Durval deu um sorriso leve e disse: - Geraldo é um bom policial, eu acredito que ele vai esclarecer tudo.Solange ficou surpresa. Ela ainda estava chateada com Geraldo, mas como Durval poderia elogiá-lo assim?Depois de refletir, ela percebeu que Geraldo não estava errado, ele estava apenas fazendo seu trabalho. Além disso, ele não demonstrava nenhum interesse quando ela buscava ajuda de Francisco, mostrando-se um homem de boa índole em termos de ética profissional.Durval disse a Solange: - Está bem, vá trabalhar. Eu sempre disse que a verdade e a mentira têm seu próprio caminho e as mentiras não resistem à verificação.Solange só pôde concordar e saiu para o Consórcio do Cabo, onde muitas pessoas, incluindo ela mesma, mal tinham dormido. Era hora de planejar os próximos passos, não era momento para relaxar....Edifício do Grupo Silva.Lorena estava sentada em seu escritório, sentindo-se sobrecarregada.Nos últimos dias, só recebia notícias sobre a suspensão das renovações bancária
Otília sentiu-se um pouco culpada, mas não poupou palavras: - O que há? Ele cometeu um crime e foi preso. Ele ainda pode culpar os outros?Lorena olhou para Otília, balançando a cabeça e dizendo:- Você ainda não entendeu o tamanho do poder que ele tem. Se você realmente fez isso, vá se desculpar agora, esclareça os fatos. Talvez ainda haja esperança para a nossa família.- Não fiz nada disso, não tenho nada a ver com isso. - Disse Otília com pressa, virando-se e saindo.Mas Lorena já havia concluído que sua mãe estava envolvida.No entanto, ela conhecia bem a personalidade da sua mãe. Fazê-la admitir um erro seria mais difícil do que escalar o céu.Lorena suspirou fundo, desanimada, afundando-se na cadeira. A família Silva, provavelmente, estava perdida....Durval deixou todos os problemas para trás e se dirigiu a um mercado matinal a alguns quilômetros de distância.Era ainda antes das nove da manhã, o mercado estava agitado. Os produtos ali eram mais frescos e variados do que os d
Durval deu-lhe um sorriso, partindo com o carro. Enquanto isso, Solange olhava para as quatro pratos e a sopa, com uma expressão preocupada, sua vontade de comer desapareceu completamente.Não demorou muito para Durval chegar à Ilha do Horizonte, nos subúrbios do sul. Um retiro de lazer construído pela família Novais com investimento de bilhões, tornando-se famoso na Cidade X com vegetação exuberante, paisagens e hotéis estilo pousada.Durval estacionou o carro e dirigiu-se à ponte de acesso. No centro da Ilha do Horizonte, um grupo de pessoas já estava reunido. Sentado em uma cadeira no meio estava um homem de cerca de sessenta anos, Carlos Novais, o patriarca da família Novais, seus olhos em formato de amêndoa penetrantes e brilhantes. Atrás dele, estavam seus dois filhos, Abílio e Tiago. À sua direita e à sua esquerda, estavam sentadas as famílias Ramos e Valente, ambas pertencentes à nobreza estabelecida na Cidade X. As duas famílias, embora veneráveis, não possuíam a mesma a
Durval olhou ao redor das quatro mesas, vendo que todos olhavam para ele com desprezo, como se ele já fosse um cadáver. Seus olhos então pousaram em Tiago e ele disse: - Você já consegue liberar a verdadeira energia. No mundo da arte marcial, isso é considerado um sucesso modesto.- Que arrogância. - Felipe se levantou de repente, apontando para Durval. - Liberação de verdadeira energia, nas suas palavras, é apenas um sucesso modesto. Pergunto-me em que nível você está.- Eu? - Durval balançou a cabeça. - Não tenho muita certeza.- Sem mais delongas, Tiago, acho que não precisamos discutir com ele. Um soco seu resolverá. - Samuel falou.Tiago resmungou, avançando em direção a Durval.Durval franzindo a testa disse: - Tiago, escute meu conselho, não se jogue na morte.- Presunçoso. - Tiago ficou furioso e os outros também.Naquele cenário, ele ainda se atrevia a falar tão insolentemente. Isso significava que ele não respeitava em nada as três antigass famílias. Era bastante arrogante
