Jácomo estava com medo, ele lidava com Guilhermo e conhecia seus métodos cruéis de tortura. - O que meu homem fazia trabalhando para você? Guilhermo o perguntou. - Não fui eu, foi Geovana quem o contratou para abusar da mulher de Edgard, ela estava com ciúmes. - Ciúmes? Ela não é sua noiva? Ela me disse que você o contratou e ainda o matou. Você o matou? Guilhermo o encarou. - Eu... eu tive que fazer ele ia contar que nós o contratamos. Puf! - Arhg!! Guilhermo acertou Jácomo no estomago, desferindo outros golpes em seguida no rosto. Jácomo não conseguiu falar mais nada, seus ouvidos zumbiam e sentia em sua boca o gosto ferruginoso de sangue. - Acabem com ele e deixem o corpo na porta dos Curioni. Guilhermo disse, se afastando de Jácomo, já estava cansado de golpeá-lo. Em Arezzo a vida seguia, Edgard cuidava dos negócios e procurava por Guilhermo. Alana estava se sentindo cansada, acreditava ser por causa dos estreses que havia passado recentemente. Perto da hora do almoço ela
Edgard não sabia o que fazer, estava ansioso, não sabia porque estavam demorando tanto para trazer notícias de Alana. Seu telefone tocou novamente e ele atendeu. - Edgard estão te esperando, seu primo foi morto e torturado isso não pode ficar assim. Era Antoni, seu pai. - Eu sei, mas estou com um problema aqui e assim que puder eu subirei. Edgard não queria dizer a seu pai que Alana estava ferida, ele mesmo ainda não sabia a gravidade dos ferimentos. - Não pode deixar isso para depois? Você sabe da importância da sua presença aqui, não seremos respeitados, alguém quebrou o acordo entre os clãs, isso não pode ficar assim. Edgard desligou o celular e olhou para Luigi, eu preciso ir, me mantenha informado por favor. - Mas Edgard você não deveria pelo menos saber como ela está? - Deveria, mas está um caos em Florença, vou de avião e assim que ajeitar as coisas lá eu volto, confio em você. Edgard saiu contrariado, mas como chefe do grupo ele precisava estar lá. Seu coração e
Com o olhar perdido ela disse, entre os dentes. - No hospital provavelmente. O homem soltou seu cabelo e ela caiu com o rosto no chão, respirava com dificuldade e uma dor aguda a torturava. O homem saiu reunindo os homens que sobraram e atirando contra os seguranças deixaram a mansão, eles não sabiam para onde estavam indo. Um barulho de carros e homens falando invadiu o hospital, mulheres começaram a gritar, Luigi afastou Judite abrindo uma porta próxima dela, fique aí se esconda. Luigi ligou para Edgard e deixou o telefone no bolso. Pah! Pah! Tiros. Os homens de Edgard, que guardavam o hospital, entraram em confronto com os homens de Guilhermo que acabavam de chegar ao hospital. Edgard estava na cerimônia de despedida de Jácomo, seu telefone vibrava sem parar, ele tinha falado com Luigi ainda pouco, não atendeu. Luigi tirou uma mesa que estava no corredor e travou a porta, o barulho estava cada vez mais próximo. Ele insistiu na ligação e com a arma em punho se pos
Edgard ligou para Luigi novamente. – Você está atrás da porta da emergência? Ele perguntou. - Sim Estamos. Luigi disse, sem deixar de atirar. - Estão em oito agora. Ele se referia aos homens de Guilhermo na porta. Edgard estava encostado na parede e olhando a munição que tinha. - Tem como sair com Alana daí? Ele perguntou depois. Luigi olhou para Rodrigo. – Como você chegou aqui? - Pelos fundos há um portão, meu carro está lá. Edgard teve a impressão de ouvir Rodrigo, mas não teve tempo de perguntar, mais tiros contra ele foram ouvidos, mais alguns homens de Guilhermo haviam chegado. - Edgard acho que podemos retirá-la pelo fundo. Luigi disse. - Então vá, te dou cobertura, leve Marcelo com você, o avião está esperando no aeroporto. Edgard disse, desligando o telefone colocando-o no bolso interno do terno. Pegou outra pistola e começou a atirar com as duas mãos contra os que estavam na porta e os que vinham chegando. - Rápido vamos tirá-la daqui. Luigi disse. Então ele corre
