Kyle e Elaide abriram caminho por entre as ruas, enquanto Daikan segurava minha mão o mais forte que podia. Tentando me guiar para o mais longe dali possível. Subimos por entre os becos, e Kyle parou. - eles ainda estão vindo, leve eles até a floresta. E encontro vocês lá. - me empertiguei, Elaide segurou seu ombro. - não, está maluco? Você vai morrer. - não vou não, eu sou bom no que faço. - engoli em seco. - Kyle nem pensar. - ele me encarou. - eu vou ajudar vocês, Daikan não pode lutar como está e você mal conhece sua força. Vão com Elaide, eu cuido deles. - encarei Daikan, ele nada disse. Sequer olhou para Kyle, eu queria chutar o saco daquele desgraçado. Elaide o encarou apreensiva. - não morra. - não vou. - e sem demora, ele saiu correndo para despistar os outros. Senti um cheiro estranho de medo e culpa, olhei para Daikan. Mas Elaide também estava ali, então apenas relevei. Logo voltamos a correr, tentando sair dali. Não demoramos muito a chegar na floresta, aparentem
𝙺𝚢𝚕𝚎*Resolvemos montar acampamento mais para dentro da floresta. Caso algo fosse acontecer, saberíamos antes. Elaide ficou conosco um pouco mais, não vou negar que havia sentido sua falta. A fêmea sempre havia sido uma boa amiga, mas eu ainda estava tentando me recompor depois daquele beijo. Olhei para Verônica algumas vezes durante o decorrer do dia, mas ela não retribuiu nenhum dos olhares. Ou falou alguma coisa, apenas ficou em seu próprio canto. Estava sentado recostado contra uma árvore, quando Elaide se aproximou com uma pequena porção de comida. Que logo ela me entregou, e aceitei prontamente. Ela sentou-se ao meu lado, e me fitou. - já falou com ele desde tudo? - Daikan estava do outro lado do acampamento, de pé encarando a escuridão da floresta. - já, ele me odeia. - claro que não. - você não ouviu o que eu ouvi. - a comida ficou presa em minha garganta, um grande nó se formou. Os olhos dela continuaram em mim, eu quase podia escutar o que ela estava pensando. -
Antes que o sol nascesse por completo. Eu já estava de pé naquela manhã, olhei ao redor. Minha irmã estava adormecida do outro lado, e mais a frente estava Kyle. Fui até a fogueira e esquentei minhas mãos, pois o frio ainda serpenteava por meu corpo. Me sobressaltei quando senti uma manta sendo posta em meus ombros, quando olhei para trás Daikan estava ali. Logo ele me fitou, e se pôs ao meu lado. - tenho uma pergunta a fazer. - claro que tem. - revirei os olhos. - acha mesmo que pode conseguir aliados? - eu não acho que posso conseguir, eu tenho aliados. Só preciso reivindicar, pedir por sua ajuda. Afinal... É pra isso que eles servem. - eles podem muito bem se recusar depois de tudo o que aconteceu, e você nunca foi a pessoa mais querida por todos. - ele franziu o cenho. - nossa, muito obrigado. - contive uma vontade de sorrir. - apenas estou falando a verdade. - sei que pode ser difícil, mas não temos mais opções. - engoli em seco. - e depois que conseguirmos tirar ele do
Começamos nossa jornada árdua, em busca dos aliados de Daikan. Sabíamos que não seria fácil, mas era extremamente necessário conseguirmos algo. Passamos por entre as florestas, os vales e os bosques do mundo lupino. Tudo seria mais fácil se tivéssemos um carro. Kyle disse em uma tarde, o que arrancou risadas de todos. Até mesmo de Daikan. Conforme seguiamos o caminho parecia mais difícil. Tudo era tão distante um do outro. Paramos na fronteira da floresta naquela noite, encaramos o horizonte. - estamos perto de uma cidade, intuvrs é governada por um lupino velho e insuportável chamado Mikais. - você tem aliança com ele? - a última vez que o vi eu ainda tinha 14 anos, vamos torcer para que dê certo. - engoli em seco. Montamos nosso acampamento ali naquela noite, por sorte, o clima era muito mais ameno naquela região. E a lua estava alta no céu. Eu estava procurando algumas coisas na mochila, quando avistei Daikan sentado perto da árvore. Tirando o cabelo do rosto, eu ainda não