Em comparação, Carlos era muito mais poderoso do que seu filho. Apenas a pressão de sua força era algo que Tiago não podia igualar. Ao testemunhar o poder de Carlos, todos nas três famílias antigas não conseguiam conter seus aplausos.Durval, imperturbável, observava Carlos com calma. Carlos, olhos faiscando de raiva, deu alguns passos largos e saltou em direção a Durval como se um pássaro.Ao se aproximar de Durval, inúmeras sombras de punhos atacaram Durval do meio do ar. Num instante, um vendaval se formava ao redor, levantando poeira.Durval mantinha a calma, com a mão esquerda atrás das costas, enquanto a direita realizava movimentos precisos para dissipar os ataques de Carlos.Carlos ficou furioso, aterrissando com força para lançar outro ataque violento. Seus socos e chutes, acompanhados por ilusões de vento, continuavam a atacar o corpo de Durval. No entanto, Durval, usando apenas uma mão, desviava facilmente.A fúria de Carlos, selvagem e implacável, não conseguia fazer Durva
Mal Carlos terminou de falar, Abílio apareceu de imediato com uma caixa de madeira, ajoelhando-se diante de Carlos e segurando a caixa acima da cabeça.Carlos fez um gesto, abriu a caixa, retirou um rolo de pintura que se desdobrou com um som nítido. Na pintura, um ancião de manto estava de pé no topo de uma montanha, com uma espada longa nas costas, parecendo transcendental e cheio de imaginação.Ao mesmo tempo, uma poderosa pressão emanava da pintura, intimidando a todos no local. Felipe, surpreendido, levantou-se abruptamente, dizendo: - Dizem que a família Novais possui uma imagem ancestral, com o grande poder de um mestre, será que isso realmente existe?Felipe estava claramente perplexo. Não era de se admirar, pois isso era um tesouro lendário e de repente, até mesmo Felipe estava abalado por dentro.Samuel também estava chocado, levantando-se trêmulo e acariciando a barba.- Que tesouro incrível, o poder que tem nisso não é algo que nós, meros mortais, possamos possuir. A fa
O rosto de Carlos estava pálido, sangue escorrendo sem parar de sua boca, expressando espanto e incredulidade.Após um momento, Felipe e Samuel conseguiram erguer a cabeça. Ao verem Durval ileso, a surpresa os dominou. Como isso era possível?Mas lá estava Durval, ileso, erguido diante deles, forçando-os a duvidar do que viam. A pintura nas mãos de Carlos se desfez em pedaços, transformando-se em cinzas e desaparecendo.Carlos, primeiro chocado e depois aturdido, exclamou: - Ancestral, ancestral!- Não adianta chamar. - Franzindo a testa, Durval disse. - Seu ancestral deixou um pouco de poder como uma lembranç e você esgotou tudo. Esse é o resultado.Carlos, olhando furioso para Durval, lamentou: - Você destruiu o tesouro de nossa família.Num gesto rápido, Durval avançou, atravessando mais de dez metros para estar diante de Carlos, agarrando-o pelo pescoço e erguendo-o.As pessoas da família Novais ficou horrorizada, cercando-os, desejando salvar Carlos, mas ninguém ousava interv
Carlos se inclinou com respeito em direção a Durval, dizendo:- Ancestral, com humildade, eu peço desculpas. Em sinal de desculpa, ofereço alguns presentes como compensação. Por favor, aceite.- O quê? - Durval ficou surpreso.Carlos olhou ao redor e disse: - A Ilha do Horizonte é propriedade da minha família. Agi de modo impulsivo e ofendi você. Esta terra será um presente de desculpas para você.- Você está me dando esta ilha? - Durval não esperava por isso, olhou para Carlos e disse: - Esta ilha vale muito dinheiro, certo?Carlos se curvou e continuou: - Para você, dinheiro não deveria ser um problema. Este é apenas um gesto simbólico. Por favor, não recuse, predecessor.Durval ponderou por um momento e disse: - Se você tem essa intenção, então aceito.- Agradeço pela generosidade, vou providenciar os documentos e entregá-la o mais rápido possível. - Carlos disse.Durval assentiu e se afastou. Carlos exclamou alto: - A partir de hoje, a família Novais está sempre à disposição