Quando Gilberto chegou em casa, Rosana, meu pai e eu estávamos sentados na cozinha, enquanto tentava esclarecer detalhes do que acontecia. Sagazmente, Rosana me fazia perceber os pequenos detalhes nas histórias que Luísa contava e dos quais acreditava cegamente. Alguns tão bobos que me faziam rir de desespero, outros nem tanto a ponto de me fazerem literalmente cair em um buraco obscuro e fundo da loucura que se escancarava a minha frente. Gilberto colocou as crianças para o quarto e ficou conosco, para tentar entender também a dimensão dos problemas causados por Luísa e quanto mais falava sobre sua inocência, mais me arrependia ao imaginar a destruição que causaria por mentiras. Era inacreditável! Inviáve! Eu estava pasmo como todo mundo, com o labirinto que Luísa tinha montado para nos fazer de ratinhos de laboratório, pois era assim que me sentia. Toda a situação era surreal. Perdi as contas de quantas vezes, pedi perdão a Ros
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