No táxi, Isabelle estava ansiosa. Quando chegou em frente ao prédio de Rafael, ligou para ele novamente, mas mais uma vez o telefone chamou e ele não atendeu.Ela foi até o porteiro, que havia ficado seu amigo.- O senhor viu Rafael? Ela perguntou educada.- Sim, ele saiu já tem um tempo.- Está bem! Vou esperar por ele. Ela disse voltando para a calçada.Passou um tempo, o porteiro a viu ainda na calçada. Isabelle estava determinada, com medo, mas estava determinada a provar para Rafael que ela era uma garota como as outras.Vendo-a há um bom tempo na rua o porteiro ficou com pena dela.- Senhorita, já é tarde, agora não ficarei mais na guarita e não é seguro para você aqui fora.- Obrigada por se preocupar, mas vou esperar.- Então entre e o espere no saguão, é mais seguro.-Eu posso? Isabelle perguntou com um brilho nos olhos.- Venha comigo, só peço que fique quietinha para não chamar a atenção, pois não posso fazer isso.- Não se preocupe. Ela disse o acompanhando.Quado o se
Isabelle entrou no apartamento se livrando das roupas, as jogou em um canto não queria mais vê-las.Estava no banheiro quando seu telefone começou a tocar, pensou que era Alfonzo, ela ficou de avisar quando chegasse, mas esqueceu-se.Se enrolou na toalha, pegou o celular, era Rafael que estava ligando, desligou a chamada e ligou para Alfonzo.- Oi, cheguei já tem alguns minutos, estava no banho agora estou indo dormir.- Durma bem, pense com carinho sobre o feriado, não se preocupe, estará segura comigo. Ele disse.- Eu sei, vou pensar. Ela disse, de forma educada.Rafael teve a chamada desligada, ele insistiu e o telefone estava ocupado, ele ligou novamente e o telefone ainda continuava ocupado.Depois que Isabelle falou com Alfonzo, ela desligou o celular.Rafael, achou melhor dar a ela um tempo, falaria com ela pessoalmente.Quando Isabelle chegou pela manhã na faculdade, Rafael a esperava no portão.- Vamos conversar. Ele disse tentando pegar uma das mãos dela.- Não tenho nada pa
Rafael queria saber com quem ela estava falando, mas tal como tinha feito todos aqueles dias, foi embora sem olhar para trás. Ele ficou preocupado.Isabelle assistiu a aula, mas não prestou muita atenção, estava ansiosa.Com relação a Alfonzo ela tinha suas inseguranças, mas estava tranquila, pois sabia que ele não passaria dos "limites" com ela.Uma vez que ele conhecia seu pai, ele não ia querer provocar a "terceira guerra mundial", mas o que lhe incomodava era Alfonzo achar que ela o estava aceitando como pretendente a noivo e ela não estava.Por um breve momento Isabelle se perguntou se estava fazendo a coisa certa, ela agiu por impulso, estava magoada com Rafael mas depois pensou. " Ele tocou a vida dele, você vai ficar esperando?" Ela se recordou do momento que o viu beijando aquela mulher no elevador.No começo da noite Isabelle esperava por Alfonzo, ela vestiu um vestido em veludo, azul marinho, manga longa, ajustado até a cintura e solto até os joelhos.Ventava um pouco lá
No avião, os assentos, como esperado, eram na primeira classe. Isabelle, ia se sentar na poltrona do corredor, - Sente-se na da janela, é mais segura. Ele disse a ela.- Porque? Ela perguntou curiosa.- Em caso de turbulências, o compartimento aqui de cima pode se abrir e alguma mala cair, além disso sempre tem gente passando, podem bater em você por acidente. Ele explicou de forma natural.Isabelle ficou tocada com sua preocupação.Eles conversaram um pouco, mas logo o aviso de que as luzes se apagariam foi dado. Ela viu Alfonzo encostar a cabeça no encosto e fechar os olhos. " Ele deve estar cansado, afinal este era o segundo voo naquele dia e ele ainda passou o dia trabalhando.Isabelle também encostou no assento, por ser um pouco menor, estava um pouco desconfortável, então ela ficou tentando se ajeitar quando sentiu uma mão grande tocar sua cabeça e suavemente e a inclinar para o lado.Alfonzo encostou a cabeça,dela, em seu ombro, Isabelle ficou sem reação. - Fique! Ele dis
