Henrique olhava para Durval e Catarina e disse lentamente:- Aqui, ninguém ousa desrespeitar Henrique. O comportamento de sua família hoje terá consequências.- O que você pretende fazer? - Catarina perguntou com raiva.Henrique respondeu com um resmungo:- Vocês saberão em breve o que farei. Agora, se esse rapaz se ajoelhar e pedir desculpas, ainda posso perdoar vocês. Ainda há tempo.- Você está pensando demais, Sr. Henrique. - Durval disse calmamente.Henrique franzia o cenho, e então Fernando acenou com a mão, dizendo:- Chega, qual é o sentido disso?Ao ouvir isso, Henrique, ainda furioso, se sentou e olhou para Durval com raiva.- Não é por nada, mas... - Fernando começou, franzindo a testa. - Com um problema tão grande assim, como vou aparecer em público depois disso? Ainda posso ser considerado um líder?- Desculpe, líder. Tudo culpa desse rapaz. Na verdade, não há nada entre Catarina e ele; ela só estava brigando comigo. - Débora se apressou em explicar, assumindo a responsabi
Henrique, sendo uma figura conhecida na cidade, como poderia suportar tal humilhação?Em seguida, certamente iria causar algum problema.Durval também planejava subjugar completamente Henrique, mostrando-lhe quem realmente manda, para evitar futuros problemas com os pais de Catarina.Quanto ao que Henrique pretendia fazer, isso não importava."Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura", Durval pensou, confiante de que poderia lidar com Henrique.E a tia Débora, naquele momento, estava quase morrendo de raiva, olhando para Durval com desejo de devorá-lo.Mas agora que as máscaras tinham caído, Durval simplesmente ignorava-a.Apenas os pais de Catarina estavam preocupados, suspirando profundamente.Foi então que Henrique entrou novamente, se sentando de um jeito arrogante. Débora tentou se desculpar, mas Henrique interrompeu com um gesto:- Não precisa falar.Débora ficou paralisada.O olhar de Henrique passou por Durval e Catarina, dizendo em tom grave:- Se ninguém me der uma ex
- Pensa em alguma coisa, de qualquer forma não pode partir para a agressão, eu sei que você sabe lutar, mas se alguém acabar morto, você vai ter problemas e meus pais também vão achar difícil continuar aqui. - Catarina quase implorou.Durval suspirou e disse:- Vou fazer o que puder.Nesse momento, Henrique também saiu do camarote, olhando para Durval e Catarina parados no hall, e soltou uma gargalhada louca.- Por que não vão embora? Vão, vão. - Gritou Henrique.Os pais e a tia de Catarina também apareceram e, ao verem a situação, ficaram visivelmente ansiosos, prevendo problemas.Do lado de fora, mais de dez pessoas, ao verem o líder sair, começaram a gritar saudações e a fazer barulho na porta, esperando apenas um comando de Henrique.Henrique exibiu um sorriso de satisfação no rosto.Na Cidade DW, não havia nada que ele temesse fazer.Foi então que dois carros de luxo pararam devagar na entrada e várias pessoas vestidas com uniformes da Administração de Alimentos e Medicamentos des
Durval realmente conhece o Leonardo? Esse é o chefe da Administração de Alimentos e Medicamentos da província, um cargo de alto escalão que assusta, como ele o conhece? Mais assustador ainda é que foi Leonardo quem se aproximou primeiro de Durval para cumprimentá-lo, e não o contrário. O que isso significava?Fernando, embora não tivesse um cargo muito alto, também era um funcionário do governo e entendia o significado disso. Num instante, sentiu suas pernas tremerem, se sentindo atordoado e confuso. Henrique, também surpreso, tem alguma experiência e, ao ver as insígnias de Leonardo, percebeu o quão intimidador era o nível dele. Apesar de Henrique se comportar de maneira autoritária na Cidade DW, frente a alguém desse calibre, ele não era nada, assim como seu tio.Os pais e a tia de Catarina, embora não conhecessem a identidade de Leonardo, puderam perceber, pela atitude respeitosa de Fernando, que ele era uma pessoa muito importante. Mas que relação ele teria com Durval, um mero moto
