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Todos os capítulos do Iudicii Signum - A canção eterna: Capítulo 21 - Capítulo 25
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CAPÍTULO 20: O DEMÔNIO
CAPÍTULO 20: O DEMÔNIO No meio da escuridão do bosque espesso, onde acima o arco prateado da lua descansa, aparece um ser reluzente com uma capa preta longa que cobre seus braços, que saiu de um esconderijo atrás de uma árvore de caule grosso. Sua tez é esbranquiçada, tem olhos grandes que pareciam duas joias azuis de cristal brilhantes com uma beleza simétrica; lábios um tanto finos e corados, com um deslumbre modesto; um nariz pequeno e com linhas sutis e uniformes parecendo uma escultura de deus grego de marfim, raro de se ver; seu formato de crânio bem modelado, que traziam uma impressão de que ele era um ser tão delicado quanto um anjo. Seus cabelos eram brancos como a neve e lembravam a suavidade de uma pluma. Apesar de parecer algo completamente trivial para Felipe, lhe dava vontade de encostar nele para saber se ele era real. Só não o fez porque aquilo poderia lhe ser indecente demais, ainda mais porque se tratava de um homem e isso lhe seria um tant
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CAPÍTULO 21: A CANÇÃO ETERNA
CAPÍTULO 21: A CANÇÃO ETERNA O rei se encontra dormindo em seus aposentos. Tem um sono profundo acompanhado por uma música já ouvida aparentemente somente por ele mesmo antes em algum outro momento. Enquanto está de olhos fechados, em seu sonho, aparece um anjo. Ele veste uma roupa branca cheia de esplendor. Suas asas de querubim são brancas como a neve, seus cabelos são tão finos, macios e brilhantes quanto teias de aranha. De seu corpo aparece uma luz tão luminosa que chegava quase a cegar suas vistas.  O anjo benevolente fala com ele com uma musicalidade tão notória, com palavras tão tenras que aquilo lha trazia uma sensação de conforto, paz e harmonia. Chegava a sentir uma energia morninha em seu corpo, de uma maneira inexplicável. Era como se sua sensibilidade tivesse aumentado e ele sentisse uma presença protetora do bem de verdade que o animava, que o deixava alegre. Quando Felipe toma consciência do sonho e enxerga a imagem níti
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CAPÍTULO 22: A POESIA DOS SONHOS
CAPÍTULO 22: A POESIA DOS SONHOS   O rei Felipe IV, o Belo, depois de ter tido uma experiência transcendental onírica e uma semente de uma flor plantada em sua consciência ao ter encontrado o antigo testamento da sibila Tiburtina em seu castelo, tomado por um orgulho de ser considerado um defensor da fé que aumentou as peregrinações em seu reino, agora podia renunciar a sua condição de miserável. O sujeito procura o monge que tinha encontrado no templo em ruínas para tentar desvendar o enigma do seu sonho.   – O que eu tenho para lhe contar, meu senhor, por favor, que não seja desprezado. Pelo contrário, merece muita atenção. Eu com medo de me dizerem eu ser supersticioso, me deixou muito aflito.... Acontece que eu penso ter sido amaldiçoado, mas por um outro lado, abençoado: já vi anjos dentro de uma igreja e esses dias, sonhei com um deles. Eu o vi cantando uma canção chamada “Iudicii Signum” ... Ele dizia esta canção ser imo
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CAPÍTULO 23: NO CEMITÉRIO
CAPÍTULO 23: NO CEMITÉRIO             Aquela manhã que derramava a sua singeleza tinha o esplendor da luz dourada do sol raiando, como uma promessa de um novo dia. O cemitério onde o corpo de Joana de Navarra descansava em paz recebia a visita de Felipe, que queria lhe deixar flores em seu túmulo. Observando aquele gramado, viu um esquilo com o rabinho se mexendo, comendo uma pequena noz e correndo feliz. Ele percebeu que não ficaria ali muito tempo sozinho.Via aquelas estátuas de pedra de anjos e figuras de Cristo e a Virgem Maria, em um lugar contornado pela graciosa longevidade dos carvalhos, trepadeiras e acantos da imortalidade, além de palmeiras.             Do lado da urna funerária da rainha falecida, havia um salgueiro, cujas folhas pareciam derramar suas lágrimas de choro pelas almas que partiram. Ali havia inscrito na lápide o dese
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NOTA DA AUTORA
NOTA DA AUTORA   Para esta obra de ficção de subgênero folk gótico, contei com a inspiração provinda de um conto folclórico da era medieval, chamado “Os três vivos e os três mortos”. Logo que ouvi uma música medieval chamada Iudicii Signum: L’eterno canto della Sibilla, o que é trazido ao português como “Sinal de Julgamento: O canto eterno da Sibila”, já comecei a imaginar a história. Como eu havia escrito uma peça chamada “As sibilas do destino”, imaginei que ela serviria de influência como se fosse parte do meu universo já imaginado, criando uma extensão para ele, assim como um aprofundamento para a minha peça “A ninfa do lago”. Logo após me inclinei à uma busca pela vida de Felipe IV, o Belo e Joana de Navarra e me baseei em também fatos para criar esta história com a bibliografia “Homens e Mulheres na Idade Média”, de Jacques Le Goff (2013). Para a construção desta contei com a inspiração de obras de
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