Edgard estava entretido conversando com seu pai e se despedindo dele, não notou que já tinha um tempo que não via a Alana.Alana conseguiu uma carona no meio do caminho, isso facilitou sua tarefa, pretendia chegar em sua casa quando seu pai estivesse na empresa.O que Alana não sabia, é que depois que Rodrigo ligou para Enzo ele não foi trabalhar, estava pensado em uma forma de encontrá-la.Alana chegou em sua casa e deu uma espiada para ver se tinha alguém na casa, parecia vazia.Então, ela procurou por sua chave reserva, que ficava em um vaso de planta.Encontrou a chave e abriu a porta devagar, aparentemente não havia ninguém na casa, subiu a escada o mais rápido que pôde.Quando abriu a porta do quarto estava todo revirado.Entrou e começou a procurar por suas coisas, uma raiva tomou conta de seu coração e não conseguiu evitar que seus olhos se enchessem de lágrimas.Enquanto procurava por seus documentos e sua carteira ela tropeçou em uma gaveta que estava aberta.Enzo, que estav
Ele desceu a escada com um sorriso nos lábios, certamente Enzo não sabia com quem estava lidando, ele sabia.Quando foram, irritado Enzo abriu sua mão e olhou para o cartão, nele com letras garrafais estava escrito: Grupo Curioni, Edgard Curioni.Enzo sentiu vertigens e se apoiou no guarda corpo da escada.Se apoiando ele entrou e se sentou na primeira poltrona que encontrou. “ O que vou fazer agora? ” Ele pensou, suando.Edgard ordenou que Alana entrasse em seu carro.– O que estava pensando? Foi para isso que você veio aqui? Você gosta tanto de se humilhar assim? Ele berrou com ela furioso.- Eu precisava ...- Precisava nada! Eu te dei uma ordem! Eu disse que iria resolver! Porque sou um aleijado você acha que não posso resolver suas coisas?- Não é isso, é que ... Alana não sabia o que dizer.Edgard deu partida no carro, assim que ela se sentou no banco do carona.Ele dirigiu rápido pelo caminho, nem olhava para ela.- Você não tem permissão para sair daquela casa. Ele disse, por
Edgard foi para seu quarto se trocar, estava com a roupa molhada. “ Essa mulher me dará trabalho”!Quando ele foi colocar a roupa dela no cesto de roupas sujas o perfume dela invadiu suas narinas, quase que instantaneamente ele ficou excitado.O casamento de Edgard foi discreto, ele não queria alarde, apenas seu pai e alguns membros do grupo sabiam.A reunião anual estava prestes a acontecer nela discutiriam quem seria o novo chefe do grupo.Ser chefe do grupo não era somente comandar as empresas, era orientar e cuidar de tudo e todos da família.Em Malta, Giovana e Jácomo estavam de férias, estavam noivos há quase três anos.Logo após o acidente de Edgard, os dois começaram a namorar, achavam que ele estava morto. Mesmo depois que Edgard voltou, Giovana continuou com Jácomo, Edgard estava paraplégico.Edgard não discutiu, era uma característica sua, não deixava transparecer suas vulnerabilidades.Quando voltou dos “mortos” ele viu quem eram seus familiares e amigos, um pouco mais de
Michele, havia entrado com um sorriso meigo e agindo de forma frágil.- Você não voltou ao hospital o que aconteceu? Ela perguntou, tentando parecer tranquila, mas por dentro estava com raiva.- Estive ocupado com as coisas da empresa. Ele disse.Michele se aproximou dele e tentou segurar seu braço, enquanto falava docemente:-Você trabalha muito! Quer que eu faça um café ou traga um vinho?- Não há necessidade, já está um pouco tarde, você saiu há pouco do hospital, devia ir para casa e descansar.- Estou bem! Fiquei tão entediada naquele quarto de hospital sozinha, que precisava sair para tomar um ar. O que acha de jantarmos fora?-Não! Hoje não, estou cansado. Vamos! Te deixo em sua casa.Ela queria sair com ele, mas o fato dele levá-la para casa, já era alguma coisa.Quando Rodrigo e Michele andavam pela calçada em direção ao carro, Edgard estava saindo de uma joalheria.- Ora se não é o senhor Panini? Que “bella ragazza”, é sua namorada? Noiva talvez? Edgard disse com ironia. Mi
