O beijo começou suave, mas logo a intensidade entre eles cresceu, como se ambos estivessem se rendendo ao momento e ao desejo que vinha se acumulando. Vinícius, sem hesitar, puxou Clara para o seu colo, envolvendo-a em seus braços com firmeza. O corpo dela se moldou ao dele, e ela retribuiu o gesto, permitindo que o calor daquele instante dominasse seus pensamentos. As mãos de Vinícius deslizavam pelas costas de Clara, sentindo a pele aquecida sob o tecido fino de sua roupa. Ele intensificou o beijo, e Clara, sem se conter, correspondeu com a mesma intensidade. Os dois se perderam naquele momento, cada toque trazendo uma nova onda de sensações. O mundo ao redor desaparecia, deixando apenas o desejo latente entre eles. — Você... — Vinícius sussurrou, sua voz baixa e controlada. — Não consigo resistir a isso. Havia uma tensão em sua voz, algo que Clara não percebeu de imediato. Ele estava se permitindo ser levado pelo momento, mas, no fundo, cada movimento era cuidadosamente p
Na manhã seguinte, Clara e Vinícius acordaram juntos, ainda sob o impacto da noite anterior. A luz suave da manhã invadia o quarto, e os dois, deitados lado a lado, aproveitavam o silêncio confortável que se seguiu ao momento intenso que compartilharam. — Bom dia — murmurou Vinícius, se espreguiçando ao lado dela, a voz ainda rouca de sono. Clara sorriu suavemente, ainda sentindo as emoções da noite anterior. — Bom dia — respondeu ela, com um toque de timidez. O desconforto que existia antes parecia ter diminuído, e ela se sentia mais relaxada perto dele. — Está pronta para o café da manhã? — ele perguntou, brincando, enquanto se levantava da cama. — Acho que sim. — Clara riu, se levantando também. Após se vestirem, desceram para o café da manhã, que foi tranquilo, marcado por conversas leves e sorrisos que fluíam naturalmente. Ambos evitavam falar dos assuntos mais complicados, como se quisessem prolongar a sensação de normalidade por mais um pouco. Depois do café, Vinícius qu
Vinícius, observando Clara enquanto ela descia as escadas ao lado da mãe, percebeu os olhos levemente inchados e vermelhos, sinal claro de que ela havia chorado. Ele não mencionou nada na frente dos pais dela, mantendo sua postura usual de calma e controle. No entanto, sua mente trabalhava de forma incansável, tentando entender o que havia causado aquela reação.Clara manteve um sorriso fraco enquanto se aproximava de Vinícius e de seu pai. O ambiente familiar e acolhedor de sua casa não era o suficiente para aliviar a tensão interna que sentia. Ela estava ciente de que Vinícius, com sua mente afiada e perceptiva, notaria qualquer sinal de fragilidade, e isso a preocupava.— Está tudo bem? — perguntou Vinícius, em um tom suave, enquanto ela se aproximava dele.— Sim, tudo certo — respondeu Clara, forçando um sorriso. — Só precisava conversar um pouco com a minha mãe. Nada de mais.Vinícius não insistiu, mas o olhar que ele lançou a Clara indicava que ele não havia sido completamente
Clara e Vinícius desembarcaram no aeroporto ao anoitecer. A viagem de volta para casa foi tranquila, mas a tensão entre eles continuava presente, ainda que disfarçada por sorrisos e conversas superficiais. Ao chegarem à casa de Vinícius, Marisa já havia preparado o jantar e aguardava para recebê-los. — Bem-vindos de volta, senhor Vinícius, senhora Clara. Já está tudo pronto para o jantar. — Marisa sorriu, recuando para deixar o casal entrar. — Obrigado, Marisa. Parece ótimo — respondeu Vinícius, olhando para Clara com um leve sorriso. — Vamos comer, você deve estar cansada. Clara, ainda assimilando tudo, assentiu. Embora o ambiente parecesse relaxado, ela sabia que algo maior pairava no ar. Vinícius estava agindo de forma mais próxima, mas ela ainda sentia a tensão do que estava por vir. Ambos estavam se adaptando à ideia de "recomeçar", enquanto ele mantinha suas verdadeiras intenções escondidas. O jantar transcorreu em um clima leve, Vinícius estava mais carinhoso do que
