Fogo consumia o carro em meio a rodovia, duas silhuetas dançavam desesperadas envoltas das labaredas de chamas. Urros rodeavam o carro e os barrancos que beiravam a rodovia. Naquela cena, um garoto loiro de seus onze anos, de olhos claros e cabelos pelos ombros, segurava um bebê no colo. Ele sangrava bastante pelo ombro, onde um pedaço de lataria do veículo havia atravessado. Parado em meio a estrada diante a escuridão, ouvia os urros se aproximarem. Corpos carbonizados se arrastavam pelo asfalto, não dois ou três. Mas dezenas, uma infinidade deles brotava do abismo que contornava o lugar onde ele permanecia.Tais urros eram substituídos por sussurros confusos, que a maneira que os segundos se passavam formava um coro: Você foi o culpado, ela vai te odiar, culpa sua, egoísta.Os corpos iam se devorando, como canibais, comiam seus semelhantes para ficarem mais próximos de Fred. Corvos sob
Ler mais