Um calor começou a subir pelo corpo de Alana e ela não estava conseguindo manter sua razão, era uma sensação nunca experimentada antes, era tão excitante, como algo proibido.Edgard percebeu que a força empregada, por Alana, para afastá-lo, diminuiu e ela estava correspondendo ao seu beijo.Ele deslizou a mão, que estava em sua cintura, até seu bumbum, a ajeitou e instantaneamente ela deixou que ele separasse suas pernas, ele continuava beijando-a, mas estava atento a todos os movimentos dela.Edgard estava muito excitado, mas era experiente, tinha controle sobre suas emoções e desejos, isso permitia-lhe brincar com ela.Entre a pernas dela, ele se ajeitou e com o dedo indicador tocou levemente a entrada da intimidade dela, Alana deu um pulo, isso fez com que ele tirasse a mão enquanto observava atentamente o rosto dela, que estava vermelho.- Você...- Ah! Um grito de susto veio de fora do quarto.Edgard se ajeitou para cobrir o corpo de Alana, que se encolheu sob ele, escondendo o r
Edgard olhou, pela primeira vez, com o cenho cerrado para Anita, ele estava bravo, mas não disse nada, deixou a jarra sobre a mesa e foi para o elevador.Ele entrou no quarto, mas Alana não estava lá, então ele foi até o quarto do fim do corredor, quando foi abrir a porta ela estava trancada.- Abra a porta. Ele pediu.Não obteve resposta.Alana estava no banheiro, tirou o vestido e ligou o chuveiro da banheira com água fria e entrou nela.Suas mãos, parte de seus braços e parte de suas coxas estavam vermelhas por causa da sopa quente, a pele queimava, só alíviava quando estava em contato com a água fria.Alana ouviu Edgard chamar, mas não respondeu, estava chorando, não queria vê-lo, aquilo era culpa dele, não era para ela ter descido, não era para estar ali. Estava deprimida, perdeu as rédeas de sua vida, vivia para fazer as vontades dos outros.- Abra a porta, vou chamar um médico, deixe-me entrar! Ele insistiu, já estava ficando irritado, ele não costumava pedir, ele era o que or
Era outono, os dias estavam mais curtos e sempre soprava um vento frio que vinha do Norte.- Bom dia, veio tomar seu café? Anita se apressou em dizer.- Não, Margarida me dê as chaves do quarto por favor. Edgard disse saindo da cozinha.Margarida deu uma olhada para a sobrinha e foi pegar as chaves.Anita não se conformava. – Eu queria dizer que foi um acidente.- Tudo bem! Apenas fique longe de Alana. Edgard limitou-se a dizer.- Ela vai ficar aqui? Porque ela está aqui? Ela perguntou com um certo desespero.- Ela é minha mulher é claro que ela ficará aqui. Ele disse observando-a, para saber qual era seus pensamentos.Edgard era muito observador, nem tudo que as pessoas falam é o que sentem ou pensam, mas suas atitudes e gestos não mentem.Margarida logo chegou com a chave e a entregou para ele, que se virou e foi em direção ao elevador.- Já disse para você, fique longe de Edgard e da esposa dele, vá cuidar dos afazeres na cozinha. Margarida ralhou com Anita.Edgard abriu a porta, e
Quanto a Alana, Luigi não disse nada, apenas deixou que Edgard lesse o que havia no relatório e documentos que ele havia juntado.Não havia muita coisa, ela havia passado despercebida aos olhos do mundo.Seus históricos escolares eram exemplares, não havia nenhuma notícia sobre ela, ou boato, trabalhou em único lugar desde sua adolescência, a floricultura do Passeggio del Prato.Edgard deixou de lado o relatório da família Veronese e passou para a família Panini, dividas, Rodrigo havia estudado fora do pais e agora estava no comando do grupo junto com seu pai.Dentro de um envelope, que estava na pasta, havia uma foto de Rodrigo com Alana, era o convite de casamento dos dois, casamento este que seria no mesmo dia em que Edgard se casaria com Sofia, havia também várias fotos de Rodrigo com Michele no hospital, em festas, Florença, Edgard a tinha visto com Rodrigo em frente a joalheria.“Idiota”. Edgard pensou ao ver as fotos.Quando passou para as informações sobre Sofia, ficou aliviad