Emanuel sorriu, dizendo: - Não se preocupe, vou mandar alguém levar ele de volta.Com aquelas palavras de Emanuel, Durval ficou tranquilo e se despediu para voltar para casa.Era rara que Solange ainda não houvesse retornado. Presumivelmente, ocupada com os preparativos para as discussões de negócios do dia, Durval foi para o seu quarto e dormiu.Na manhã seguinte, Durval acordou com uma fome avassaladora. Ele mal comeu na noite anterior, distraído pelo álcool. Agora, a fome era quase insuportável. Vendo que Solange ainda não tinha acordado, ele saiu de carro e foi a um cafeteria, pedindo uma variedade de comidas para se deliciar.Logo após fazer o pedido, seu celulr tocou. Durval atendeu.- Durval, onde você está?Era surpreendente que fosse Pedro.- Estou tomando café da manhã, aconteceu alguma coisa?- Durval, espere por mim. Eu também não comi, estou morrendo de fome. Me mande sua localização, estou indo agora.Os movimentos de Pedro pegaram Durval de surpresa. Sacudindo a cabeça
Pedro, sem entender a situação, preferiu não comentar muito e apenas empurrou o sanduíche na direção de Lorenzo. Observando Lorenzo chorar, Durval soltou um profundo suspiro e disse: - Coma primeiro, falaremos depois.Lorenzo enxugou as lágrimas, assentiu e começou a devorar a comida de modo voraz. Alguns clientes ao redor lançaram olhares curiosos, uma mulher até murmurou baixinho: - O que está acontecendo? Por que estão trazendo pedinte para as mesas?A expressão de Durval ficou sombria e ele olhou para a mulher, dizendo: - Este é meu convidado, não um pedinte. Se mais alguém ousar falar, não reclame se eu não for educado.A mulher, ao encontrar o olhar gélido de Durval, ficou imóvel e rapidamente se virou, sem ousar dizer mais nada. Durval bufou e continuou compartilhando a refeição com Lorenzo.Não demorou muito para que Lorenzo se saciasse. Durval pegou um guardanapo e o entregou a Lorenzo, dizendo: - Agora, me conte o que aconteceu.Lorenzo suspirou e começou a contar sua
Aquele é o camarada dele, um parceiro que sacrificou a vida no campo de batalha.Naquela época, ele também era um durão, sem medo da morte, lutando corajosamente, liderando o ataque.Mas agora, ele foi intimidado por um tirano local a aquele ponto.A vingança pela morte do pai, a amargura pelo assassinato da mãe, eram coisas que ninguém podia suportar, especialmente Lorenzo, um homem destemido.- Lorenzo, tudo é minha culpa. Vou te ajudar a se vingar. - Disse Durval, cerrando os dentes.Lorenzo gritou com lágrimas nos olhos: - Chefe, não é sua culpa, eu sou apenas um tolo.Durval soltou um suspiro fundo. Aqueles companheiros eram todos homens destemidos em combate, verdadeiros guerreiros.Mas em termos de habilidades de sobrevivência na vida cotidiana, eram deficientes, desprovidos de astúcia para lidar com as traições da sociedade. Ele se perguntou como os outros camaradas estavam se saindo.Naquele momento, um carro de segurança preto com as palavras “Escudo de Ferro” parou abruptam
Era claro que a observação de Durval tinha um tom de reprovação.Pedro sorriu de modo constrangido e disse: - Durval, é uma situação inevitável. As regras estabelecidas são assim e se essas pessoas se unirem, é difícil para os superiores cuidarem de tudo.- Parece que é melhor evitar problemas desnecessários, não é exatamente cuidar bem das coisas. - Respondeu Durval.Pedro, percebendo a frustração de Durval, se ofereceu: - Fique tranquilo, vou resolver isso.Dito isso, Pedro pegou o celular e fez uma ligação no mesmo instante. Após alguns momentos, a ligação foi atendida, e uma voz disse: - Pedro, por que decidiu ligar para mim agora?- Tio Rafael, estou do lado de fora da Mansão dos Cervos, na Cafeteria da Felicidade, na Rua de Oeste. Uma empresa de segurança veio me buscar. Você poderia vir aqui?Ao ouvir isso, Rafael ficou atônito. Isso era algo inaudito em toda a Província Q. Quem ousaria tentar levar Pedro? Será que ele estava cansado de viver?Parecia que Pedro queria que el
