A vingança perfeita

- É ele! Vou perder a virgindade com o tio do meu ex.

- Fique mais atenta, garota.

Diz, e se vira, provavelmente indo em busca de uma mesa. É, não vai ser sacrifício nenhum!

No dia seguinte.

- Ficou louca? Olha, eu faço tudo errado, mas você não é assim!

Anita, minha vizinha, me olha incrédula.

- Eu sei que é errado, mas cansei de sempre seguir as regras. Só por uma noite, vou me permitir viver uma aventura proibida.

Digo, já imaginando a minha noite com o gostosão.

- Isso é loucura, Angélica. O mimadinho não vai gostar nada disso.

- É a vingança perfeita. Rodrigo não suporta o tio. Imagina a cara dele só de saber que transei com o Dante. O babaca vai ficar louco.

- Mulher, desiste disso. Aquele mauricinho pode destruir a sua vida.

- Não tenho medo! Dante Montgomery vai ser o meu primeiro homem.

- Já vi que está decidida... Por favor, diga para o bilionário usar camisinha.

Agradeço Anita pelo apoio e sigo para casa. Meu pai está jogado no sofá, tomando vinho.

- Esse vinho é caro. O senhor não tem jeito.

- Eu...

- Eu já sei. Está no seu direito, afinal, a bebida é a única coisa boa na sua vida, já que tem que viver com a assassina do seu amor.

Digo, já de saco cheio dele. Ele poderia muito bem ter me colocado em um orfanato, mas preferiu punir uma criança. Vou achar um emprego e me mudar dessa casa. Cansei de tentar ajudar alguém que não quer ajuda.

...

Vou para a cozinha e preparo bombons de chocolate com recheio de amendoim e chantilly de morango. É como dizem: o homem se conquista pelo estômago. Experimento um e aprovo o sabor. Lembro-me quando conheci meu ex-cafajeste.

- Boa noite. O senhor quer mais champanhe?

O homem se vira para mim e sorri.

- Eu quero muito mais que o champanhe. Qual o seu nome, princesa?

- Estou mais para gata borralheira, senhor.

- Meu nome é Rodrigo Montgomery. Ainda sou jovem para ser chamado de senhor.

- Claro, me desculpe, Rodrigo.

- Me passa seu contato.

- Acho melhor não...

- Por quê? E se eu for o homem que vai ser o pai dos seus filhos?

Sorrio e digo meu número. Saio de perto dele e continuo servindo os convidados do evento de caridade. Volto para o presente,

como mais um bombom. Rodrigo vai se arrepender de me iludir.

Dante

Pela primeira vez, após três anos, senti atração por uma mulher. Que loira gostosa! Quero ela na minha cama. A moça parece ser bem humilde, então talvez tenha sido no bar que costumo ir pedir emprego. Minha intuição diz que vou encontrá-la hoje no bar.

Não sei se a loira foi contratada, mas eu tenho que tentar. Se ela não aparecer, suborno o dono do bar para saber quem é a mulher que conseguiu, com um simples olhar, me fazer querer sair do celibato.

Tomo um banho e me arrumo, indo para o bar. Chego, e não a vejo. Espero sentado, bebendo um copo de whisky. Toda loira que entra, fico com esperança, mas quando percebo que não é a minha, solto um suspiro de frustração.

Estou quase indo pedir o número do proprietário do bar, contudo, o perfume familiar me faz mudar de ideia. Levanto, e a minha loira está sorrindo para mim com uma caixa em forma de coração nas mãos.

- Me procurando?

- Sim. Quem é você? Uma deusa que está de férias na Terra.

Ela solta uma gargalhada.

- Sou apenas uma mulher comum, querido.

- Eu quero que seja minha por uma noite.

Digo direto, e ela sorri satisfeita.

- Meu nome é Angélica.

- Prazer, Dante Montgomery.

Estendo a mão, e Angélica aperta.

- Eu trouxe para você.

Diz, soltando minha mão, e entrega a caixa. Abro. Tem seis bombons dentro.

- Não como doces.

- Fiz com tanto carinho.

Sua expressão fofa consegue derreter meu coração.

- Vou comer só um.

Dou uma mordida no bombom, e sou levado para o céu. O chantilly de morango junto com amendoim deixa o doce irresistível.

- Gostou?

- É impossível não gostar, Angélica. Esses bombons estão deliciosos! O melhor que já comi.

Angélica

Sorrio. Meu plano está dando certo!

- Vamos logo para um hotel.

Diz, comendo outro bombom. Quando iria responder, meu celular começa a tocar. Pego ele na minha bolsa e atendo.

- O que foi, pai? Não deveria estar trabalhando?

- Teve um problema, e a boate não abriu. Venha para casa. Não tem nada de bom para comer.

Reviro os olhos.

- Deixei empadão de frango no forno. É só esquentar.

- Não quero essa merda. Venha logo para casa e faça comida de verdade.

- Agora não posso. O senhor já recebeu seu pagamento. Peça comida de um restaurante.

- Não brinca comigo, vagabunda. Ou vem ou vou jogar suas coisas na rua.

- Estou indo.

Digo, e desligo. Preferia ter sido criada em um abrigo...

- Eu pensei em você o dia todo, loira. Vai mesmo me abandonar?

- Desculpa, gato. Preciso ir, mas amanhã eu sou todinha sua. É só me dizer o endereço do hotel que estarei lá.

Ele sorri com malícia.

- Me dá um beijo pelo menos.

Me aproximo e beijo seus lábios suavemente, chupando o lábio inferior. Belisco e aperto sua bunda gostosa. Dante geme de prazer. Separo nossas bocas e beijo seu pescoço.

- Até amanhã, gato. Se prepare. A noite vai ser boa!

Digo, e saio do bar.

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