A equipe, silenciosamente, buscava o caminho de volta. Cada um de seus elementos pensava em uma explicação para o fenômeno que acabaram de presenciar. Como poderia o tempo se processar de maneira diferenciada no mesmo ambiente? Ramon olhou no relógio para certificar-se do tempo de retorno. Alguma coisa o estava preocupando. — O tempo é uma coisa interessante, comentou sem reduzir o passo. Na verdade, ele não existe. Quer dizer. Existe, mas de forma diferenciada. — Quer dizer em relação ao referencial? — Mais ou menos isso, San. Analise essas aranhas, por exemplo. Elas estão no mesmo ambiente, mas em tempos diferentes. — Podemos até entender isso, Ramon, ponderou Carlos. Mas como explicar a interferência? Quero dizer: se compararmos a primeira aranha, a da entrada, ela sofreu a reação imposta pelo nosso tempo. A segunda aranha, a do meio do caminho, sofreu a mesma reação, porém, com efeito retardado. E a última, mais retardado ainda...
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