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Todos os capítulos do A Canção da Espada e da Adaga: Capítulo 21 - Capítulo 30
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Seus olhos faiscavam de angústia ao examinar os muros de Yhorn. Suas paredes pareciam impenetráveis e sua rocha impossível de escalar. Escalar durante a noite foi o melhor que tinha conseguido pensar até então, depois do fracasso que foi o plano original. Agora vendo a defesa da cidade a luz do dia, Ladros até se surpreendeu por ter conseguido chegar até os muros na noite anterior. A lua nova ajudou em muito a escondê-los na escuridão. Esperava que ajudasse Daenor nesta noite também.  Daenor e os outros lordes tinham confiado a ele a missão de entrar pelo canal subterrâneo da cidade e abrir os portões de Yhorn, possibilitando a invasão mesmo com um número reduzido de homens. O plano era simples, entrar à espreita, abrir o portão, tomar a cidade. Porém, para a surpresa de todos, os canais foram selado por imensas barras de ferro, possibilitando
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Daenor olhou para o céu, o sol estava começando aparecer, mas tinha tanta coisa para fazer. Sentia sua mente apagando e seu corpo doendo, mas não podia ceder, precisava permanecer firme por mais alguns instantes. Suas roupas escuras estavam cobertas de sangue. Não apenas as roupas, mas também conseguia sentir em seu rosto sangue seco, mas não era dele, era sangue de seus inimigos.A batalha por Yhorn foi muito rápida e inesperada. Aconteceu tudo de forma muito melhor que qualquer um poderia ter imaginado. Após Daenor e seus homens invadiram a cidade, os soldados Rullys apesar de estarem andando lado a lado dos soldados Sonnes, pareceram confusos diante da situação, visto que a maioria sempre lutou pelos Mesiacs, assim muitos decidiram por não lutarem, entregando suas armas. Alguns soldados até mesmo decidiram lutar a favor de Daeonor, desta maneira foi questão de tempo para a coroa
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Seus olhos começaram a se abrir. Sentia o corpo ainda fraco, tinha passado por sérios riscos. Forçou as pernas para se levantarem, cada músculo parecia pulsar, mas apesar disso o que mais o incomodava era sua cabeça latejando em uma dor contínua. Se perguntava como tinha sobrevivido.Gared olhou seu reflexo na água e viu seu rosto mais magro, debaixo de seus olhos tinha olheiras roxas e sua barba estava desgrenhada. As imagens turvas em sua cabeça começaram a ganhar sentido, lembrou de ser traído por Janna e ser atacado por Arthur Sonne. Cob… o pobre garoto agora estava morto. Ele que não tinha nada haver com isso, agora tinha morrido por causa de ratos traiçoeiros. O Imparável se questionou se não era melhor ter morrido também. Já fazia muito tempo que lutava, participou de suas primeiras batalhas apenas com 12 anos. Tinha sido abençoado com um c
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Lyliane respirou fundo e sentiu o ar fresco entrando em seus pulmões, olhou ao redor e viu o verde, as plantas rasteiras, as árvores grandes e floridas que existiam apenas após a Divisa. Era quase como voltar a casa, mesmo que ainda estivessem dentro do território de Aldebaran. A sensação de estar cavalgando novamente era indescritível, quase conseguia ouvir sua alma gritando por liberdade, mesmo sabendo dos limites. Havia a tentação de pegar o cavalo e fugir durante a noite ou até mesmo no meio da viagem. Afinal de contas Lyliane era boa na arte de cavalgar, melhor que seus irmãos, mas Maegor se planejou contra isso. Deixava dois guardas a vigiando toda a noite, e durante a viagem na estrada havia arqueiros ao seu redor prontos para disparar no animal a qualquer sinal de rebeldia. Não lhe restou muitas opções além de aproveitar a viagem como podia.Durante os dias de viag
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O sol se escondia atrás das nuvens deixando o céu cinzento. Razar Dragontooh e Harald Ulric tinham chegado no dia anterior com quase 20 mil homens. Não eram todos os soldados disponíveis em Razalon, mas era mais do que o suficiente para assegurar a defesa de Yhorn contra um possível ataque. Logo que eles chegaram Daenor foi submetido a uma interminável lista de informações, número de soldados em cada cidade, armamento, estimativas de inimigos. Não apenas informações quantitativas, mas também foi submetido a opiniões e desavenças. Ferris e Harald em poucos minutos juntos, já estavam brigando. Entretanto, era indiscutível que ambos pareciam o respeitar muito mais agora. Seu plano ousado e certeiro aumentou muito sua reputação entre os Senhores de Razalon. Especialmente com Harald que o elogiou repetidas vezes por sua coragem e não mai
