Todos os capítulos do O Êxtase de Uma Paixão - Volume 1: Capítulo 11 - Capítulo 20
93 chapters
10 - Imprevistos
  Mais uma quinta-feira havia chegado, portanto um novo encontro com Alexandre aconteceria no final da tarde. Tentei não me sentir ansiosa com o fato, afinal estava saindo de casa para o meu primeiro emprego e precisava me manter focada. Contudo, lembrar do meu paciente me fez pensar também em John, no simpático inglês que eu tinha dispensado e que tinha sido motivo de discórdia entre mim e Fernanda.  Na verdade, não houve um embate escancarado entre nós, mas ontem quando nos vimos na aula de balé notei uma mudança de comportamento comigo. Fernanda era descontraída, comunicativa, enfim, uma pessoa articulada, porém quando tentei conversar, ela se fechou, deu uma desculpa qualquer e não falou comigo, e a atitude dela só podia ser por causa de John. Provavelmente ele contou-lhe da minha recusa e isso deve ter deixado minha amiga aborrecida, mas o que eu poderia fazer? Pedir desc
Ler mais
11 - Culpa versus Desejo
Dormi pouco, na verdade apenas quando estava amanhecendo consegui cochilar, ainda assim sonhei com Alexandre, com nosso momento juntos, e por mais que eu não quisesse pensar no que tinha feito eu não conseguia esquecer o instante em que ele me surpreendeu com o beijo.  Te surpreendeu Carol?! Uma mulher de quase quarenta anos, que já teve alguns relacionamentos sérios antes de ficar casada por doze anos?! Faça-me o favor! Você sabia que o rapaz faria aquilo e o que é pior, você desejou!  Ouvi pela milésima vez a voz da razão que passou a noite toda me atormentando, me condenando por eu ter sido tão irresponsável, afinal se eu tivesse agido antes, se tivesse falado com Vagner como deveria, nada disso teria acontecido. Eu era a grande culpada, sem dúvida, porque quando intuí pela primeira vez o mínimo de interesse do meu paciente por mim eu
Ler mais
12 - Preconceito ou Medo?
O restante do meu dia foi improdutivo, porque depois da visita de Alexandre eu não tinha ânimo para nada, ainda pensei em fazer um bolo para dar aos meus vizinhos, como maneira de agradecer a torta que Gustavo tinha oferecido, mas como estava mal sabia que se me aventurasse na cozinha o bolo seria um desastre. Então para não ficar ociosa eu fui andar pelo bairro. As ruas estavam tranquilas por causa do feriado e apenas uma confeitaria estava aberta.  Entrei, resolvi tomar um café e comer um doce, talvez se ingerisse um pouco de açúcar meu humor melhorasse minimamente, mas quando estava prestes a ir embora, voltei e comprei uma rosca de frutas cristalizadas para presentear meus vizinhos e com a sobremesa em mãos eu bati na porta deles.  - Carol! Que surpresa! Como você está?  Lucas indagou animadamente, minha resposta não foi no mesmo tom, ainda assim disse que tudo estav
Ler mais
13 - Reflexões
  Apesar da conversa com Lucas eu não consegui chegar a nenhuma decisão sobre o que fazer a respeito de Alexandre. Parte de mim queria seguir o coração, deixar-me levar apenas pelos sentimentos e me entregar ao jovem que se dizia apaixonado, porém uma pequena porção protestava e me fazia relembrar fatos do passado para me mostrar o quanto eu poderia sofrer se ficasse com meu paciente.  Não era apenas por ter sido traída no meu casamento que eu tinha medo. Infelizmente não foi apenas Miguel que me machucou e decepcionou. Dois homens que conheci antes de me casar também me traíram, Caio, um antigo namorado da época da faculdade, e depois Léo, um médico canalha que aprontou muito comigo logo que me mudei para São Paulo, portanto eu tinha sérios motivos para não acreditar nos homens, em suas promessas de amor eterno, mas ainda assim me sentia te
Ler mais
14 - Despedida
A sessão de quinta-feira com Alexandre foi tão ruim quanto a anterior, quando ele quis conversar sobre nós e eu menti dizendo que estava saindo com John.  Naquele dia meu paciente ficou visivelmente abalado, permaneceu em silêncio pelo resto do tempo, e manteve o mesmo comportamento na sessão de quinta. Não disse uma única palavra durante os quarenta minutos ao meu lado. Eu lamentei, mas sabia que era melhor assim.  De qualquer modo, mais uma sessão estava prestes a começar, teoricamente a penúltima, e ao pensar nisso meu coração ficou apertado, afinal em breve eu não o veria mais. Alexandre tinha melhorado muito e não precisaria mais das terapias.  Soltei um leve suspiro ao constatar o fato, mas tentei ao máximo não deixar transparecer qualquer sentimento quando Alexandre entrou na minha sala. Para tornar tudo profissional eu avisei.<
