Helida
Gianna como de costume, está comigo pro que der e vier, como me prometeu durante a cerimônia da nossa formatura no ensino médio há tempos. Uma das certezas que tenho na vida, é a sua amizade, amo o fato dela não esconder como está contente com a minha felicidade, apesar de há quase três meses ficar me perturbando por um assunto um tanto pessoal, que não quero pensar muito, pois sempre que o faço, a insegurança toma conta de mim e me faz sentir uma péssima namorada, para alguém tão maravilhoso como Ethan.
— E aí, para onde vocês vão essa noite? Desde já digo que vou junto e como sua melhor amiga eu não aceito que me digam que não vão a nenhum lugar. — Gia pergunta logo que o último paciente sai do meu consultório.
Olho para ela que me mostra aque
HelidaLevo alguns segundos, ainda o olhando como uma imbecil, para assimilar suas palavras e um, mais longo ainda, para perceber que estou chorando.— Desculpe se a assustei, não era minha intenção, não precisa dizer o mesmo para mim, eu só não conseguia mais segurar as palavras, que a todo momento querem sair pelos meus lábios!Sorri timidamente, sei que preciso falar algo, mas não consigo encontrar minha voz, ele parece inseguro, agora com meu silêncio.— Lim, diga alguma coisa, por favor.— Ethan eu... — Balanço minha cabeça e respiro fundo. — Não há uma maneira correta de dizer como me sinto, porque, um simples eu te amo, se torna muito pouco para tudo que sinto por você!Enfim consigo falar em meio aos meus soluços estúpidos.— Você foi
HelidaEla me dá um beijo, um carinho no rosto e desce, deito e fico por mais duas horas olhando para a janela que mostra a varanda do quarto que um dia eu ocupei na casa ao lado, até que respiro fundo decidida a ser corajosa e vou até meu armário.Olho tudo, mas o que vestir quando você vai dormir pela primeira vez com seu namorado lindo, gentil e mega gostoso? Meu Deus, que indecisão. Acabo colocando uma camiseta, jeans e tênis, sendo cuidadosa apenas no quesito lingerie, afinal, tenho que estar um pouco/muito apresentável essa noite.Cerca de meia hora depois estou pronta, já descendo as escadas, bem devagar para ver se a coragem aumenta, testo a firmeza dos meus passos, nada bom, a cada passo fico cada vez mais nervosa, minhas pernas estão prestes a me levarem de volta para a segurança do meu quarto.Ao chegar na sala logo vejo que ele
HelidaSuas mãos são delicadas sobre o meu corpo, cada caricia me diz o quanto ele me ama, seus toques suaves me fazem sentir amada e adorada por esse homem maravilhoso que escolheu a mim, logo a garota mais quebrada emocionalmente da cidade, para amar e pertencer, minha mente explode de tão enormes as sensações que seus lábios evocam, quando estão em contato com a minha pele, descendo rumo ao sul do meu corpo, fazendo-me contorcer com as inúmeras reações novas que sinto, tudo isso sem que ele esteja ainda me tocando onde mais desejo.Ele se desfaz do restante das nossas roupas e paira sobre mim, seu olhar predador e devotado me faz sentir linda e atraente, para ele, apenas para ele. E quando finalmente o tenho em mim, sinto uma alegria indescritível, meu peito parece que vai explodir de tanta felicidade.Ethan não veio com tudo, reprimiu seu desejo
HelidaEntro antes que volte para os seus braços, de onde não sairia com facilidade, para dar de cara com uma Gia que tem um sorriso de mil megawatts e aquele olhar de curiosidade e excitação no rosto, sei que não poderei fugir.— Me conta tudo agora mesmo, quero até os detalhes mais sórdidos! — É a sua saudação, nada tímida.Era de se esperar, claro que estariam me esperando para dar o bote assim que eu pusesse os pés em casa, faço a melhor cara de não-te-interessa e subo as escadas seguida por Gia e minha mãe.— Vamos lá, espertinha, não pense que vai fugir da gente, já estamos no seu quarto, e então? — Os olhos das duas estão brilhando tamanha a curiosidade.— E? Então, nada! — Continuo com minha tática de fazê-las desisti
HelidaNunca pensei que um simples café da manhã poderia ser tão constrangedor, mesmo sabendo que os meus pais são maravilhosamente compreensíveis. Nada evita que fique vermelha ao descer as escadas de mãos dadas com Ethan, logo cedo, em uma manhã de segunda-feira.Não consigo tirar da minha cabeça, o fato que meus pais sabem bem o que fazíamos até pouco mais de uma hora atrás, minha mãe dá um sorriso cúmplice enquanto meu pai faz cara de paisagem, como se fosse uma coisa corriqueira, nada demais, na verdade, não é nada demais mesmo, sou uma mulher adulta, que tem nervosismo de adolescente.É um alívio quando terminamos a refeição e saímos, sinto como se estivesse estampado na minha testa o que fizemos e talvez esteja mesmo, pelo menos o sorriso bobo e o olhar demorado, que meu li
EthanO toque de discagem me irrita, mais do que o normal, não quero parecer irracional, nem nada, mas a falta de resposta de Lim as minhas ligações já levaram a melhor sobre o meu humor, não quero ficar sentado na sala da casa dos pais dela, esperando como um bobo, não fiz nada de mais, apenas quis agradá-la, no entanto, estou aprendo que com Helida, surpresas não são uma boa opção. — Ethan, aconteceu alguma coisa? — A voz de Gia, demonstra surpresa com a minha ligação. — Não sei, aconteceu? — Nem começa, odeio esse jogo de responder com perguntas, eu perguntei primeiro, aconteceu alguma coisa, a Lim
HelidaA vida tem uma forma estranha de fazer as coisas se arrumarem, por muito tempo estive dormente, nada a minha volta parecia ter cor, até Ethan entrar em cena, ele fez tudo mais vívido a minha volta, o que era feio ficou belo, mais do que eu poderia imaginar. Tudo se transforma com apenas um simples sorriso seu, e eu? Sou o que pode se chamar de uma boba apaixonada por ele.A vida segue seu curso, quer você tenha o controle sobre isso ou não. No meu caso fico com a segunda opção. Com o passar dos dias, é possível perceber uma rotina que começa a se formar na minha vida, se bem que, rotina não é a palavra certa, uma vez que Ethan sempre dá um jeito de fazermos algo diferente.Desde passeios no fim de noite apenas para admirar a lua, ou finais de semana fora da cidade curtindo o lado bom de viajar pelo interior do nosso estado, quando tem fo
HelidaA escuridão começa a se desfazer, minha mente registrando os sons confusos a minha volta.— Não há motivo para alarde, Ethan, você está fazendo uma tempestade na porra do copo d’água! — Escuto uma voz ao longe, ela está brigando com Ethan, não gosto da ideia de alguém brigando com ele.Não sei quanto tempo estive desacordada, mas não queria voltar a realidade, porém, nem mesmo a inconsciência me impede de ouvir as vozes, gritos na verdade, e mãos, mais de um par delas me tocando, fazendo com que meu corpo retraia na hora.— Sinta a pulsação dela está normalizando, ela vai ficar bem! — Fala uma voz feminina de forma brusca.— Lim, meu amor, acorda, vamos linda, por favor? Eu te amo! Acorde e poderei explicar tudo! — Uma onda de alívio e