Depois de uma estreia desesperadora na escola, voltamos para casa naquele ridículo ônibus escolar. Eu queria ter ido de moto, mas com o monte de desculpas esfarrapadas que recebi, resolvi ir logo com Be para não causar problemas nos meus primeiros dias. E agora, queria que fosse o último. Além de todo mundo se vestir como se estivesse indo para uma reunião de nerds dos anos sessenta, não havia vida social. Be disse que não havia lanchonete, pizzaria, cinema, ou mesmo internet. Até porque essa última seria inútil, não havia computador e nem TV em nenhuma casa. Depois do pôr do sol, todos ficavam em suas casas. As mulheres cozinhavam ou faziam tricô com a ajuda das filhas. Os homens colocavam óleo nas dobradiças que estavam rangendo, retocavam a pintura de algo ou simplesmente ficavam sentados na sala conversando sobre o sermão do pastor Jonas. Era surreal.
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