O computador à sua frente piscava com o sistema de câmeras recém-instalado, e ele clicou para verificar se estava tudo funcionando corretamente. — Vamos ver se está tudo certo com isso... — murmurou para si mesmo, clicando nas imagens das câmeras pela primeira vez. Ele passou rapidamente pelos vídeos, apenas conferindo as posições e ângulos. Tudo parecia em ordem. — Perfeito — ele disse para si mesmo, satisfeito com a qualidade das gravações. Quando clicou na câmera do quarto, no entanto, foi surpreendido por uma visão inesperada. Clara estava de pé, perto da cama, tirando a blusa devagar, com movimentos relaxados, preparando-se para o banho. Por um segundo, Vinícius ficou paralisado, sem saber o que fazer. — O que... — ele murmurou, seus olhos presos na tela. Ele deveria desligar, dar privacidade a Clara, mas, por algum motivo, não conseguiu desviar o olhar imediatamente. A imagem dela de costas, com o corpo suavemente iluminado pela luz do abajur, o fez sentir uma mist
O sol começava a iluminar a casa quando Vinícius terminou seu café e se preparou para sair para o trabalho. Clara, já acordada, o observava silenciosamente da cozinha, tentando manter uma aparência de calma. A noite anterior tinha sido tranquila, mas agora, com Vinícius fora de casa, Clara sabia que as tensões que a cercavam voltariam a se manifestar. — Vou para o escritório. Não sei que horas volto, mas provavelmente ficarei até tarde — disse Vinícius, pegando o paletó e olhando para Clara, que estava distraída com uma xícara de café em mãos. — Tudo bem por você? Clara sorriu, tentando esconder sua apreensão. — Claro, sem problemas. Eu vou ficar por aqui, descansar um pouco — respondeu ela, tentando parecer relaxada. Vinícius se aproximou, inclinou-se e deu um beijo na testa dela. — Nos falamos mais tarde, então. Qualquer coisa, me liga — disse ele, com um tom mais suave. Assim que a porta se fechou atrás de Vinícius, Clara sentiu a pressão aumentar. Ela olhou para o
Depois que Gisele foi embora, Clara tentou se distrair com os afazeres da casa, mas sua mente estava presa tanto à conversa com Leonardo quanto à presença sufocante de Gisele.Era como se ela estivesse cercada, sem saber a quem poderia confiar ou o que fazer em seguida.Mais tarde, quando Vinícius chegou do trabalho, a casa já estava silenciosa. Clara havia se recolhido mais cedo, exausta pelos eventos do dia.Ele colocou as chaves no aparador, observando o ambiente tranquilo ao redor. Sem fazer barulho, foi para o escritório.Sentado em frente ao computador, Vinícius ligou a tela e abriu o sistema de câmeras. Começou a revisar as gravações do dia, buscando algo que explicasse as suspeitas que vinham crescendo em sua mente.Ao clicar no vídeo do período da manhã, ele viu Clara atendendo uma ligação. Ela estava claramente tensa, e suas palavras logo confirmaram isso.— O que você quer? — a voz de Clara ecoou pelo escritório.Ele aumentou o volume, mas Clara logo saiu para a varanda, de
Clara e Sabrina chegaram à empresa de Vinícius no fim da tarde. O saguão de entrada estava movimentado, com funcionários circulando de um lado para o outro, alguns levando documentos, outros conferindo relatórios.Sabrina, sendo irmã de Vinícius e conhecida de todos ali, atravessou o espaço sem ser questionada, trocando acenos e sorrisos educados com quem passava.Clara, por outro lado, estava um pouco mais hesitante, já que não frequentava o ambiente com tanta frequência.— Ele vai adorar a surpresa — disse Sabrina com um sorriso confiante, enquanto apertava o passo para o elevador. — Faz tempo que não apareço por aqui.Clara tentou sorrir de volta, mas seu estômago se revirava em uma mistura de nervosismo e curiosidade.Sabrina havia insistido para que a visita fosse uma surpresa, e Clara acabou concordando. Contudo, à medida que o elevador subia, uma leve ansiedade começou a tomar conta dela.Ao chegarem ao andar de Vinícius, Sabrina se virou para a recepcionista, pedindo para não