Subi até o quarto assim que Daikan e Kyle saíram, eu estava temendo dentro de mim pelo o que poderia acontecer com o macho. Mas algo me dizia que Daikan não o mataria. Assim que abri a porta, encontrei Verônica deitada na cama. Olhando para o teto, seu rosto estava sério. Lentamente me aproximei. - quer comer alguma coisa? - não. - mas precisa se alimentar Ve.- eu estou bem. - bufei, e logo sentei na beira da cama. - o que aconteceu Verônica? - nada aconteceu. - p*rra... Não pode facilitar as coisas para mim? - mas ela nada disse, a fitei. - Kyle fez alguma coisa com você? - ele não fez nada, que pergunta. - bom, me desculpe, mas é que você está estranha e... - eu não estou estranha nada cac*te! - se pôs de pé furiosa, continuei seguindo seus passos com os olhos. - ele não vai matar o Kyle Verônica. - eu não me importo se vai ou não. - você sabe que isso é mentira. - ela se voltou para mim, abriu a boca para esbravejar mas nada disse. - eles saíram já tem quase duas hor
Assim que o dia nasceu, já estávamos todos prontos. Mesmo com a noite mal dormida, começar nossa jornada era essencial. Cada um pegou uma mochila com algumas coisas importantes, e logo partimos em direção a cidade lupina. Adentramos pelas florestas, seguindo em direção aos desfiladeiros. Olhava para trás de vez em quando, e via minha irmã encarando Kyle. Ou visse e versa. Aparentemente, eles não haviam trocado nenhuma palavra depois de tudo. Queria fazer algo para ajudar, mas preferi me manter no meu próprio canto. Acampamos em nossa segunda noite, próximos de um rio corrente que ficava dentro do bosque. Enquanto e minha irmã e Kyle montavam o lugar para dormirmos, eu aproveitei e fui até o rio me refrescar. O clima estava um tanto frio, mas eu me sentia suja. Logo pus minhas roupas na margem, e adentrei. Fiquei no lugar mais raso possível. Estava começando a jogar água sobre os ombros, quando ouvi um barulho rio acima. Me empertiguei, e logo me pus de pé pronta para tudo. Quando
Alguns dias se passaram, algumas vezes tivemos que parar pois Daikan não estava em sua melhor forma. Seu corpo havia ficado debilitado por ter ficado tanto tempo transformado, e em seguida ter sido envenenado. Mas após longos dias e noites árduas, avistamos a cidade lupina à nossa frente. Me empertiguei, não fazia ideia do que me esperava ali. Mas sabia que decisões precisavam ser tomadas. Me aproximei de Verônica, que estava encostada contra uma árvore. - me sentiria melhor se você ficasse aqui. - o que? Por que? - pode ser perigoso Ve. - sempre é perigoso Mallena.- ainda sim, pode tentar obedecer sua irmã mais velha? - ela revirou os olhos. - você sempre vai vir com essa carta de irmã mais velha? - enquanto funcionar. - ela sorriu, logo me inclinei e beijei sua testa. - prometo que volto logo. - assim espero. - assenti e rapidamente me aproximei de Daikan, que estava ao lado de Kyle. - vou ficar na saída da cidade, caso algo aconteça. - Kyle disse o encarando, mas Daikan
Kyle e Elaide abriram caminho por entre as ruas, enquanto Daikan segurava minha mão o mais forte que podia. Tentando me guiar para o mais longe dali possível. Subimos por entre os becos, e Kyle parou. - eles ainda estão vindo, leve eles até a floresta. E encontro vocês lá. - me empertiguei, Elaide segurou seu ombro. - não, está maluco? Você vai morrer. - não vou não, eu sou bom no que faço. - engoli em seco. - Kyle nem pensar. - ele me encarou. - eu vou ajudar vocês, Daikan não pode lutar como está e você mal conhece sua força. Vão com Elaide, eu cuido deles. - encarei Daikan, ele nada disse. Sequer olhou para Kyle, eu queria chutar o saco daquele desgraçado. Elaide o encarou apreensiva. - não morra. - não vou. - e sem demora, ele saiu correndo para despistar os outros. Senti um cheiro estranho de medo e culpa, olhei para Daikan. Mas Elaide também estava ali, então apenas relevei. Logo voltamos a correr, tentando sair dali. Não demoramos muito a chegar na floresta, aparentem
