Ele abriu os olhos, olhos cinzentos e caídos, um pouco misteriosos, também, e passeou com eles por todo o quarto. Angie estava deitado ao seu lado, ronronando e sussurrando palavras partidas que deveriam ser secretas, e isso lhe pareceu de grande incômodo.Afastando-se lentamente, o garoto que era lobo acabou encolhido no canto da cama, com umas das pernas quase tocando o chão.– Quer sair? – levantei-me do tapete e estendi uma mão, rezando baixinho para que ele não a mordesse. – Eu posso te ajudar.O Mogli olhou para meus dedos e imitou meu movimento, erguendo a mão e oferecendo-a para mim. A segurei, com caltela, não quero um lobo enfurecido me mostrando seus caninos. O ajudei a levantar, mostrando-lhe os movimentos não tão certos que é preciso fazer para levantar-se de uma cama. Uma perna, depois a outra, ele seguiu os passos, e, apoiando-se cabeceira, conseguiu ficar de pé.As roupas lhe parecem um erro, e
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