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35 chapters
Capítulo Trinta
O dia de terça-feira amanheceu tão comum quanto qualquer outro dia. Havia aquela preguiça e frio de fim de ano que se aproximava, o que deixaria Laura completamente mal humorada se não fosse o fato de que teria um novo dia com Martina e suas amigas, se divertindo em meio a toda aquela loucura que era a construção de conhecimentos que deveria formar indivíduos cultos. Ficou tão feliz em ver a namorada, que não viu nada além dela ao chegar na escola e encontra-la a esperando no lugar de sempre, sentada sobre uma mesa de concreto em frente a construção. Caminhou a passos largos, vendo Martina olhar com os olhos apertados para algum lugar do lado esquerdo. — Ei, Marbs! — ela a cumprimentou com um sorriso, vendo-a retribuir no exato segundo que se aproximou. — Ei, baby — Laura revirou os olhos para o apelido — como está? — Estou bem, e você? — Vou ficar melhor depois do meu beijo de bom dia — Martina brincou, vendo Laura rir. — Você anda mu
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Capítulo Trinta e Um
Martina e Laura permaneceram sentadas uma ao lado da outra em silêncio pelo que pareceu uma eternidade. Havia muita coisa se passando por suas cabeças, inclusive a busca por um plano para o que fazer se tudo desse errado. Martina suspirou quando algo que não a agradava e com certeza não agradaria a Laura surgiu em sua mente. — Laura, eu sei que gosta de liberdade, eu também gosto, e sei que odeia toda essa coisa, mas eu acho melhor você não andar por aí sozinha — umedeceu os lábios, olhando uma Laura que não a olhava de volta — isso eu quero dizer na escola. Não queremos correr o risco dele se aproximar e começar essa coisa de te contaminar, certo? Laura não respondeu imediatamente. Não queria admitir que concordava e sentia-se ficando presa e acuada, mas tinha que confessar que estava com medo. O que tinham lido a amedrontou. Toda a ideia de não ter escolha e ser levada para a escuridão a assustava. Ela se lembrava perfeitamente de estar lá,
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Capítulo Trinta e Dois
Considerando o visível risco, Clara e Gabriel chegaram ao acordo com as adolescentes que reforçariam as coisas em torno das duas e que Laura não deveria estar sozinha em hipóteses alguma dentro do racional. Gabriel estava visivelmente abalado sobre os acontecimentos, mas se manteve como se toda a tempestade emocional dentro dele tivesse passado, tentando agir do modo mais racional possível e usando a lógica. Talvez tivesse um pouco em comum com a filha quanto a fingir que nada estava acontecendo. Ele não havia encontrado ninguém em sua caçada. Ninguém lobo, ao menos. O que viu tinha sido muito pior. Ao se deitar com a mulher aquela noite, ele narrou para ela em murmúrios: — Ela estava ali, aquele mesmo vestido daquela noite completamente sujo de seu sangue. Estava destruída definitivamente, a marca em seu pulso... — fungou — e tinha o cheiro dele. — Oh, Gabe! — Eu jamais me esqueceria do cheiro dele — o homem continuou — ou de como ele vem cad
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Capítulo Trinta e Três
Como tudo estava? Depende. Considerando que ninguém havia sido morto ainda, as coisas estava bem. Porém, também considerando que ninguém havia sido morto ainda, as coisas estavam mal. Não conseguiram contar quantas fadas da noite haviam sido reunidas. Enquanto Martina lidava com dois lobos de poderes acumulados tomados de garotas inocentes, Laura e as meninas tentavam lidar com o resto da bagunça. Não tinha muito o que Zuri e Davine pudessem fazer. Piper nem ao menos tinha seu poder desenvolvido. Laura respirou fundo, tentando se lembrar de tudo o que havia aprendido. O ar. Não sabia se isso funcionaria, mas espalmou as mãos na direção daquelas criaturas e chamou pela visão que tinha com névoa a envolvendo. Quando chegou, imaginou que tornava o ar denso, impenetrável. Sua parede de vidro. — Eu preciso de vocês — sibilou Laura por cima dos cânticos, que haviam mudado, mas para algo pior ainda — não acho que consi
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Epílogo
Alguns anos depois Laura se sentia esgotada, no auge do estresse. Jamais imaginaria que esse era o dia dela, um dos mais importantes e significativos de sua vida, um marco cheio de felicidade, se não estivesse aos cuidados da mãe naquele momento, se arrumando enquanto falava ao telefone. — Como assim o cano estourou? Do nada? — Sim, senhora. Do nada — o homem do outro lado do telefone disse com receio — estávamos arrumando o outro cômodo quando ouvimos um estouro. Não sabemos o que aconteceu. — E que espécie de profissional é você que sequer consegue descobrir como um cano estoura? — reclamou — você não deveria ser o encanador? — Sim senhora — ela podia ouvir o tremor na voz do homem com quem conversava. — Laura, calma! — Clara pedia, mas ela estava puro nervos, já acreditando que tudo daria errado. Tinha uma ansiedade difícil de controlar apesar da medicação e da terapia. Vira e mexe ela voltava e tinha que re
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