𝙺𝚢𝚕𝚎*Resolvemos montar acampamento mais para dentro da floresta. Caso algo fosse acontecer, saberíamos antes. Elaide ficou conosco um pouco mais, não vou negar que havia sentido sua falta. A fêmea sempre havia sido uma boa amiga, mas eu ainda estava tentando me recompor depois daquele beijo. Olhei para Verônica algumas vezes durante o decorrer do dia, mas ela não retribuiu nenhum dos olhares. Ou falou alguma coisa, apenas ficou em seu próprio canto. Estava sentado recostado contra uma árvore, quando Elaide se aproximou com uma pequena porção de comida. Que logo ela me entregou, e aceitei prontamente. Ela sentou-se ao meu lado, e me fitou. - já falou com ele desde tudo? - Daikan estava do outro lado do acampamento, de pé encarando a escuridão da floresta. - já, ele me odeia. - claro que não. - você não ouviu o que eu ouvi. - a comida ficou presa em minha garganta, um grande nó se formou. Os olhos dela continuaram em mim, eu quase podia escutar o que ela estava pensando. -
Antes que o sol nascesse por completo. Eu já estava de pé naquela manhã, olhei ao redor. Minha irmã estava adormecida do outro lado, e mais a frente estava Kyle. Fui até a fogueira e esquentei minhas mãos, pois o frio ainda serpenteava por meu corpo. Me sobressaltei quando senti uma manta sendo posta em meus ombros, quando olhei para trás Daikan estava ali. Logo ele me fitou, e se pôs ao meu lado. - tenho uma pergunta a fazer. - claro que tem. - revirei os olhos. - acha mesmo que pode conseguir aliados? - eu não acho que posso conseguir, eu tenho aliados. Só preciso reivindicar, pedir por sua ajuda. Afinal... É pra isso que eles servem. - eles podem muito bem se recusar depois de tudo o que aconteceu, e você nunca foi a pessoa mais querida por todos. - ele franziu o cenho. - nossa, muito obrigado. - contive uma vontade de sorrir. - apenas estou falando a verdade. - sei que pode ser difícil, mas não temos mais opções. - engoli em seco. - e depois que conseguirmos tirar ele do
Começamos nossa jornada árdua, em busca dos aliados de Daikan. Sabíamos que não seria fácil, mas era extremamente necessário conseguirmos algo. Passamos por entre as florestas, os vales e os bosques do mundo lupino. Tudo seria mais fácil se tivéssemos um carro. Kyle disse em uma tarde, o que arrancou risadas de todos. Até mesmo de Daikan. Conforme seguiamos o caminho parecia mais difícil. Tudo era tão distante um do outro. Paramos na fronteira da floresta naquela noite, encaramos o horizonte. - estamos perto de uma cidade, intuvrs é governada por um lupino velho e insuportável chamado Mikais. - você tem aliança com ele? - a última vez que o vi eu ainda tinha 14 anos, vamos torcer para que dê certo. - engoli em seco. Montamos nosso acampamento ali naquela noite, por sorte, o clima era muito mais ameno naquela região. E a lua estava alta no céu. Eu estava procurando algumas coisas na mochila, quando avistei Daikan sentado perto da árvore. Tirando o cabelo do rosto, eu ainda não
Eles nos tiraram da floresta com ferocidade, sequer nos dando chances de pegarmos nossas coisas. Nos colocaram em carros, cada um separado do outro. E seguimos por entre as planícies. Após algumas horas, o sol nasceu. E chegamos em inturvs, Era uma bela cidade próxima do mar. Não era nada comum como a cidade lupina, parecia uma grande metrópole. Haviam grandes prédios, e coisas que eu pensei só existir no mundo humano. Logo pararam os carros em na garagem de um grande prédio preto, e nos tiraram do carro um por um. Encarei Daikan, ele fez o mesmo. - quando vão parar com a palhaçada? - vocês serão levados para a prisão. - eu sou Daikan astar! Mikais me conhece, já chega dessa p*rra! Falem que Daikan está aqui, e pede uma reunião. - os machos sorriram. - então por quê vocês estavam se escondendo nas florestas? - ninguém estava se escondendo, apenas estávamos descansando. - é tudo bem, vamos fingir que acreditamos. - me empertiguei, quando o macho começou a puxar meu braço. -