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No final das contas para seu alívio não era um ataque. Era apenas uma mensageira, mas honestamente, talvez fosse a última pessoa que Daenor gostaria de ver agora. O rei Mesiac e seu Conselho se reuniram em uma sala do castelo Rully, além deles Gared e Diran os acompanhavam juntos com a mensageira.Sentaram-se em volta de uma mesa retangular, sobre ela havia algumas frutas e petiscos, Daenor permaneceu de pé olhando por uma janela a cidade de Yhorn e a chuva caindo fortemente, estava de costas para as outras pessoas da sala. A mensageira estava na extremidade oposta do lugar vazio dedicado ao rei.— Onde está minha mãe? — Questionou a mensageira — Se todo o Conselho está aqui, onde ela está? — Tinha uma leve perturbação na voz dela.Daenor deu uma curta olhadela a examinando. Ele a conhecia bem de algumas visitas da família Rully em Idalon e de quando tinha
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O sol estava no topo do céu, tornando aquela tarde quente e ensolarada. O calor não chegava a incomodar tanto pois o vento fazia seu trabalho contribuindo para um clima mais ameno, porém os soldados ainda estavam suando em suas armaduras expostas ao Sol. Apesar do número grande de pessoas ali reunidas, tudo estava em silêncio. O som do vento mexendo as folhas e o gramado do campo aberto era audível. Aquele silêncio incomodava Daenor, naquele momento se arrependeu de não trazer Ladros juntos, sentiu falta de um bom comentário sarcástico.Daenor sentia-se mal por ter posto ele na prisão, mas tinha decidido por não trazer o irmão, seu temperamento explosivo poderia afetar o andamento de qualquer negociação, quanto mais uma com Maegor. Se a simples ideia de negociar com aquele homem foi o suficiente para deixá-lo irritado, o que ele poderia fazer se encontrasse pessoalmen
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Daenor cavalgava Furacão em direção a Yhorn. A volta à cidade estava sendo silenciosa, apesar das trocas ocorrerem de forma pacífica para a tranquilidade do jovem rei e agora tendo em mãos as três filhas de Janna sãs e salvas. Pelo menos com isso eu pode cumprir a minha palavra. Contudo isso não fazia com que o ambiente ficasse mais leve, pelo contrário, parecia mais denso e pesado.  A dura realidade é que ele ainda tinha muitas dificuldades para enfrentar. Mesmo resgatando as filhas de Janna não sabia se podia confiar nas Rullys, afinal de contas tinha executado a mãe delas. Quando voltasse precisaria encarar Ladros, que com quase toda certeza estaria ressentido com Daenor por m****r prendê-lo. Os membros do Conselho estavam irados por ele ter aceitado um duelo tão questionável. Razar mostrou-se inflexível nesse sentido, logo após sair da tenda de Maegor o criticou com tom de ironia e temor nenhum. Ferris não acreditava no que estava acontecendo “um rei duelan
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Daenor estava ofegante, fazia horas que repetia aquela dança ininterruptamente, parecia conhecer os passos de seu parceiro tão bem quanto os seus, viu ele dar um passo para trás diferente da última vez, quis avançar, mas sabia ser contra as regras, precisava esperar. O golpe veio voando cortando o ar como um pássaro veloz, precisou colocar seu pequeno escudo azul entre seu corpo e a lâmina para não se machucar. Apesar de ser uma espada de treino, poderia se machucar seriamente se o golpe o atingisse. O golpe seguinte veio pela direita, a espada foi suficiente para aparar o ataque desta vez. Viu uma brecha para atacar, mas conteve-se novamente. Gared o instruiu a não atacar, o objetivo era aprender se defender. Seu adversário estava empunhando duas cimitarras, assim como Sadrak, Daenor esperava que esse treino o capacita-se a vencer o Matador. Precisava vencer, não apenas sua vida, mas vida de su
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    Knoc Knoc. O que deve ser agora? pensou a garota Mesiac. Os últimos dias foram bem agitados, tiveram que viajar de Beliriel para a gêmea ocidental. Naina visitou Daenor, trouxe muitas notícias, havia um duelo por sua vida. O duelo… Já era amanhã a luta, como os últimos meses passaram rápido. Verdade fosse dita, a princesa tinha até que se acostumado com a vida entre os Sonnes. A filha mais nova de Maegor se tornou uma amiga e até a presença de Elrom começava a se tornar agradável.  Lyliane olhou para sua mão e lembrou quem era seu inimigo. Ela carregaria aquela marca, aquele vazio para o resto da vida. Porém era uma lembrança que a acompanhava todos os dias, uma lembrança de quem ela devia destruir. — Pode entrar. Um dos guardas apareceu — Boa noite, senhora. Você está sendo convocada pelo Rei Maegor. — Maegor? — A última vez que ele tinha a chamado para conversar ainda estavam em Amabel. O que  será que
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