Mal conseguir dormir essa noite, quando pegava no sono, sonhava com a cena que vi, quando acordava ficava pensando naquilo, foi uma noite muito longa pra mim. " Porque ele continuou a fazendo depois que me viu?" " O certo não era ele parar?" " Ele queria que eu visse ele chegar no prazer?" Perguntas e mais perguntas se enfiaram na minha cabeça durante toda a madrugada. Antes de descer para tomar café me olho no espelho e repito pra mim mesma- Você não viu nada e vai agir como se realmente não tivesse visto. - Bom dia querida. Verônica fala com um sorriso no rosto, ligo após me ver entrando na sala. - Bom dia. Digo um pouco envergonhada "Droga, droga, haja naturalmente" Era impossível olhar para ela e não lembra da cena dela no colo de Will. - Você chegou tarde ontem, não te vi chegar? - Eu cheguei cedo, mas estava cansada e fui direto para meu quarto, desculpa por não ir falar com vocês ontem. Digo tentando manter a compostura, mas olhei para Will e meu rosto e
Will tem um olhar divertido - Tá assustada passarinho? - Não, claro que não. Passarinho? faz tanto tempo que ele não me chama assim, acho que a última vez foi no dia do enterro dos meus pais. Ele me abraçou e disse: vou cuidar de você passarinho. - E por que essa cara então? - Por nada. Me levanto do sofá e passo por ele para tentar sair. - O que veio fazer aqui? ele segura meu braço fazendo eu ficar cara a cara com ele. - Com o susto que levei, nem lembro mais. - O que veio fazer aqui ontem? Sério? não acredito que ele vai querer falar sobre ontem. - Não sei do que você está falando. Ele abre um sorriso safado de lado, ele morde seu lábio inferior e então se aproxima do meu ouvido. - Jurava que tinha lhe visto ontem. Ele quer brincar comigo, mas quer saber chegar, não vou entrar nesse joguinho. - Preciso ir para a faculdade. - Posso te levar se quiser! - Não precisa, vou com o motorista. - Tem certeza? ele se aproxima mais de mim, fazendo meu corpo to
Tranco a porta do meu quarto e logo sinto Will bater na porta. - May abre a porta! vamos conversar. Não respondo, não tenho nada para lhe responder. - May, por favor, não foi isso que eu quis dizer. Ele continua batendo freneticamente, mas depois de uns minutos ele desiste e para. Agora que sei que ele não vai me ouvir, sinto as lágrimas escorrerem. " Merda, merda,merda" Como posso amar o proibido? Will tem toda razão, somos irmãos, não podemos ter nenhum tipo de relação romântica, mas como eu faço para tirar esse sentimento do meu coração? Sempre fomos nós dois, não havia mais ninguém, ele sempre cuidou de mim e agora eu queria que cuidasse de outro jeito, mas isso era impossível. Limpo as lágrimas e arrumo minha roupa. Pego minha bolsa e respiro fundo antes de sair do quarto. Saio do quarto andando o mais rápido que posso, quando passo pela porta do escritório sinto até um arrepio pelas costas, passo olhando para a porta, quando olho para frente Will está na porta
Acordo sentindo um frio nas costas, abro meu olhos me virando para o lado e vejo que a janela do quarto estava aberta fazendo o ar frio da madrugada entrar. - Aaaa que sono... Digo me levantando. Quando estou fechando a janela vejo o carro de Will entrando na garagem. Olho para o relógio perto de sua cama que marcam 03:30 da madrugada. - Tão tarde. Entro no banheiro para tomar um banho antes que ele entre, pois não havia me limpado depôs que a gente fez se**o. Minha nossa, meu coração acelera só de lembrar que eu fiz isso com ele. Foi a melhor experiência da minha vida. Conforme a água cai pelo meu corpo sinto ele relaxar, mas sempre que lembro que vou ter que sair do banheiro e encarar Will, me dar um cala frio na barriga, apesar de eu ter amado, estava nervosa agora. Me enrolo em seu roupão, respiro fundo e saio,mas encontro o quarto vazio. Me pergunto o aonde ele está? Ele deve está no escritório, aproveito que ele ainda não entrou e visto meu vestido que estava joga
