*Vahem* Ele estava sentado na sala ao lado do trono, acaricando levemente sua meia lua. -- eu sinto tanto a sua falta. - ele sussurrou baixinho. -- eu sinto falta do seu cheiro, do seu toque... Da sua pele tão macia. -- ele estremeceu, enquanto uma leve brisa entrava na sala e balançava seus cabelos vermelhos. -- eu sinto falta de tê-la tão perto, de respirar o mesmo ar que você, de apenas estar no mesmo ambiente que você. -- ele parou por um instante, chamando ela em sua meia lua. Usando toda a sua força de vontade e concentração. Ele sentia uma queimação, como se ela estivesse negando a proximidade. Vahem abriu um leve sorrisinho de canto, imaginando como ela estaria naquele momento, com aquela cara de brava. -- eu sei que de alguma forma você me sente, eu sinto você a todo instante. -- ele apertou sua meia lua. -- estou enlouquecendo sem você, por favor... -- alguém bateu na porta de sua sala com urgência. Ele se pôs de pé rapidamente. -- entra. -- Merydia adentrou na sala,
Canary estava sentada na biblioteca ao lado de Heloíse. -- eu não sei se consigo. -- Heloíse disse brava. Canary a fitou de esguelha. -- você precisa aprender a ler, você tem uma biblioteca gigante com livros incríveis, mas não sabe lê-los, você precisa aprender. -- Heloíse revirou os olhos. -- eu sei derrubar um macho adulto e forte com um soco, não preciso saber o que essas palavras significam. -- Canary riu enquanto entregava a ela um trecho que havia marcado. -- vamos, leia. -- ela engoliu em seco, e trouxe o livro para bem perto do rosto. -- "as... As vores... " -- "árvores." -- Canary sussurou. -- "as árvores... S... São um vonto..." -- "conto." -- "um conto sobre... O amor de deuses dos... Das, floristas, florestas." -- a fêmea abriu um grande sorriso animado, e Canary lhe deu um abraço. -- viu, você já está conseguindo, agora vamos, leia mais essa... -- ela parou de repente, quando sentiu algo queimando sua meia lua. Uma força como se estivesse puxando-a. Ela tentou
Vahem corria o mais rápido que seu corpo conseguia aguentar, saltando por árvores e bosques como Canary jamais viu. Ela sabia que se tentasse saltar das costas do macho, de nada adiantaria. Os licanos de Vahem, corriam ao seu lado, formando uma espécie de proteção para o macho. Canary sentia seu coração acelerado, a cada salto que o macho dava. Após muita correria, eles enfim avistaram montanha vermelha e antes que se desse conta, Canary já estava passando pelos portões. Vahem enfim desacelerou, e Canary saltou de suas costas. O macho se voltou para ela de imediato, enquanto ela encarava o portão de entrada. -- nem pense nisso. -- sua voz rouca soou grave. -- você me trouxe a força de volta Vahem, eu não queria estar aqui, eu não quero estar aqui! Qualquer relacionamento que tínhamos... Acabou! -- furiosa ela andou até os portões, mas Vahem saltou contra ela. Canary se sobressaltou, voltando para trás. De imediato os portões foram fechados, e ela engoliu em seco. -- então é isso
*Merydia*Ela resolveu deixar Vahem e Canary sozinhos, eles precisavam daquele momento. Merydia resolveu subir até seu quarto, e tentar dormir um pouco. Quando ela passou em frente ao quarto de Markus, ela parou por um instante. Seu coração acelerou, ela ainda estava muito machucada e de luto pelo o que havia acontecido, mas ela sentia falta dele. Lentamente ela se aproximou da porta, abrindo-a vagarosamente. O quarto estava quase escuro, havia apenas um candeeiro. Markus estava deitado na cama, encolhido em um canto. Respirando pesadamente. Ela se aproximou e o fitou de onde estava. Merydia sentia os olhos ardendo. Markus não tinha culpa do que havia acontecido, ele também havia perdido algo. Ela tentou se aproximar e tocá-lo, mas ela foi covarde e desistiu. Logo ela saiu do quarto, e voltou correndo para o seu. **** Quando acordou pela manhã, aquele parecia um novo dia enfim. Por mais que seu coração e sua mente ainda estivessem machucados demais,
