Eu estava sobre ele, seu corpo tão frio abaixo do meu. Era tão estranho fazer aquilo, eu não tinha experiência nenhuma. Sim, eu sabia como se fazia. Mas... "Encenar" era uma coisa muito diferente. Me inclinei um pouco para frente, e pus as mãos sobre seu peito. Sua respiração estava começando a ficar lenta. - não, você não vai morrer justo agora. - abri um pouco mais sua boca, e lhe dei um pouco mais de vinho. Ele fez um movimento estranho, mas não abriu os olhos. - certo. - voltei a minha posição, aquilo era tão desconfortável. - deuses... Eu... Eu não consigo fazer isso. - pensei em sair de cima dele, mas voltei a olhar seu rosto. Tão pálido, desfalecido. Bufei. - ótimo, se é pra fazer... Vou fazer direito. - peguei um pouco do vinho e tomei eu mesma. Em seguida, arranquei minha blusa fora. Ficando apenas de sutiã, levantei apenas um pouco para que pudesse tirar minha calça. Agora sim, eu estava... "Correta" em cima dele, semi nua. Apertei minhas mãos em seu tronco, e bem dev
𝙺𝚢𝚕𝚎*Assim que saímos do casarão, tratei de levar Verônica para a biblioteca. Para nossa sorte, havia uma pequena lareira no local. Que logo quando chegamos, tratei de jogar algumas toras de madeira. Deixando o lugar o mais aquecido possível. Ela por sua vez, fez um pequeno local para dormir próxima da fogueira. Não havíamos trocado muitas palavras desde nosso momento estranho naquele dia, eu nem mesmo saberia por onde começar. Só sabia que cada vez que olhava para ela, a fêmea desviava o olhar. Ou apenas fingia que estava sozinha no local. Talvez eu tivesse ido longe demais, não... Eu claramente tinha ido longe demais. E eu me sentia horrível por ter querido ir mais longe, tão mais longe. Como eu queria ela, só de estar próximo já era um grande teste de resistência. Eu era insano, e deveria pagar por isso. Movi algumas poltronas da sala, colocando-as juntas de forma que eu pudesse deitar. Aproximei elas para junto da lareira, e também alguns centímetros próximos de Verônica.
Eu sequer havia conseguido pregar os olhos depois de tudo aquilo. Apenas entrei no banheiro, e tomei um banho de talvez, três horas. Quando sai, avistei ele sentado no sofá. Com uma péssima expressão de dor, engoli em seco. E logo tratei de fazer um café, o dia já estava nascendo. Quando enfim acabei, levei para ele uma xícara. Que prontamente ele aceitou. Me recostei contra o balcão da cozinha, e lentamente ele se pôs de pé. Olhei para ele de canto de olho, mas nada disse. Logo ele se aproximou, ficando ao meu lado. - você fugiu, por seis meses. - bem observado. - acha isso engraçado? - enfim olhei para ele. - não Daikan, eu não acho nada disso engraçado! Mas sabe o que também não foi engraçado? Você matando uma pessoa que eu gostava, uma pessoa inocente. - ah vai se f*der - ele tentou passar por mim, mas segurei seu braço. Fazendo-o se voltar para mim. Nos encaramos. - "me f*der" é apenas isso que você tem a falar? - eu não preciso pedir desculpas por nada, p*rra! - apertei
Quando o meio dia chegou, Kyle e Verônica adentraram novamente pela porta da frente. Logo tratei de me aproximar e abraçar minha irmã, ela me fitou. Parecia cansada, seus olhos fundos. - não dormiu bem? - faltou sono. - sério, para você? - ela sorriu. - sim, para mim. - Kyle que estava um pouco mais atrás dela, lentamente se aproximou. Ele também não parecia bem, haviam olheiras em seus olhos. E sua expressão não era nada boa, ele parecia muito preocupado. Verônica olhou para ele de relance, mas o macho desviou o olhar. - vou... Tomar um banho. - ela disse e logo se foi, franzi o cenho. - vocês estão... - ele sobreviveu? - havia tanta apreensão na voz do macho, senti um aperto no coração. Eles eram amigos, e de certa forma Kyle ainda se importava muito com Daikan. - por quê você mesmo não vai lá ver? - sua garganta oscilou, e rapidamente ele passou por mim. Indo em direção a sala, o acompanhei. Daikan estava deitado no sofá, olhando para o teto. Quando Kyle entrou no cômodo,
