(Uma aventura pirata completa em 1 capítulo!)
Prelúdios
- O vento nas velas -
Estou sentado em frente a uma psicóloga. Ela já me ajudou muito, em poucas sessões. Dizer que estou satisfeito com a existência dela como uma psicoterapeuta seria verdade. Admitir o quanto já estou apaixonado por ela, como mulher, seria o mais honesto. E imprudente.
Meus olhares de fascínio certamente não passaram despercebidos. Ela sabe. Em breve, mencionarei algo a respeito e teremos de falar sobre isso. Não hoje. E não antes de eu contar sobre como tenho acesso às histórias do Novo Tempo, sobre as quais escrevo.
– Você considera-se um bom escritor? – Ela pergunta.
– Defina bom – peço. A mim, bom é tão
(Uma aventura pirata completa em 1 capítulo!)Prelúdio- Reflexão -Se tem uma coisa que aprendi com os outros, sobre mim, é que tenho que aprender mais comigo mesmo sobre os outros.Não precisamos saber como é a vida de cada um para tentarmos entender a razão de ser deles. Podemos imaginar. Acho que por isso, me tornei escritor. Para começar a imaginar algo, basta admitir uma coisa que você sabe. Essa coisa é: “Você não sabe.” E a partir disso exercitar sua mente para encontrar razões de ser dos outros e se tem algo que tenho aprendido é que a melhor maneira de ajudar alguém é através da compreensão. E compreender é envolver. É se tornar maior. E aí está o benefício para alguém que
(Uma aventura pirata completa em 1 capítulo!)Prelúdio- Sonhos Vívidos -O poder invisível pode ser sentido e até mesmo visto, se olharmos não para ele e sim para o que ele move.Diante de meus olhos, há um pêndulo de Newton. As esferas de metal das extremidades estão em movimento. As esferas entre uma e outra parecem alheias ao impacto passando por elas de forma invisível. Estou sentado no tapete, debruçado sobre uma mesinha de vidro.Seguro uma esfera de uma das extremidades por um segundo e a outra, do lado oposto, cessa o seu movimento. Pergunto-me para onde foi o impacto. Solto novamente e pequena esfera e ela desce se chocando com uma de suas gêmeas. As duas esferas das extremidades voltam a se mover num vai e vem. Repito esse segurar e soltar algumas vezes. Tento criar uma m
(A parte 2 completa esta aventura pirata no próximo capítulo!)Interlúdio I - Xeque-mate -Nem sempre quero lutar, mas quando quero, quero vencer. Não os adversários, mas a mim mesmo. Não me deixar ser acuado e esmagado. Assim sendo os adversários são espelhos das minhas limitações e me agrada ver que consigo superá-las.Era um carnaval. Detesto carnaval. Fugi para um condomínio paradisíaco com trilhas e cachoeiras. A casa lá pertencia à família do namorado de uma amiga minha. Eu não conhecia o namorado tanto quanto conhecia minha amiga mas, não éramos estranhos.Eu não era o único amigo na casa. Passávamos de dez convidados, facilmente. A interação era agradável
- A escuridão - Quando foi entregue a Ainyr Foruato, o pirata Ônix Pedra-Negra era apenas um menino, com sete anos, buscando proteção enquanto descobria como o mundo funcionava. Certamente nem era um pirata ainda. E, nos anos seguintes, ele precisou aprender a sobreviver nas piores condições imagináveis, até precisar matar aquele homem que lhe impôs tais desafios. Sua primeira lição, desde que conheceu Foruato, foi única, embora em todos os aspectos e formas: sobrevivência.E agora, ambos estavam mortos. Frente a frente. Apenas uma fogueira a iluminá-los naquela vastidão de trevas. Ônix já não olhava para Foruato. Não conseguia refutar todos os argumentos do antigo tutor.– Imaginei que não teria nada a me dizer agora – Ainyr disse, balançando a cabeça em d
(Uma aventura pirata completa em 1 capítulo!) * – E para concluir – falo, após a psicóloga terminar de fazer anotações sobre o que conversamos até ali. –: É melhor arriscar tudo, do que não ter tudo para arriscar. E pra ser arriscado, basta ter, porque, seja o que for, podemos perder a qualquer momento. Mas se optarmos pelo nada, nada seremos. E não acho que estamos aqui para não sermos. Ela olha para mim e diz: – Interessante, William. Mas como você chegou a essa conclusão? Respiro fundo e respondo: – Vivendo. Seria a minha resposta se eu
(Uma aventura pirata completa em 1 capítulo!) * – Chega um momento no qual se você não for capaz de perdoar alguém por todo erro que esse alguém cometeu... o erro passa a ser seu – digo. A psicóloga fala: – Essa afirmação é poderosa. Também chegou a ela escrevendo uma aventura do seu personagem pirata? – Ônix. Sim. Embora seja aquilo de ser um processo que provavelmente me ajuda a elaborar melhor o que aprendi na minha vida. Ou perceber que aprendi isso, aqui fora. Escrever nunca foi, para m
(Uma aventura pirata completa em 1 capítulo!) * – Se eu me importasse com a opinião de todos, eu seria um ninguém. – Digo e espero a interpretação da psicóloga. – Curioso ponto de partida – ela diz, mais interessada na minha interpretação da minha fala, pelo visto. Me acomodo na poltrona e digo: – Curioso você apontar como ponto de partida. Mas acho que está cert
(Uma aventura pirata completa em 1 capítulo!)– Quando você tem outra opção para resolver uma questão que te aprisiona, e a ignora por medo; você já não é uma pessoa aprisionada pela questão e sim por si mesma – Digo.A psicóloga não faz anotação alguma. Ela fala:– E como sei que chegou nesse pensamento escrevendo, devo dizer que embora todos os personagens sobre os quais você escreve reflitam algum aspecto seu, ou o que compreende, ou que tenta compreender; o que você escolhe colocar em determinadas vozes, revela o quão intenso é a compreensão em você ou a qual aspecto seu ele está mais relacionado.Eu balanço a cabeça afirmativamente e falo:– Isso me mostra que você está na profissão certa. E eu no lug