Voltei para o quarto tarde naquela noite, minha irmã estava me esperando com perguntas. Mas apenas passei por ela, tomei um longo banho e após me joguei na cama. Adormecendo em instantes. Quando acordei no dia seguinte, ela não estava mais no quarto. Eu estava sozinha, me empertiguei e olhei ao redor. - Verônica? - engoli em seco, já colocando os pés para fora da cama. Logo encontrei um bilhete seu, que estava em cima da cômoda. - "𝑗á 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑚𝑎𝑟 𝑐𝑎𝑓é, 𝑣𝑒ℎℎ𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎𝑟." - assenti prontamente, colocando a primeira coisa que vi no guarda roupa. Ergui uma sobrancelha, só haviam vestidos. - deuses, eu mereço. - após procurar muito, encontrei um simples azul. E tratei de sair do quarto, havia um guarda parado ao lado da porta. Que sem demora, tratou de levar até o salão de jantar. Para minha surpresa, não descemos, mas sim subimos um pouco mais. Chegando no que parecia ser, o topo da torre. Logo entrei na sala, e me sobressaltei. Havia uma gr
Me debati enquanto ele me puxava pelos corredores, furioso e ansioso. - por favor eu... Eu não vi nada! - você desobedeceu as regras! - MAS EU NÃO FIZ NADA SEU DESGRAÇADO! - ele se virou bruscamente, e me deu um forte tapa no rosto. Que me deixou muda, a dor me atingiu com força. Ele não parou e continuou a me puxar, levando-me até um quarto estranho. Ele me jogou para dentro, eu me empertiguei. Lentamente o quarto se iluminou e Mikais surgiu, usando um sobretudo roxo. Ele estava com uma taça de vinho na mão, e ergueu uma sobrancelha. - pobre Mallena, você não ouviu quando falei especificamente o que não era permitido? - eu... Eu não fiz nada eu... - calada! - uma veia saltou de sua testa. - eu dei uma ordem, e você desobedeceu. - engoli em seco, e me empertiguei. - eu não sei o que aconteceu, de verdade! Geralmente eu... Eu não faço essas coisas. Eu não sei o que aconteceu comigo. - ele sorriu, e se aproximou um pouco mais. O macho fez um gesto de cabeça para o guarda, que
Kyle me puxou por entre os corredores, me jogando no quarto e fechando a porta atrás de si. Impedindo que eu pudesse sair, sem demora me voltei para ele furiosa. - sai da frente! - você vai ficar aqui. - me deixa passar! - fui até ele novamente, mas o macho parecia uma rocha em frente a porta. - SAI AGORA KYLE! - não, você vai ficar aqui! - ele está levando uma punição que não merece seu idiota! - ele é um lupino, vai cicatrizar ele vai ficar bem. - é a minha punição. - por quê você simplesmente não senta ali e deixa as coisas como estão? Ele escolheu pegar seu castigo para ele. - MAS ELE NÃO PODE FAZER ISSO! - não havia notado que lágrimas estavam rolando por meu rosto, até sentir. - é a última vez, sai da frente! - é a última vez, não. - é uma ordem, da sua alfa car*lho! - engoli em seco, ódio estava correndo por minhas veias. Ele me fitou, mas não se afastou da porta. - você não é minha alfa, não até matá-lo. Então... Contente-se em ficar aqui. - me aproximei dele fur
Não dormi nada naquela noite, apenas fiquei encarando o teto. Meu coração tão apertado no peito, apenas pensando nas palavras de Daikan. No seu olhar, tudo estava tão confuso para mim. Vi quando o sol nasceu, e sem demora, tratei de ficar de pé. Tudo o que eu queria fazer, era ir embora daquele lugar o mais rápido possível e nunca mais voltar. A não ser... Voltar para estrangular Mikais. Aparentemente estávamos todos prontos, saímos do quarto e subimos até a última torre. Assim que abrimos a porta, Mikais já estava assentado em sua mesa. Aquele infeliz tinha um sorriso de contentamento em seu rosto, que me deu vontade de quebrar todos os seus dentes. Daikan, entrou em seguida. O encarei, ele ainda estava muito pálido. Mas parecia menos mal do que na noite anterior. - amigos, venham comer. - logo nos aproximamos com certa hesitação, mas eu fiquei de pé. Assim como Daikan, o olhar de Mikais recaiu sobre mim, depois sobre Daikan. - como estão? - ele ergueu uma sobrancelha, meu estôma
