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CAPÍTULO 60
ASSIM QUE ELES CHEGARAM na entrada da caverna foram abordados por um ser reluzente.          —  Sejam bem-vindos.          —  Miau! Ó grande Guaraci, viemos aqui para ajudarmos Anhangá, o grande protetor de toda fauna.          —  Claro que sim, meu irmão irá precisar de toda ajuda possível.          —  Você é irmão dele?          —  Todos nós na floresta somos irmãos.          Guaraci que emanava raios solares olhou atentamente nos olhos de Raoni como se estivesse lendo a mente dele.          &md
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CAPÍTULO 61
O SUBMUNDO ERA DIFERENTE de tudo o que Raoni já tinha visto, era por isso que Guaraci estava dizendo que os homens vivos tinham uma percepção errônea sobre a morte.          —  Não fique com medo dos espíritos, miau, eles não podem fazer nenhum mal.          —  Na verdade, sinto paz em estar aqui.          —  Para nós, deuses amazônicos, miau, a morte é um processo, por isso Catxuréu leva pessoalmente as pessoas até aqui.          —  No fim das contas, ela é uma boa deusa.          —  Tudo o que é natural é bom, miau, e a morte não é o fim da estrada.Ler mais
CAPÍTULO 62
- MAS ANTES DE BRINCARMOS um pouco, quero que vejam meu irmão e como o estamos tratando.          Eles seguiram Xandoré até os aposentos de Anhangá e estava ouvindo música.          —  Raooooooni... queeeee graaaaata surpreeeeesa – disse cantando no ritmo da música.          —  Não posso dizer o mesmo.          —  Gatiiiiinha.          Imediatamente Kiamunaka-manã começou a ronronar, o que fez Anhangá dar um sorriso.          —  Queeeeeero queee conheeeeeeeçam Anhum, o deeeeeeus da músicaaaaa.Raoni percebeu que aquele deus era dife
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CAPÍTULO 63
- QUEM ESTÁ AÍ?          —  Parece que não se lembra do seu primeiro sonho, jovem guerreiro.          Raoni pegou seu talimã e o transformou em lança e o energizou, mas nenhuma luz que tentasse emanar parecia surtir efeito contra aquela escuridão.          —  Lembra-se do seu primeiro sonho?          —  Óbvio que me lembro...          —  Eu te chamei naquele dia para se encontrar comigo, apesar de estar sempre contigo.          —  Que papinho idiota é esse?          —  Onde acha que estamos, Raoni?<
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CAPÍTULO 64
A PEQUENA LUZ QUE RAONI havia concebido estava começando a se extinguir.          —  Agora me diga como posso te vencer, Jurupari.          —  Me vencer? Não sou seu inimigo, só alimento o que há dentro de você, assim como há dentro de cada ser humano que habita no mundo.          —  Mas todo ser humano tem uma luz também.          —  Sim, alguns têm... mas não é o seu caso.          —  Como não... salvei minha esposa, salvei minha mãe, salvei a floresta...          Mas amou lutar contra os deuses e monstros mitológicos... admita
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CAPÍTULO 65
ELES FORAM ATÉ O SALÃO dos mortos.—  Devolva o submundo para Ticê e Anhangá, Xandoré.Xandoré sorriu.          —  Porque faria isso?          —  Porque vim aqui restabelecer a ordem.          —  Você criou a bagunça, conviva com as consequências de suas próprias ações.          —  Sim... agora estou criando outra.          Raoni energizou sua lança e atacou Xandoré que se tornou fumaça.          —  Pelo visto não aprendeu nada lutando contra Jurupari.    &n
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CAPÍTULO 66
O QUE ESTÁ FAZENDO aqui, Ticê?          —  Não é óbvio? Salvando o homem que amo.          —  Não... você nunca o amou...          —  Desde quando era humana amava, o olhei nos olhos e ele viu a magia acontecer.          Xandoré tentou acertar Ticê, mas passou por ela.          —  Posso ser a deusa do submundo, mas acima de todas as coisas sou uma mulher apaixonada e obstinada, sou uma humana que amou tão ardentemente que fui transformada em deusa.          —  Pode até ter sido transformada em deus, mas nunca deixará de ser uma brux
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CAPÍTULO 67
- QUERIA AGRADECER pelo que fez por mim, Raoni.—  Não poderia negar o pedido de uma mulher apaixonada.—  Miau!!! Posso pedir qualquer coisa?          —  Claro que não.          Raoni estendeu a mão para Anhangá.          —  Que este seja o início de algo bom.          Anhangá sorriu.          —  O que faz pensar que me rendi a você, jovem guerreiro?          —  Amizade não é questão de se render, mas de respeitar um ao outro.          Anhangá estendeu a mão
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EPÍLOGO
- QUERIDA, CHEGAMOS.          Pequena Princesa correu e pulou nos braços de Raoni o beijando e o abraçando cada vez mais apertado.          — Fiquei tão preocupada que você não voltasse... você não tem noção...— Claro que tenho.Pequena Princesa então reparou na figura que tanto abominava e a encarou com desdém e foi retribuída à altura.          —  Miau, ele está inteirinho, queridinha.          —  Ora, sua... – disse com raiva em seu tom de voz – se você encostou um dedo nele, você vai ver só... vou arrancar esse sorrisinho desgraçado da sua cara.      &nb
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