Depois dos pensamentos que tive a saudade de minha avó me apertou o peito de uma forma dolorosa,a ultima vez que a vi foi depois de seis meses após o acidente com a carruagem a um ano atraz.quando me recuperei das costelas quebradas e de uma perca de memória,foi procura-la em nossa pequena casa e não encontrei,perguntei a algumas pessoas que a conheciam e a noticia que recebi deixou-me em desespero,a noite do acidente ela tinha saido em meio a chuva a minha procura,apos esse dia ficou resfriada e doente,não mas teve forças para se reerguer,e faleceu a cinco meses depois.
Lágrimas molham meu rosto,as enxugo com as mãos e vou ate meu quartinho no final do corredor reservado aos criados,abro a porta e entro sentando assim em minha pequena cama,o quarto e simples,com paredes nuas,despidas de qualquer decoração com uma pequena e velha cômoda onde guardo os poucos objetos que possuo,nada de valor material mas de inestimável valor sentimental.uma poída e velha colcha de retalhos que pertencia a minha avó,e o vestido de minha mãe que continua lindo e brilhante como se estivesse novo.coloco o vestido em minha frente olhando em um pequeno espelho e vejo que agora ficaria bem em mim,muito melhor do a a um ano atraz quando eu estava muito magra e desidratada,graças a excelente comida de molly recuperei minhas forças. — Como gostaria de poder um dia usa-lo!— penso olhando minha imagem refletida no espelho,pele branca,olhos grandes e muito azuis em contraste com os cabelos loiros levemente ondulados.— minha avo sempre dizia que tinha a beleza de minha mae,a mesma estrutura os mesmos olhos azuis e o cabelo loiro guardo o vestido desistindo de imaginar coisas impossíveis,nunca terei a oportunidade de ir a um baile.não indo a um baile não terei a oportunidade de usar o lindo vestido de minha mãe,guardo tudo em seu devido lugar e volto ao meu pequeno mundo de serviços onde roupas sujas,louças e etc...me esperam. Vou andando com os braços cheios de roupas que pertencem a Alexandre Griffiths o duque,seu cheiro em suas peças de roupa e divino e não posso evitar que meus pensamentos me levem a uma direção perigosa e impossível.como diz molly,começo a lava-las com todo o cuidado pos são roupas de tecido fino e muito caro,termino de lavar as peças e as estendo ao sol para seca-las.quando termino meus afazeres já e quase noite,aproveito e vou tomar um bom banho para me limpar da sujeira do trabalho do dia,carrego água de fora para dentro de meu quartinho,dou varias voltas indo e vindo,na última volta com o balde cheio eu o vejo na sacada acima,esta deslumbrante como sempre,camisa branca desabotoada ate a metade dos botões de um jeito pecaminoso para meus olhos que não conseguem parar de adimira-lo,seu olhar parece perdido no horizonte,ate uma mulher bem vestida em um vestido verde musgo surge de dentro da casa,vindo por traz ela o abraça aproveitando para enfiar a mão por dentro de sua camisa tocando-o intimamente,meu coração aperta e sei que devo parar de olha-los,mas simplesmente não consigo desviar o olhar.ele sorri para ela beijando-a nos lábios logo em seguida para então leva-la para dentro,ela solta gritinhos animados quando ele sussurra algo em seu ouvido,ela e uma das muitas mulheres que se dizem pertencer a alta sociedade londrina e que visitam frequentemente mansão londrina do duque. Meu coração mucha com a cena que se desenrola a minha frente,e retorno com o balde cheio de agua para dentro de meu quarto despejando tudo com forca de mas dentro da banheira,retiro a roupa suja e solto os cabelos que descem em camadas pelas minhas costas,e entro na agua fria que cobre meu corpo nu como um lençol de seda.fico submersa na agua por alguns instantes tentando esquecer o que vi,não posso negar que desejava ardentemente esta no lugar desta mulher que esta com ele neste momento,sentir suas mãos fortes envolverem meu corpo como fez quando cai em seus braços,não sou tão ingênua para não saber o que acontece entre um homem e uma mulher,vi varias vezes como os animais fazem,o que em meu ver parece ser doloroso e nada prazeroso para a fêmea,— Nunca entendi porque as mulheres fazem isso se e tao doloroso!— penso.lavo meus cabelos e meu corpo e saio da agua com a mente trabalhando a mil e uma pequena dorzinha no abdômen que não sei distinguir de onde surgiu. Saio de traz de meu velho biombo,e me visto com minha camisola poída e fina devido a velhice,penteia os cabelos e deito sobre a cama desfrutando da sensação de descansar os músculos cansados de um dia inteiro de trabalho,mas o sono tão esperado não vem,me vejo mudando de posição constantemente.