Ler mais
15 - Decisão
15- Decisão    Eu estava tentando prestar atenção ao falatório incessante de Bartô enquanto dirigia, porém, meus pensamentos estavam em Alexandre, no que aconteceria quando chegasse em casa e o visse. Ainda me sentia tonta com o beijo na clínica, pra confessar, perdida, afinal num momento eu afirmava para mim mesma que nunca mais veria o lindo rapaz com olhos cor de jade e num instante depois estava nos braços dele totalmente entregue aos seus desejos e meus também.  - CAROL!  Bartô gritou meu nome histericamente me tirando dos meus devaneios.  - O que foi? – Perguntei assustada.  - Eu é que pergunto o que foi. O que deu em você pra não ter parado no local de sempre?  Olhei o entorno e vi que tinha passado do lugar onde costumava deixar meu amigo.  - Me desculpe Bartô,
Ler mais
16 - Explicações
Assim que aproximei meu carro do prédio onde morava, vi a Pajero de Alexandre estacionada em frente ao edifício. A ansiedade aumentou conforme eu entrava e estacionava na garagem. Ainda levei alguns instantes para sair do carro e ir à portaria, mas passados alguns minutos me enchi de coragem, ou pelo menos fingi, e fui ao encontro do jovem.  - Você demorou! Fiquei preocupado! Está tudo bem?  - Sim, está, só peguei um pouco de trânsito, nada demais.  Menti descaradamente, afinal eu não confessaria nem sob tortura que tinha ficado quinze minutos parada pensando na minha pobre e escassa vida sexual, porém, ao sentir os braços de Alexandre em volta do meu corpo, a ansiedade aumentou.  Calma Carol.  Minha consciência ordenou placidamente e eu cheguei a me admirar com a serenidade da minha voz interna, até é claro
Ler mais
17 - Tentação
Ao sair do banheiro, fui para o meu quarto. Não sabia o que vestir, afinal com Alexandre me esperando na sala era difícil usar meu modelito noturno, ou seja, minha velha camisola de algodão larga e bastante confortável que eu usava nas noites quentes.  Fiquei olhando as gavetas da cômoda, até que encontrei uma calça tipo bailarina, vesti e coloquei uma camiseta branca. Me olhei no espelho, não estava maquiada e pensei se deveria passar um pouco de delineador ou gloss, mas achei demais, afinal não ia sair, e se o rapaz já tinha me visto em meu local de trabalho depois de um dia todo atendendo, me ver sem maquiagem, com os cabelos molhados e cheirando a sabonete, era como ver a própria Gisele Bündchen.  Menos Carol, tudo bem que o jovem disse que está apaixonado, mas também não precisa surtar!   Ignorei minha consciência que tentav
Ler mais
18 - Compromissos
Eu não queria agir como uma adolescente apaixonada, afinal estava com trinta e nove anos, contudo não consegui parar de sorrir e suspirar no dia seguinte, ainda mais quando recebi um lindo buque de rosas vermelhas um pouco depois que cheguei à clínica para trabalhar.   Estava atendendo uma senhora quando ouvi batidas na porta, autorizei a entrada e vi Bartô entrar com as flores.   - Acabaram de chegar, são pra você.   Arregalei os olhos, mesmo assim acabei sorrindo enquanto ia ao encontro do meu colega. Ao me entregar o buque, Bartô cochichou.   - Seguiu o meu conselho, né amiga? Depois quero todos os detalhes!   Revirei os olhos, mas agradeci, Bartô se retirou e antes de voltar ao meu lugar peguei o cartão para ler.   Estou mandando as flores no meu lugar, mas se mudar de ideia quanto a me ter por perto hoje, me avise, que irei encontrá-la quando quiser. Beijos A.   Acabei sorrindo, virei o c
Ler mais
19 - Má Impressão
  Para jantar com Alexandre optei por uma produção sofisticada, vesti pantalona e blusa de sedas, scarpins e caprichei na escova e maquiagem. Também coloquei mais joias do que usava no meu dia a dia, porém antes de sair de casa dei uma boa olhada no espelho para ver se meu visual não estava exagerado.  - Não, estou legal! Elegante, bem vestida e maquiada, com certeza adequada para o lugar que ele vai me levar.  Meu celular tocou e ao ver o número de Alexandre eu disse:  - Bem, vamos lá.  Saí de casa. Ao encontrar Alexandre no carro o vi de terno e gravata.  - Gostei, está muito elegante.  - Obrigado, você também está linda como sempre!  Ele me deu um beijo casto, contudo aos poucos foi intensificando a pressão dos seus lábios, levou sua mão para o meu abdome e eu arfei. O clima f
Ler mais