Isabelle desligou o celular, se trocou e desceu para tomar café com Alfonzo. Quando desceu a escada, o viu sentado em um sofá de couro branco, a luz do sol invadia a sala, que tinha pé direito alto e todo de vidro. Ele vestia uma calça de sarja cáqui e um sueter azul, estava concentrado em seu notebook, nem a viu chegar. Alfonzo estava a espera de Isabelle, enquanto a esperava resolvia algumas coisas do trabalho, quando estivesse com ela, não queria que nada e nem ninguém os incomodasse. - Bom dia. Isabelle disse quando chegou ao pé da escada. - Oh! Bom dia, como está? Dormiu bem? - Sim, dormi muito bem, obrigada. - Vamos tomar café? Você deve estar com fome. - Você está trabalhando, posso esperar. Isabelle disse, não queria atrapalha-lo. - Minha prioridade é você agora! Vamos. Ele disse fitando seus olhos. Isabelle não disse nada só assentiu com um sorriso um pouco acanhado. Assim que os dois terminaram de tomar café, sairam para conhecer Marselha. Alfonzo levou Isabelle
Ele sentiu o corpo dela colado ao seu, seu perfume, segurou seu rosto e quando estava prestes a tomar seus lábios, ele se afastou. - O que estou fazendo? Disse a si mesmo, se afastando e chamando Yolanda, para ajudar Isabelle. -Não! Não há necessidade. Isabelle disse, se afastando dele e indo em direção ao banheiro. - Tem certeza? Ele perguntou preocupado. - Sim, apenas levantei rápido demais, pode ficar aí e esperar eu sair do banho se não estiver acreditando. " Ela está me provocando?" Ele pensou com um sorriso e mordendo o canto do lábio inferior. Ele aceitou a provocação e se sentou na poltrona, ouviu quando a água do chuveiro começou a cair. Seus pensamentos o estavam torturando, imaginar a garota, nua sob o chuveiro o estava deixando excitado, o cheiro de shampoo, invadiu o quarto. "Ela tem noção do perigo que está correndo?" Ele pensou com seus batimentos alterados, sua garganta estava seca precisava de algo para beber. Rafael havia voltado a Londres,
Os dois ficaram se olhando e Alfonzo achou que aquele jogo era muito perigoso.Ela brincava com ele porque estava segura que ele, mais velho e amigo de seu pai não faria nada.Ele estava certo, Isabelle já sabia que Alfonzo tinha feito o acordo com seu pai, então ele tinha que se manter na linha sob pena de gerar um conflito entre os clãs.Ela não tinha experiência no que se referia a romance, mas Isabelle sempre foi “ atentada”, ela gostava de provocar seus amigos, era por isso que na infância ela e Rafael viviam em pé de guerra.Ela era divertida e inteligente, isso fazia dela uma garota interessante, mesmo inexperiente sua inocência e timidez a deixavam muito charmosa.Isabelle achou que estava indo longe demais na provocação, quando sentiu seu coração se acelerar e suas mão começarem a suar.Ela fez menção de descer, então Alfonzo a colocou no chão.- O chá vai esfriar. Ela disse, assim que ela tocou o chão.- Vamos sentar a mesa, venha. Ele a chamou pegando o pequeno bule de chá
Isabelle não sabia o que fazer, ficou imóvel olhando para o telefone tocar, até que voltou a si e deslizou o dedo na tela, encerrando a chamada. - Não é nada importante! Vamos tomar o café, já estamos atrasados! Estou ansiosa para conhecer os lugares onde vai me levar. - Termine seu café com tranquilidade, teremos tempo. Alfonzo disse, mas já não estava tão animado quando antes. Ele teve um pressentimento que quem estava ligando para ela era Rafael. Ele não sabia ao certo qual era a natureza do relacionamento dos dois, mas antes mesmo dele falar com Edgard ele investigou alguns aspectos sobre a vida de Isabelle. Alfonzo era da máfia, era óbvio que ele faria esta investigação, mesmo que fosse superficial. Ele sabia em que universidade ela estudava, sabia que ela tinha poucos amigos, desde a época em que vivia em Berna, ele descobriu também a ligação dela com Rafael. Ele sabia que Luigi, pai de Rafael, era o braço direito de Edgard, logo era normal que os dois se conhecess