Laura não era burra. Ou, ao menos, acreditava que não. Desespero em vista, ela se lembrou de pegar o celular e verificar se Martina estava em segurança, apesar de todos os seus instintos gritarem que não. Com as mãos tão suadas quanto o resto do corpo, ela deslizou até o nome da garota surgir na tela e apertou para entrar em ligação. Os bipes soaram agonizantemente em ecos durante o que pareceu uma eternidade, até que a ligação caiu na caixa postal. Laura gemeu e seus olhos queimaram. Ela tentou novamente, considerando que Martina provavelmente estava dormindo. Era isso, certo? — Vamos, Martina... — murmurou contra o telefone enquanto aguardava — Margarete, atenda essa droga de telefone! Um lobo uivou ao longe e cada milímetro da adolescente se arrepiou. Ela gemeu novamente, agoniada. Quando Martina não atendeu sua quarta tentativa de ligação, Laura decidiu que estava na hora de fazer alguma coisa, portanto, sai
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