Canary estava deitada ao lado de Vahem, ouvindo sua respiração pesada, enquanto sua cabeça estava deitada em seu peito. Na noite passada os dois resolveram que ficariam apenas juntos, ela não queria estragar aquele momento. Queria apenas ficar deitada ao lado de Vahem, seu parceiro, seu marido. Ela beijou levemente seu pescoço. Ele apertou mais firmemente sua cintura, Canary sorriu. Tudo parecia bem, mas ainda em sua cabeça, a voz de Klaus ecoava. As coisas que haviam sido ditas e... Feitas entre os dois, ecoavam em sua mente. Canary quase havia cedido, e dormido com Klaus, ela estremeceu. -- no que você tanto pensa? - ela se sobressaltou, a fêmea jurava que ele dormia. -- nada... Nada demais. -- ele apertou mais fortemente sua cintura, contra seu corpo. -- eu amo tanto seu calor, sinto que faltava um pedaço de mim, quando você não estava aqui... Minha Canary. Ele sussurrou contra seu ouvido, fazendo-a suspirar. Ela ergueu o rosto para olhar para ele, o macho parecia em paz, feli
Canary não sabia se aquilo que via era fruto de sua imaginação, ou realidade. Vahem se pressionou mais forte contra ela, Canary engoliu em seco e tocou seu ombro. -- Vahem... Vahem, Klaus está aqui. -- ela sussurrou quase sem voz. Rapidamente, Vahem se afastou dela e olhou para onde Canary olhava, assustada. Ela estremeceu, quando ele também avistou o irmão ali. -- merda! -- ele gruniu enquanto pegava a calça, que estava no canto do quarto, e cobria Canary com o cobertor. O olhar negro de Klaus, estava vidrado em Canary. Vahem rapidamente se pôs de pé, Klaus abriu um sorriso cheio de dentes. -- calma irmãozinho. -- como diabos você entrou aqui? -- Klaus deu de ombros, enquanto Vahem se colocava em posição. -- eu conheço esse castelo como a palma de minha mão, sei cada entrada secreta, cada cantinho escondido! Posso entrar e sair daqui... Quando quiser. - Canary sentiu o ódio emanando de sua voz, enquanto ela pegava sua camisola e a vestia novamente. -- é melhor você sair daqui,
Depois que Klaus desapareceu na escuridão daquela passagem secreta, ninguém no palácio dormiu. Vahem ordenou que uma busca intensa se iniciasse no palácio, em busca de cada passagem secreta, que poderia existir ali. Os licanos obedeceram, e uma busca árdua começou. Canary não havia dormido nem um pouco, ela não parava de pensar no que havia acontecido. Nas coisas que foram ditas, e no que ela sentiu naquele quarto. Ela precisou sair um pouco de dentro do palácio. para sua sorte, Merydia a encontrou e as duas andaram pelas redondezas, indo em direção a aldeia. Ela ficou feliz por se aproximar um pouco mais das pessoas que ali viviam. Todos pareciam um tanto nervosos com sua presença, mas ela procurou não ser invasiva. Merydia logo notou como a amiga estava quieta, e pensativa. -- quer nadar nua no rio? -- Canary voltou seu olhar para ela imediatamente, lhe arrancando uma risada. -- eu gostei da proposta, mas estou cansada demais, para nadar agora. -- Merydia assentiu, segurando s
*Merydia* Ela estava sentada ao lado de Markus, que já estava quieto há um bom tempo. Ela resolveu que não diria nada, Verona era uma mãe terrível, mas ainda era sua mãe. E ele havia acabado de perdê-la.-- não sei onde está meu pai. Ele sussurrou baixinho, Merydia se sobressaltou. -- o que? -- ele sumiu, quando ela caiu! Não sei onde ele está... -- Ele começou a rir de forma sonora, ela tocou sua mão, mas ele não estava bem. -- Markus, você precisa respirar! Precisa pensar no que aconteceu. -- ele se pôs de pé. -- não tenho nada pra pensar Merydia, ela morreu! Enfim ela morreu. -- dava para sentir a dor em suas palavras. Ela se pôs de pé e tocou seu rosto. -- sente aqui, vamos conversar. -- ele se afastou de seu toque. -- eu não quero conversar, quero beber até esquecer quem eu sou. -- ele começou a andar em direção ao palácio. -- Markus... -- vamos beber Merydia! -- ele gargalhou enquanto ia em direção aos portões do palácio. Ela engoliu em seco, quando se aproximou, e av