Voltamos para seu quarto onde dormimos a noite toda agarrados. Eu estava me sentindo tão bem e feliz de uma maneira realizada, mas agora que a emoção da situação passou, veio um certo sentimento de culpa, de alguma forma eu sentia que o que fizemos era errado, não só por causa de verônica, mas por causa da sociedade, acho que se alguém souber com certeza vamos ser discriminados, talvez até acabe de alguma forma prejudicando Will. - Bom dia passarinho. Will diz ao acariciar minhas costas nuas. - Bom dia Will. - Você dormiu bem? - Sim, como eu nunca havia dormido durante anos. - E porque essa carinha triste. Ele puxa meu rosto para olhar em meu olho. - Não é nada. - Me fala passarinho. - Porque voltou a me chamar de passarinho? - É por isso que está triste? - Não, claro que não, é que eu me sinto uma criança assim e com você eu quero me sentir uma adulta. - haha acha mesmo que se eu te visse como criança tinha feito amor com você? ele beija minha boca e sinto me
Hoje o dia foi perfeito. Will preparou um café da manhã maravilhoso com direito a panquecas, avós fritos, bacon, suco e meu Nescau favorito. Isso me lembrou muito da infância, ele sempre fazia esse tipo de café da manhã pra mim. Era como se qualquer data comemorativa fosse uma desculpa para ele preparar algo especial. Fizemos amor outras duas vezes antes do almoço. Comemos em casa e passamos a tarde no quarto assistindo filmes e só aproveitando o momento incrível que estávamos vivendo. Agora estou me arrumando para ir para a faculdade. Ultimamente tenho preferido usar vestidos, pois é mais confortável. Coloco um vestido azul Royal de um tecido bem levinho e rodado, não sou muito fã de vestidos colados no corpo. - Tem certeza que você está indo para faculdade, senhorita Figarella? ouço a voz de Will que se encontra encostado na porta do meu quarto. Abro um sorriso - Sim Sr. Figarella - Você está muito linda com essa roupa, sabia? Ele se aproxima de mim colando nossos lábios
Sair de casa na força do ódio que me dominou, não entendo como a gente foi meio que discutir por algo besta. A verdade é que talvez eu ainda não tenha lhe perdoado por ter me abandonado nesses últimos anos. Eu entendo que ele queria esquecer os sentimentos que tem por mim, mas foi um processo doloroso pra ambos. Eu me senti sozinha esse tempo todo, a única amiga que eu tinha só falava comigo porque queria pegar ele. De repente penso em Jennifer, minha amiga de infância, nunca mais tive contato com ela desde à morte dos meus pais. Ah, como ela me faz falta, éramos crianças, mas lembro de como éramos unidas e felizes ao ficar junto dela. Ela era maravilhosa e divertida, sempre me protegia do meu primo Joffrey, ele era horrível. Mas depois disso me mudei e não tivemos mais contato. Me pergunto como ela deve estar hoje em dia? Caleb que estava sentado na cadeira da frente se vira para trás me olhando por um momento - você está bem? Assinto com a cabeça. - Você não parece nada b
Eu gostaria de entender o que eu tinha feito de errado, sei que discutimos hoje cedo, mas o assunto era tão besta que não fazia sentido ele ficar tão alterado assim. Era a primeira vez que ele me tratava desse jeito, apesar da distância, da maneira grossa de me tratar, ele nunca havia me puxado desse jeito ou me jogado assim em algum lugar. De alguma forma fiquei assustada, meu coração estava acelerado e uma vontade imensa de chorar se apoderou de mim. Qual é o problema comigo? porque tudo eu quero chorar? Will entra no carro batendo a porta com a mesma intensidade que bateu a minha. - A gente mal discutiu e você já foi se divertir com outro! Isso é uma palhaçada. Ele esbraveja olhando pra mim. - Mas eu..... - Eu vi você lá praticamente agarrada com aquele MOLEQUE. Ele começa a dirigir, saindo arrancando com o carro. - A gente é amigo! Digo praticamente sussurrando. - AMIGO? HAHAHA, vocês não pareciam amigos alí. - Mas somos Ele para no semáforo e me encara de um