Subi até o quarto assim que Daikan e Kyle saíram, eu estava temendo dentro de mim pelo o que poderia acontecer com o macho. Mas algo me dizia que Daikan não o mataria. Assim que abri a porta, encontrei Verônica deitada na cama. Olhando para o teto, seu rosto estava sério. Lentamente me aproximei. - quer comer alguma coisa? - não. - mas precisa se alimentar Ve.- eu estou bem. - bufei, e logo sentei na beira da cama. - o que aconteceu Verônica? - nada aconteceu. - p*rra... Não pode facilitar as coisas para mim? - mas ela nada disse, a fitei. - Kyle fez alguma coisa com você? - ele não fez nada, que pergunta. - bom, me desculpe, mas é que você está estranha e... - eu não estou estranha nada cac*te! - se pôs de pé furiosa, continuei seguindo seus passos com os olhos. - ele não vai matar o Kyle Verônica. - eu não me importo se vai ou não. - você sabe que isso é mentira. - ela se voltou para mim, abriu a boca para esbravejar mas nada disse. - eles saíram já tem quase duas hor
Assim que o dia nasceu, já estávamos todos prontos. Mesmo com a noite mal dormida, começar nossa jornada era essencial. Cada um pegou uma mochila com algumas coisas importantes, e logo partimos em direção a cidade lupina. Adentramos pelas florestas, seguindo em direção aos desfiladeiros. Olhava para trás de vez em quando, e via minha irmã encarando Kyle. Ou visse e versa. Aparentemente, eles não haviam trocado nenhuma palavra depois de tudo. Queria fazer algo para ajudar, mas preferi me manter no meu próprio canto. Acampamos em nossa segunda noite, próximos de um rio corrente que ficava dentro do bosque. Enquanto e minha irmã e Kyle montavam o lugar para dormirmos, eu aproveitei e fui até o rio me refrescar. O clima estava um tanto frio, mas eu me sentia suja. Logo pus minhas roupas na margem, e adentrei. Fiquei no lugar mais raso possível. Estava começando a jogar água sobre os ombros, quando ouvi um barulho rio acima. Me empertiguei, e logo me pus de pé pronta para tudo. Quando
Alguns dias se passaram, algumas vezes tivemos que parar pois Daikan não estava em sua melhor forma. Seu corpo havia ficado debilitado por ter ficado tanto tempo transformado, e em seguida ter sido envenenado. Mas após longos dias e noites árduas, avistamos a cidade lupina à nossa frente. Me empertiguei, não fazia ideia do que me esperava ali. Mas sabia que decisões precisavam ser tomadas. Me aproximei de Verônica, que estava encostada contra uma árvore. - me sentiria melhor se você ficasse aqui. - o que? Por que? - pode ser perigoso Ve. - sempre é perigoso Mallena.- ainda sim, pode tentar obedecer sua irmã mais velha? - ela revirou os olhos. - você sempre vai vir com essa carta de irmã mais velha? - enquanto funcionar. - ela sorriu, logo me inclinei e beijei sua testa. - prometo que volto logo. - assim espero. - assenti e rapidamente me aproximei de Daikan, que estava ao lado de Kyle. - vou ficar na saída da cidade, caso algo aconteça. - Kyle disse o encarando, mas Daikan
Kyle e Elaide abriram caminho por entre as ruas, enquanto Daikan segurava minha mão o mais forte que podia. Tentando me guiar para o mais longe dali possível. Subimos por entre os becos, e Kyle parou. - eles ainda estão vindo, leve eles até a floresta. E encontro vocês lá. - me empertiguei, Elaide segurou seu ombro. - não, está maluco? Você vai morrer. - não vou não, eu sou bom no que faço. - engoli em seco. - Kyle nem pensar. - ele me encarou. - eu vou ajudar vocês, Daikan não pode lutar como está e você mal conhece sua força. Vão com Elaide, eu cuido deles. - encarei Daikan, ele nada disse. Sequer olhou para Kyle, eu queria chutar o saco daquele desgraçado. Elaide o encarou apreensiva. - não morra. - não vou. - e sem demora, ele saiu correndo para despistar os outros. Senti um cheiro estranho de medo e culpa, olhei para Daikan. Mas Elaide também estava ali, então apenas relevei. Logo voltamos a correr, tentando sair dali. Não demoramos muito a chegar na floresta, aparentem