Eles nos tiraram da floresta com ferocidade, sequer nos dando chances de pegarmos nossas coisas. Nos colocaram em carros, cada um separado do outro. E seguimos por entre as planícies. Após algumas horas, o sol nasceu. E chegamos em inturvs, Era uma bela cidade próxima do mar. Não era nada comum como a cidade lupina, parecia uma grande metrópole. Haviam grandes prédios, e coisas que eu pensei só existir no mundo humano. Logo pararam os carros em na garagem de um grande prédio preto, e nos tiraram do carro um por um. Encarei Daikan, ele fez o mesmo. - quando vão parar com a palhaçada? - vocês serão levados para a prisão. - eu sou Daikan astar! Mikais me conhece, já chega dessa p*rra! Falem que Daikan está aqui, e pede uma reunião. - os machos sorriram. - então por quê vocês estavam se escondendo nas florestas? - ninguém estava se escondendo, apenas estávamos descansando. - é tudo bem, vamos fingir que acreditamos. - me empertiguei, quando o macho começou a puxar meu braço. -
Fiquei encarando a caixa daquele vestido por horas talvez, ainda chocada com a audácia daquele macho. Verônica se colocou ao meu lado, após acordar de seu sono e me fitou. - então ele quer vê-la sozinha? - é o que parece. - sentei no sofá. - então vá. - não é tão simples. - claro que é, ele lhe deu um vestido e está esperando sua presença, o que mais você quer? - engoli em seco. - ele quer minha presença, por um motivo Verônica. Não posso simplesmente ir, eu não sei o que esse macho velho quer. - mas tem uma ideia. - enfim ela sentou-se ao meu lado. - tenho uma ideia vaga. - Mallena, não estamos em posição de escolher nada aqui. Você nem mesmo sabe onde Daikan está, e esse macho quer vê-la. Talvez seja você quem irá conseguir a aliança, pense só. - me empertiguei, e respirei profundamente. - talvez você tenha razão. - ela assentiu. - ótimo. - disse para mim mesma. Vinte minutos depois, algumas criadas entraram no quarto e sem sequer pedir permissão. Me pegaram pelos braços
Voltei para o quarto tarde naquela noite, minha irmã estava me esperando com perguntas. Mas apenas passei por ela, tomei um longo banho e após me joguei na cama. Adormecendo em instantes. Quando acordei no dia seguinte, ela não estava mais no quarto. Eu estava sozinha, me empertiguei e olhei ao redor. - Verônica? - engoli em seco, já colocando os pés para fora da cama. Logo encontrei um bilhete seu, que estava em cima da cômoda. - "𝑗á 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑚𝑎𝑟 𝑐𝑎𝑓é, 𝑣𝑒ℎℎ𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎𝑟." - assenti prontamente, colocando a primeira coisa que vi no guarda roupa. Ergui uma sobrancelha, só haviam vestidos. - deuses, eu mereço. - após procurar muito, encontrei um simples azul. E tratei de sair do quarto, havia um guarda parado ao lado da porta. Que sem demora, tratou de levar até o salão de jantar. Para minha surpresa, não descemos, mas sim subimos um pouco mais. Chegando no que parecia ser, o topo da torre. Logo entrei na sala, e me sobressaltei. Havia uma gr
Me debati enquanto ele me puxava pelos corredores, furioso e ansioso. - por favor eu... Eu não vi nada! - você desobedeceu as regras! - MAS EU NÃO FIZ NADA SEU DESGRAÇADO! - ele se virou bruscamente, e me deu um forte tapa no rosto. Que me deixou muda, a dor me atingiu com força. Ele não parou e continuou a me puxar, levando-me até um quarto estranho. Ele me jogou para dentro, eu me empertiguei. Lentamente o quarto se iluminou e Mikais surgiu, usando um sobretudo roxo. Ele estava com uma taça de vinho na mão, e ergueu uma sobrancelha. - pobre Mallena, você não ouviu quando falei especificamente o que não era permitido? - eu... Eu não fiz nada eu... - calada! - uma veia saltou de sua testa. - eu dei uma ordem, e você desobedeceu. - engoli em seco, e me empertiguei. - eu não sei o que aconteceu, de verdade! Geralmente eu... Eu não faço essas coisas. Eu não sei o que aconteceu comigo. - ele sorriu, e se aproximou um pouco mais. O macho fez um gesto de cabeça para o guarda, que