquina de café expresso no balcão com utensílios.Daniel parou ao meu lado virando uma das garrafinhas de água que sempre estavam pelas geladeiras e até a água daquele lugar parecia custar uma fortuna:_ E não gostou? _ perguntou recuperando o fôlego após seu grande gole.O
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69 PALÁCIO DE VIDRO I
CLARA ASSUNÇÃO Subi as escadas insegura, não sabia como olhar na cara dele depois do que tinha acabado de acontecer, abri a porta de mansinho pensando que talvez estivesse no banho, mas Daniel não estava no quarto. E fiquei muito frustrada quando percebi que ele não iria aparecer. Não parava de pensar no que tínhamos feito, os arrepios de desejo voltavam a me atordoar com a memória de suas mãos percorrendo meu corpo. Lembrei do leve roçar de dedos em meus seios e pensei que desejava que os tivesse tocado, então eu mesma os apertei com vontade imaginando suas mãos em meu lugar. Coloquei dois dedos em minha vagina encharcada e apertei minhas coxas enquanto os pressionava em meu clitóris, afundei o dedo médio cuidadosamente pela entrada de meu canal e gemi com o tesão. Me revirei por minutos na cama, pensando em Daniel e brincando de me tocar. Quando cansei, tomei um banho rápido e logo voltei a deitar, mas ainda estava excitada e demorei para conseguir pegar no
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70 PALÁCIO DE VIDRO II
CLARA ASSUNÇÃO Acordei em seus braços na manhã seguinte enquanto me fazia carinhos e a primeira coisa que vi naquele sábado ensolarado foram seus olhos cor de âmbar: _ Estava pensando em fazer uma social de despedida para sua família, o que acha? _ perguntou após me desejar bom dia. Agora que entendia o conceito de "social", topei na hora: _ Claro, elas vão amar! Vai ser perfeito. _ respondi sentando na cama. _ Vou chamar a Cami, você pode chamar o Lucas também, parece que se deram bem daquela vez. O Deus do Olimpo concordou e ainda disse que convidaria outros amigos próximos e para minha surpresa Laura, a moça que achava que era sua assistente e depois descobri que era assessora, também estava em sua lista de chegados.  Os convidados começaram a chegar por volta do meio dia, os primeiros foram um casal mais velho e um garotinho que logo fez amizade com Lua. Se chamavam Ruth e Emílio, Dani explicou que o homem ajudava com os negóc
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