— tenho que me esforçar para esquece-lo,não há futuro feliz para nos!—aliás não há futuro algum para nos.ele nem sabe que eu existo,ou se souber me descreverá como uma das muitas pessoas de sua longa lista de criados.pos e o que sou,!alem de ser uma garota que ainda não percebeu que contos de fadas não existem e que nobres não se casam com plebéias, como molly diz.ele com certeza ira se casar com uma linda moça rica de seu ciclo social que lhe dará lindos filhindos de cabelos negros e brilhantes olhos verdes,além de alimentar falsas esperanças com uma vida feliz ao lado de um duque,estou começando a ficar louca.não consigo parar de pensar durante o dia e a noite já não tenho sono e minha mente vaga novamente na direção errada mesmo que eu nao queira,luto para pensar em outras coisas mas e totalmente impossível. Quando consigo pegar no sono,sonho com um lindo baile de máscaras,onde um elegante cavalheiro vestido de preto vem em minha direção e me tira para dançar,ele também usa máscara negra que cobre parte de seu rosto que parece esta sempre nas sombras dificultando assim seu reconhecimento,levanto a cabeça lentamente para olha-lo mas uma vez e levo um susto ao ver olhos verdes como esmeralda que me fitam de volta de uma maneira penetrante,esses olhos....eu poderia reconhece-los em qualquer lugar.Acordo sobressaltada,o calor me sufocando,o cabelo colado ao rosto de uma maneira desconfortável sem falar da inebriante sensação de que olhos muito verdes que me seguem onde quer que eu vá,retiro alguns fios de cabelos que ainda permanecem grudados em meu rosto e levanto de minha cama,tomo um copo de água e passo um pouco de água em meu rosto,o enxugo com uma pequena toalha branca e volto a me deitar olhando no velho relógio que tenho guardado vejo que são exatamente 12:30,suspiro alto levantando um dos abraços coloco-o por cima dos olhos.ainda posso ouvir o som da orquestra tocando a valsa na qual eu estava dançando com o misterioso cavalheiro vestido de preto com incríveis olhos verdes por traz da máscara.- Meu Deus!não acredito que vou perder o sono por causa de um sonho!- digo em voz alta!tento dormi mas não consigo,olho no relógio mas uma vez e já passa das 1:15 da manhã,fico fitando o teto por muito tempo ate consegui pegar no sono novamente,agora sem sonhos.quando acordo e an
Dou um sorriso entusiasmada com a ideia de ir ao baile de lady Adams,que segundo os criados será o baile de abertura que dara inicio a mas uma temporada de festas entre a aristocracia da velha Londres.primeiro terei que pedir ajuda a molly,Lucy e Matthew.a parte mas difícil sera a de arranjar a bendita carruagem.deito em minha pequena cama com essa idéia maluca na cabeça e o pior;me sinto feliz fazendo isso.dou um sorriso de orelha a orelha e pego no sono com esse pensamento em mente. Acordo cedo arrumo as cobertas de minha cama e saio cantarolando uma velha música que sempre ouvia minha mãe cantar,e da qual não me recordo a letra com exatidão. Foi a luz do mar azul refletido em seus olhos que me apaixonei..... No seus abraços encontrei minha paz... Meu amor....para sempre vou te amar... Apenas estrofes embaralhadas,não sei porque me lembrei dessa música agora!minha mae sempre sorria ao canta-la e logo depois seus belos olhos azuis ficavam chei
Lucy sai caminhando pelo longo corredor onde se encontram os quartos do cridos,sigo-a ate seu quarto,onde ela o destranca e entramos juntas em um pequeno aposento não muito diferente do meu.Lucy caminha ate uma pequena penteadeira no canto do quarto e apanha sua caixinha de costura. — Agora Elizabeth vomos a melhor parte!— diz lucy com um sorriso enorme no rosto.— teremos que ir ao porão da mansão onde estão guardados todos os antigos pertences da mãe de vossa graça,tenho certeza que lá encontraremos tudo o que precisamos para transformarmos você na princesa do baile. — tem certeza que e uma boa ideia Lucy?— pergunto receosa so de imaginar o duque surpreendendo a nos duas cheretando nos pertences de sua mãe. — Você não quer ir a esse baile?— pergunta Lucy. — claro que sim! — digo. — Então querida?você deve confiar em si mesma e se arriscar para fazer o que gosta nem que seja somente uma vez na vida.— diz Lucy incentivando-me a ir enfrente. —