Leonardo sorriu, serviu mais chá para Durval e disse:- Como você veio parar aqui, Pedro não veio com você?- Minha terra natal é aqui, voltei para visitar o túmulo do meu avô. Pedro tem seus próprios negócios, nós geralmente não mantemos muito contato. - Durval desviou intencionalmente do assunto sobre sua relação com Pedro, afinal, tanto ele quanto Pedro tinham identidades bastante especiais.Leonardo respondeu com uma expressão de súbita compreensão:- Entendi, é bom visitar de vez em quando.- Aliás, ouvi dizer que há uma fábrica de alimentos por aqui, vocês vieram por...? - Perguntou Durval.Ao ouvir isso, Leonardo sorriu e disse:- Viemos especificamente por isso. Analisamos a higiene nos arredores pela manhã e planejamos visitar a fábrica de alimentos à tarde.Fernando se desequilibrou, conseguindo se segurar na cadeira para não cair.Henrique ficou pálido, quase desmaiando ali mesmo.Ambos sabiam que a condição sanitária da fábrica deles não suportaria uma inspeção.Durval noto
Durval, ao ver a atitude de Débora, sorriu friamente em seu coração. Ele considerava que pessoas como ela eram puro interesse. Catarina só tinha a perder ao lidar com ela. Primeiro, Débora fingiu querer o bem de Catarina ao apresentar pretendentes, mas seu verdadeiro objetivo era arranjar um emprego para o filho, enquanto criava dificuldades para Durval. Agora, percebendo que as coisas não estavam indo bem, tentava se aproximar de Durval para se aproveitar de sua influência. Durval imediatamente disse:- Tia, nós não temos nenhum relacionamento. Não precisa ser tão amorosa, até logo.Com apenas uma frase, Durval acabou com todas as ilusões dela e também deixou claro para todos presentes, evitando mal-entendidos e o uso indevido de sua imagem.Débora, ao ouvir isso, ficou paralisada no lugar, com uma expressão muito feia no rosto. Leonardo, surpreso por um momento, sorriu levemente.Nesse momento, Catarina se despediu dos pais e saiu para dirigir com Durval. Enquanto isso, Leonardo e os
- Colega, não precisas de me ridicularizar assim. - Durval disse, rindo.Catarina mostrou a língua e se virou para ir embora, mas uma lágrima deslizou silenciosamente.Durval suspirou e se dirigiu para a Ilha do Horizonte....No meio da noite, na Mansão da família Novais.Carlos terminou seu treinamento e tomou um banho, voltando ao quarto para descansar.Ele tinha um hábito antes de dormir, precisava beber um copo de vinho para ter um sono tranquilo.Sentado no sofá da sala, o vinho já estava preparado pelo criado, sobre a mesa de centro.Ele se recostou, pegou o copo e deu um gole, soltando um longo suspiro de satisfação.Desde que foi subjugado por Durval, ele reuniu as forças da família, vivendo recluso e se dedicando à prática espiritual, sem se preocupar com as questões do mundo externo.Contudo, ele frequentemente fantasiava sobre ser seguidor de Durval, ou ao menos receber algumas dicas sobre a prática. Ele já estava no reino do verdadeiro poder há tanto tempo, mas sem progres
Durval, por mais que olhasse, achava que havia algo suspeito naquela situação. Normalmente, mesmo em um banquete, no máximo seriam convidados os membros-chave da família. Com três grandes famílias, cerca de cem a cento e oitenta pessoas já seriam suficientes para um grande evento. Mas um banquete com quatro ou cinco centenas de pessoas? Não parecia um exagero?Depois de analisar, Durval decidiu se infiltrar discretamente para observar a situação. Se houvesse muitas pessoas, ou estranhos, ele simplesmente voltaria para casa. Ele não queria se expor diante de uma multidão tão grande.Assim, dentro do carro, ele mudou sua aparência para a de Félix antes de sair do veículo e caminhar em direção à mansão. Ainda havia carros chegando, com pessoas acompanhadas, rindo e conversando enquanto entravam na mansão.Ao chegar à entrada da mansão, Durval passou por pessoas que ele não reconhecia. Estranhamente, não havia ninguém para recepcionar os convidados na entrada da mansão, parecendo que qualq