Saímos de inturvs, e partimos para longe o mais rápido possível. Infelizmente, não nos deram sequer um veículo. Claro que Mikais não faria isso, aquele macho era desprezível. Seguimos por entre as estradas tortuosas e distantes do mundo lupino. Daikan não havia trocado uma palavra sequer comigo, eu havia tentado começar um assunto. Mas o macho se esquivou todas as vezes. Resolvi que pararia de tentar, não valia a pena. E eu sabia que de certa forma, ele estava bravo comigo. Conforme saímos das fronteiras de inturvs, avistamos um vasto horizonte.- tenho alguns aliados por aqui, cidades e mais cidades. Vamos tentar a sorte. - ele disse certa noite enquanto acampavámos na floresta. Continuamos a seguir, chegamos em algumas cidades. Alguns dos aliados de Daikan nos receberam bem, outros eram resistentes. Alguns mais nos apoiaram em nossa luta, mesmo com poucos machos e fêmeas prontos para lutar ao nosso lado. Mas isso era melhor do que nada. Mas ainda não era o suficiente, precisávamo
O macho voltou conosco até nosso acampamento, ele não parou de falar com Daikan. Conversando e rindo, eu franzi o cenho e me coloquei ao lado de Kyle. - quem é ele? - Devon cardones. - revirei os olhos. - eu sei disso, quero saber... Quem é ele, qual sua importância? - ele e Daikan se conhecem há anos, quase desde a infância. Ele herdou a liderança do pai, e se tornou alfa de woods high. É uma cidade bonita, mas faz muito tempo que não vamos lá. Pelo o que me lembre, é pequena. - assenti, logo chegamos ao acampamento. Daikan sentou com Devon, e após mais um pouco de conversa o macho me encarou e sorriu. - poderia devolver minha espada moça? - sem demora me aproximei e entreguei, ele agradeceu. - não me apresentei, sou... - Devon cardones, sabemos. Mais um sorriso de canto. - e você é? - Mallena garyon, e aquela sua irmã Verônica garyon. Do Kyle você lembra não é? - ele se pôs de pé e apertou a mão de Kyle. - é claro que me lembro, é bom vê-lo. - igualmente. - novamente os
Fiquei parada ao lado de minha irmã, encarando aquela cena tenebrosa. A fêmea grudada no pescoço de Daikan, beijando seus lábios. Senti imensa vontade de ir até lá, mas só quando senti a mão de Verônica me segurando, que eu entendi que estava realmente indo até eles. Parei bruscamente, Devon me fitou. E logo puxou a irmã, que sorriu ao se afastar de Daikan. - olá. - Emilly, olá. - disse meio zonzo, Devon pigarreou e mudou a irmã em nossas direções. - deve se lembrar de Kyle. - claro que sim. - ela lhe estendeu a mão prontamente, em um cumprimento que ele logo retribuiu. - e estas são... Mallena garyon e sua irmã, Verônica garyon. - ela sorriu para mim e logo fez o mesmo gesto novamente, a encarei por alguns instantes. Até que apertei sua mão, ela ergueu uma sobrancelha e se voltou para minha irmã em seguida. - bem, como todos estão cansados vamos levar vocês até seus aposentos. Venham. Devon tomou a frente, novamente a fêmea se grudou com Daikan. Segurando seu braço, eu não sei
𝙳𝚊𝚒𝚔𝚊𝚗* Fui levado até aquele maldito quarto, as paredes eram azuis. A cama, era muito grande. Obviamente era para duas pessoas, fiquei observando aquilo. Eu estava com tanta raiva, que senti que poderia quebrar cada móvel daquele quarto sozinho. Arranquei aquela camiseta, minhas costas, por mais que já estivessem bem melhores, Ainda ardiam as vezes, fui até a sacada. E encarei a bela visão da cidade, mas tudo o que eu queria, era ir até aquela fêmea cabeça dura e trazê-la até meu quarto. Como ela poderia ousar me desafiar daquele jeito na frente de todos? Falar sobre não ter o meu cheiro. Eu deveria ir até ela, agarrar aquela infeliz e... Apertei com força o ferro da sacada. Respirei profundamente, eu não estava pensando direito. Estava tão furioso comigo mesmo desde tudo, tão furioso por ter falado com ela daquele jeito. Por ter me mostrado tão fraco naquela noite em inturvs. Afinal... Eu sequer sabia o que ela estava pensando de mim desde então, mas sabia que não era bom. E