No caminho de volta estou eufórica,Lucy retirou seu avental e dentro do mesmo escondeu o volumoso vestido,o par de sapatos foi eu quem guardei dentro de meu próprio avental que era branco e que agora esta muito empoeirado e com teias de aranha.Lucy também escondeu a máscara vermelha em algum lugar em seu vestido. — Elizabeth eu irei na frente para verificar se o corredor esta limpo e se podemos ir sem sermos vistas.você fica aqui com o vestido—diz ela entregando-me o avantajado volume.—saia do seu esconderijo ao meu sinal. Fico parada em meio as sombras por alguns minutos, ate que Lucy retorna fazendo um sinal com as mãos indicando que esta tudo limpo e que já posso sair de meu esconderijo.tranco rapidamente a velha porta e saímos a passos ligeiros pelo longo corredor.quase no final ouvimos vozes femininas que conversam alegremente atraz da porta do escritório de vossa graça e logo essas risadas são também acompanhadas por uma grave e sensual,passamos rapidamente pela
Sou acordada de meu sono pelo som de batidas insistentes em minha porta,ouço a voz de Lucy ao me chamar mas uma vez. — Elizabeth abra essa porta!se não se arrumar agora chegara atrazada ao baile. Lembro-me do baile e imediatamente saio da banheira respingando água por todo o quarto,apanho uma toalha branca enquanto caminho ate a porta e a abro dando assim passagem a uma Lucy apressada. — não temos muito tempo Elizabeth,já faz um bom tempo desde que vossa graça se foi ao baile,e hora de começarmos a preparar você,se não chegara atrazada! — estava cansada e acabei pegando no sono sem querer!espere apenas um pouco enquanto ponho um vestido. — digo a Lucy Apanho meu poído e velho vestido marrom e o visto rapidamente,prendo meus cabelos ainda úmidos em um coque desajeitado no alto da cabeça,vou ate minha velha cômoda e apanhando meu perfume de rosas barato ponho em minhas maos e espalho pelo pescoço e braços,não e o melhor dos perfumes,mas e o que tenho
Estou nervosa quando nos aproximamos da mansão de lady Adam que fica em um dos bairros mas nobres de Londres,de uma boa distância posso ver que a mansão esta iluminada e que na entrada da mesma há um verdadeiro festival de cores vibrantes,todos colocam suas máscaras ao adentrarem,os anfitriões estão a porta ao dar as boas vindas aos convidados,Matthew estaciona a carruagem a uma distância considerável do lugar,espero impaciente ate que todos se vão,peço a Matthew que destraia o mordomo que esta na porta para que o mesmo não me veja entrar.Matthew vai ate o homem alto e careca que esta na porta e o chama para que o ajude com uma das rodas da carruagem que parece está com defeito.o homem sai orgulhosamente de seu lugar e vai ate Matthew que acena para mim por traz das costas do mordomo,praticamente correndo subo a escadaria e entro na suntuosa mansão. Imediatamente coloco minha máscara,a música e ouvida e junto com ela os sons das conversas entre as damas e cavalheiros,me s
Narrado por Alexandre GriffithsCom suas mãos nas minhas nos dirigimos em direção ao centro do salão,os primeiros acordes são dados pelos músicos,então iniciamos a dança,coloco minha mão em sua cintura e a sinto ficar tensa,ela não parece confiante em si mesma e olha para as damas que estão a seu redor como se buscasse algo nas mesmas,depois de alguns segundos digo a ela: — Esta tudo bem querida?— pergunto a ela,com a intenção de ouvir sua linda voz. — Estou sim!— responde ela!—porque não estaria bem em sua presença? — diz ela passando sensualmente sua mão enluvada por meu ombro. — Ao contrário!pensei que a tinha causado esse mal estar que aparentava sentir.— digo eu a ve-la sorrir enquanto me olha intensamente com seus olhos azuis brilhantes por traz da máscara. — Em sua presença seria impossível me sentir mal,disso tenho certeza!— diz ela ao me dar um sorriso divertido,sei por seu comportamento que esta flertando comigo. — Porque diz isso be
Saí correndo o mas rápido que minhas pernas permitiam,esbarro em várias pessoas no caminho até porta mas finalmente consigo sair.— senhorita!— diz o mordomo me olhando com um olhar curioso,passo a mão pelo rosto e constato que perdi a máscara em algum lugar,quando estou passando portão a fora uma mão me puxa para um canto escuro impedindo-me de seguir em frente,então ouço essa irritante voz dizer: — Ora ora,se não é a ratazana de esgoto!— diz lady walker com sua voz cheia de maldade. — Deixe-me em paz!— digo puxando meu braço que estava preso por suas mãos. — Acho que lorde Alexandre apreciará muito saber que sua amada dama de vermelho não passa de uma criada!— diz ela com seus olhos brilhando de raiva.—ja estou ate imaginando a cara de surpresa que ele ira fazer ao saber a identidade da mulher com quem dançou com tanta paixão,pelo visto ele também andou se divertindo.—diz ela se aproximando de mim com o rosto vermelho e apontando para o corpete de meu