Tomás ficou perplexo de imediato. O que diabos estava acontecendo? Aqueles agentes especiais pareciam estar vindo em sua direção?No entanto, diante daquele grupo, ele não se atreveu a se exaltar. Mesmo sendo do interior, Tomás sabia que os homens de camisa branca eram uma presença de alto nível naquela indústria.Ele se aproximou de forma hesitante, pronto para cumprimentar, mas foi derrubado por um agente especial com um golpe de rifle.- Se ousar se mover, será morto aqui mesmo.A voz fria do agente fez Tomás suar frio, ele rapidamente se levantou e recuou.Rafael também detinha a posição importante, embora não alcançasse o patamar de Thiago. Contudo, a segurança ao seu redor não era brincadeira, nem todo mundo conseguia se aproximar dele.Pedro se aproximou de Rafael, cumprimentando ele com um sorriso. - O que está acontecendo, Pedro? - Perguntou Rafael.Pedro respondeu em tom pesado: - Lorenzo é meu amigo. Ele veio para uma visita, mas esses caras querem levar ele. Eu os detiv
Mas aos olhos de Rafael, o responsável da unidade de segurança da cidade, era apenas uma piada. Tentar derrubar ele apenas seria uma questão de uma ordem.Especialmente quando envolvia Pedro. Se não investigasse a fundo aquela turma, colocando todos eles de pernas para o ar, como poderia justificar sua viagem pessoalmente? Como poderia justificar a ligação de Pedro?Os agentes especiais levaram os atordoados Tomás e os outros para o carro. Rafael então olhou para Pedro, disse sorrindo: - Fique tranquilo, vou investigar rigorosamente e dar uma explicação ao seu amigo.- Obrigado, tio Rafael. - Disse Pedro.- Não precisa ser tão formal comigo. Se precisar que eu intervenha em algo, é só ligar, especialmente quando se trata de sabotadores internos. Com certeza vou puni-los de maneira severa. - Disse Rafael.- Entendi, tio Rafael. Se precisar, vou procurar você. - Disse Pedro, sorrindo.Rafael assentiu, fez um gesto cortês para Lorenzo e Durval e partiu.Durval falou com seriedade: - Voc
Durval balançou a cabeça, dizendo: - Não precisa, isso só chama atenção, vamos resolver isso por conta própria.- Durval. - Pedro esfregou as mãos, dizendo: - Quando se trata de lidar com esses tiranos do terreno, confio em você, mas as pessoas atrás deles podem ser um problema. Quando você toma uma atitude, pode ser inconveniente, afinal, eles são autoridades oficiais e podem causar problemas desnecessários.Durval refletiu por um momento e disse: - Tem razão, o que sugere?- Eu tenho um amigo, filho do companheiro de guerra do meu pai, que trabalha na comissão de ética da Cidade X. Vamos levá-lo conosco. Se essa situação envolver as autoridades locais, deixaremos que ele resolva. Ninguém escapará impune. - Disse Pedro.Durval assentiu com a cabeça, reconhecendo a experiência de Pedro naquele assunto. - Vamos seguir o seu plano, então.Ao ver a concordância de Durval, logo Pedro pegou o celular. Após uma breve ligação, uma voz veio do lado da linha: - Chefe, quer sair para beber?
Pedro também exclamou: - Esses caras abusam da sorte, fazem o que querem na região, caramba. Durval franziu a testa, permanecendo em silêncio. Embora não fosse o momento ideal para ele falar, pensando na situação de Lorenzo, não conseguiu se segurar.Daniel ainda não tinha uma compreensão clara da identidade de Durval, mas Pedro sabia que ele tinha autoridade para falar mais incisivamente, pois atrás dele estava Emanuel. Emanuel era conhecido por sua integridade e aversão ao mal, se ele soubesse disso, certamente teria uma reação forte. As palavras de Durval não eram exageradas.Enquanto conversavam, passaram mais de duas horas e saíram da rodovia no Município B.- Para onde vamos, Durval? - Perguntou Pedro.Durval falou baixinho: - Vamos dar uma olhada na casa do Lorenzo.Lorenzo indicou a direção, Daniel dirigiu naquela direção. Após mais de meia hora, o carro parou em um local onde uma vez estava uma casa, agora substituída por uma construção em andamento.Lorenzo olhou para