um bebê para o tio do meu ex
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Por: Luiza Pimenta
traidor

Angélica

Meu pai nunca me amou! Sempre jogou na minha cara que a minha mãe morreu por minha culpa, e ele tem toda a razão. Se eu não tivesse nascido, Tereza ainda estaria viva, encantando a todos com sua doce voz. Mamãe sonhava em ser cantora, mas decidiu adiar esse sonho quando descobriu que estava grávida. A gravidez era de risco, mas dona Tereza nunca pensou na possibilidade de um aborto. É isso que meu pai me contou: que eu sou uma assassina e destruí a vida dele.

Às vezes, me perguntava por que ele não me colocou em um orfanato, mas agora sei a resposta. Sebastião quer me punir pelo seu sofrimento de perder seu grande amor. Meu corpo tem marcas das surras que ele me dava quando eu era mais nova. Fiz aulas de defesa pessoal para me defender do meu próprio pai, no entanto, ele não encostou mais em mim. Acho que percebeu que me ferir com palavras dói mais.

Cada dia é uma humilhação! Para fugir um pouco da minha realidade infeliz, eu cozinho amor criar receitas. Os vizinhos amam a minha comida. Fico tão feliz vendo todos apreciando o meu tempero. É como uma terapia!

Meu sonho é ser chefe de cozinha. É óbvio que Sebastião não aprova. Todo o dinheiro que ganho vendendo meus lanches, ele pega para pagar as contas, o salário dele, que, por sinal, é muito bom. Ele gasta com bebidas e mulheres.

Os vizinhos me acham louca por continuar nessa casa, sendo maltratada. E talvez eu seja mesmo. Contudo, a culpa me prende aqui. Tirei o amor da vida dele, nada mais justo que eu fique ao seu lado e tente ajudá-lo a sair do buraco em que se enfiou.

...

Termino de fazer a sobremesa favorita do meu namorado e vou para o meu quarto. Tomo banho e me arrumo, colocando o meu vestido novo. Quando estou saindo de casa, dou de cara com meu pai, com uma garrafa de cerveja na mão.

- Vai vender seu corpo, sua vagabunda?

Reviro os olhos.

- Estou indo ver o Rodrigo, pai. O senhor vai trabalhar à noite, não deveria estar bebendo.

Sua gargalhada me irrita.

- Acha mesmo que um riquinho vai te levar a sério, Angélica? Ele só quer te comer.

Olho para os lados, envergonhada, vendo algumas pessoas olhando para mim e cochichando.

- Rodrigo é diferente. Ele gosta de mim!

- Acorda, garota. Um homem rico jamais vai querer algo sério com uma fracassada.

- Eu vou casar com ele! E vou dar o amor que não recebi do senhor, para os meus filhos.

- Assim que abrir as pernas, aquele playboy vai dar um grande chute na sua bunda, e eu vou amar isso.

Diz, e bebe um gole da cerveja.

- Espere sentado, senhor Sebastião, porque de pé irá se cansar.

Digo, e vou andando, deixando ele na rua me xingando.

...

Conheci Rodrigo Montgomery em um evento chique da alta sociedade. Ele era convidado, e eu, a garçonete que servia a todos. Fiquei surpresa quando capturei a atenção dele, o herdeiro do império Montgomery. Seu jeito gentil me conquistou! Estamos juntos há três meses. Ele é muito bom para mim. No entanto, percebi que tem vergonha do meu trabalho.

Gosto dele, mas não irei parar de vender meus lanches. É o meu sustento. Nunca vou ser mulher que depende de homem.

...

Pego um mototáxi para me levar até a empresa. Após chegar no meu destino, pago o homem e entro na empresa, recebendo olhares de desdém e deboche dos funcionários. Me dirijo até a sala de Rodrigo, e estranho: a secretária dele não está em sua mesa. Essa criatura sempre dá em cima dele na minha frente, mas o meu namorado nunca deu atenção.

A porta está aberta. Entro, esperando ver Rodrigo trabalhando, mas a cena que vejo faz meu coração se sangrar e se partir em vários pedaços. Valéria, a secretária, está chupando seu membro, e meu namorado geme satisfeito.

- Traidor desgraçado!

Grito, chamando a atenção deles.

- Angélica, o que diabos veio fazer aqui?

Diz, guardando seu pau.

- Te ver, seu idiota...

- Meu amor, não é isso que você está pensando. Valéria estava só me ajudando.

Sorrio sem humor.

- Como pôde fazer isso comigo, Rodrigo? Pensei que gostava de mim

- Eu gosto, Angélica... Só que eu sou homem, e você não quer transar comigo. Preciso me aliviar.

Fala como se estivesse com razão.

Me revolto e jogo cheesecake nele e na vadia.

- Eu te odeio, Rodrigo. Guarde bem as minhas palavras. Irá se arrepender de brincar com o meu coração.

Ameaço, e me retiro da sala.

Dentro do elevador, permito que as lágrimas molhem meu rosto. Como eu fui cega e burra! Vou perder a virgindade com o primeiro que aparecer! O amor é só para os tolos. Meu coração não vai ser de mais ninguém!

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