Edgard estava confuso.- Foto? Edgard não sabia como e nem quando Giovana podia ter tirado uma foto de Alana.- Sim, enquanto ela tomava café em um hotel em Siena, não é? Reconheci aquela paisagem atrás dela.Edgard sabia que foto era esta, era a foto que ele tirou de Alana.- Como soube que ela estava em Grasse? Edgard estava curioso sobre isso, nem ele mesmo conseguiu saber seu paradeiro. A encontrou por obra do destino.- Coincidência, queria uma maneira de chegar até você e mandei meus homens procurá-la, então Gaston me disse que uma garota ruiva havia chegado recentemente da Itália, bastou uma foto e uns trocados.- Você é um cretino! Edgard levantou-se com raiva e o esbofeteou várias vezes.Depois de recobrar sua razão - Uma coisa não entendo, porque matou Jácomo? Vocês dois estavam juntos, não estavam? Edgard queria arrancar de Guilhermo mais informações.- Sessão de terapia Edgard? Qual é? O que você quer saber? Seu primo não valia nada, ele me passou a informação que você
Alana estava feliz em vê-lo, mas também estava preocupada. - O que houve? Ela levou a mão até o rosto de Edgard, que parecia um pouco abatido. - Nada com que precise se preocupar. Edgard disse, afagando gentilmente seus cabelos. Ele não sabia como dar-lhe a notícia .que ela havia perdido o bebê. - Anita... - Eu sei, ela te empurrou, não foi? Não se preocupe ela nunca mais lhe fará mal. Edgard passou a noite com Alana, ela já estava bem melhor e o viu dormindo na poltrona. Com pena dele ela se levantou, pegou uma manta para jogar sobre ele. Era madrugada e estava frio, mas quando se aproximou dele, notou que ele parecia ainda mais abatido e tinha gotículas de suor em sua testa, ela tocou seu rosto, ele estava muito quente. - Edgard? Ela o chamou preocupada. Edgard acordou assustado e por instinto tentou se levantar, mas sentiu uma vertigem, caindo novamente sobre a poltrona. Alana correu para a porta do quarto e começou a pedir socorro. Logo algumas enfermeira
Edgard deu folga para Luigi, ele estava ferido e Judite estava com ele. Deu-lhe também um bônus para que pudesse aproveitar a estadia em Zurique, levando Judite para passear. Alana estava na cozinha preparando o jantar quando Edgard chegou e a viu cantando, distraída. Ele a abraçou por trás. – O que está fazendo de gostoso? - Bife à parmegiana, está no forno. Ela disse levando a taça de vinho a boca. - Você está bebendo? Ele disse a virando para ele. - Porque? Não posso? Você bebe seu vinho todo dia. Ela disse brincando. - Pode, mas não sozinha. Edgard a fitou com olhos famintos. As bochechas dela estavam rosadas e seus lábios úmidos por causa do vinho, estavam tão convidativos que ele a colocou sobre a ilha, a beijou levantando seu vestido. - Edgard... Ela queria resistir, ainda não tinha terminado o jantar. O que ela não entendia, era que Edgard ficava ainda mais acesso ao ouvi-la chamando seu nome com a voz entrecortada. Edgard estava dentro dela, e ela já nem
A vida em Arezzo seguiu tranquila, Alana não encontrou ninguém de sua família, estavam sumidos.Rodrigo também não a procurou mais, ela até o tinha visto de longe enquanto conversava com Judite na calçada em frente a floricultura.Judite conseguiu o contato de Camile por meio de Pierre para Alana, ela queria agradecer pela hospitalidade de Camile e sua família, ela saiu de Grasse, naquelas condições e nem teve a oportunidade de agradecer como devia.Edgard evitava trabalhar a noite no cassino, mas quando havia algum evento especial ou era necessário ele levava Alana, ela até que estava gostando, era bom sair um pouco de casa e conhecer outras pessoas.Em um desses eventos Rodrigo viu Alana na companhia de Edgard, ela caminhava graciosamente ao lado dele.Rodrigo vivia arrependido, mas havia dado sua palavra a Edgard que não procuraria mais Alana, ele se perguntava se ela tinha ficado sabendo que ele havia ajudado a salvar sua vida.Este era o preço que Rodrigo deveria pagar por sua tr