Dois dias se passaram desde aquele beijo no quarto do hospital com Gabriel.Durante esses dois dias, Isabela não o visitou nem uma vez.Ela estava receosa, temendo não conseguir conter o amor profundo que sentia, o desejo de estar ao seu lado.Ela não queria isso!O que a deixava ainda mais ansiosa era a ausência de progressos com Pedro.Isso a inquietava e a fazia se sentir perdida, mas André sempre a consolava, dizendo para ela não se preocupar, assegurando que nada de mal aconteceria ao Pedro.Não tinha outra escolha a não ser confiar em André.Para afastar pensamentos desnecessários, ela trocou de roupa, colocou uma máscara e decidiu visitar Sofia.Porém, justo quando estava saindo, encontrou Rodrigo.Ao vê-lo, Isabela instintivamente deu um passo para trás, um tanto assustada:- O que foi agora?- Consegui um advogado para o Pedro, queria saber se gostaria de encontrá-lo para discutirmos alguns detalhes.Isabela balançou a cabeça:- Não é necessário, o André resolverá tudo. - Diss
Carina tinha as orelhas levemente avermelhadas, dizendo com indignação:- Eu não disse que não estava mais irritada.- E você ainda veio trazer flores para Sofia?Carina olhou com desdém para as flores e acenou com a mão:- Com todo o dinheiro que tenho, o que custa comprar um buquê de flores?Isabela sabia muito bem que Carina era orgulhosa.Na verdade, até ela sabia muito bem, só não queria admitir.Ela não queria expor isso, então sorriu:- Contanto que você não esteja aqui para xingar Sofia, está tudo bem.- Eu vim aqui para xingá-la! - Carina mordeu o lábio inferior. - Ela é como uma vagabunda, cativou as almas de todos vocês, vocês todos me comparam a ela, dizendo que eu não sou como ela, que eu não posso substituí-la, sendo que ela já morreu, mas por que os vivos ainda têm que sofrer por causa dos mortos? Se ela ainda estivesse viva, vocês realmente a amariam tanto assim? Eu não acredito! Eu simplesmente não acredito que ela tenha esse tanto de charme!Vendo Carina ainda presa n
Isabela ficou surpresa por um momento, sem reação.Carina, entrelaçando as mãos e mordendo o lábio inferior, disse novamente:- Desculpe, não deveria ter questionado a importância dela. Tudo o que você disse agora... Eu não sabia... Eu...Mas, antes que Isabela pudesse terminar, Carina de repente se virou e rapidamente se escondeu entre os arbustos.No segundo seguinte, Cláudio surgiu no topo da escada, segurando flores, e olhou com surpresa para ela:- Isa? O que você está fazendo aqui?Isabela ficou visivelmente surpresa.Ela lançou um olhar breve na direção dos arbustos e então levantou a mão para enxugar as lágrimas:- Você também veio?Cláudio sorriu, apertando os lábios:- Depois de saber a verdade, achei que deveria vir vê-la. - Disse ele, notando as flores no chão. - Por que você trouxe tantas flores?- Foi a Caca que veio.- Caca? - Cláudio mudou de expressão. - Onde ela está? Ela veio insultar a Sofia de novo? Eu pensei que, depois de tudo o que passamos, ela teria aprendido
Mas, ao correr atrás, ela não viu ninguém, nem sequer um carro.Teria se enganado?Não, impossível. Aquela mulher era a cara da Sofia, como poderia ter se enganado?De repente, um carro veio em sua direção, mas ela simplesmente não teve tempo de reagir.Por sorte, Cláudio correu até ela e a puxou para a calçada.- O que você está fazendo? Correr para a rua de repente é muito perigoso, você sabe?Isabela, atônita por um momento, olhou para ele, confusa, com os lábios tremendo:- Cláudio, eu acabei de... Achar que vi a Sofia...Cláudio, com o coração apertado, olhou ao redor:- Não tem nada aqui, onde você a viu?- Agora mesmo, eu vi... Cláudio, eu realmente vi! - Isabela segurou o braço de Cláudio, o sacudindo fortemente. - Cláudio, não me enganei, ela realmente apareceu...Cláudio olhou ao redor mais uma vez, se certificando de que não havia ninguém, e franzindo a testa, disse:- Sua qualidade de sono tem sido ruim ultimamente, e você tem sofrido de insônia?Isabela assentiu:- Um pouc
Ao retornar ao hospital, Cláudio levou Isabela para o seu próprio escritório, retirou um frasco de medicamentos da gaveta, despejou um comprimido e o entregou a ela.- Tome este medicamento.Isabela o pegou e olhou para ele por um bom tempo, sem engolir.Vendo isso, Cláudio ofereceu a ela um copo de água, encorajando ela:- O que foi? Está preocupada que eu vá te prejudicar?Isabela balançou a cabeça:- Não, não é isso.- Então, o que é?- Eu só estava pensando... Se eu ver a Sofia foi uma alucinação. - Disse ela, levantando a cabeça com uma expressão um tanto triste para Cláudio. - Isso significa que, se eu tomar este medicamento, nunca mais poderei ver a Sofia?Essa pergunta deixou Cláudio sem palavras por um momento.Ele ainda se lembrava de quando se reencontraram; ele havia perguntado a Isabela por que Sofia nunca apareceu em seus sonhos, será que ela ainda estava zangada com ele?Isso o fez hesitar subitamente.Se fosse ele, provavelmente também hesitaria em tomar o medicamento.
Depois de tomar um remédio para dormir, Isabela adormeceu por doze horas seguidas, despertando somente na manhã seguinte.Acordou um tanto confusa, com a intenção de se virar e dormir mais, porém, percebeu subitamente a presença de alguém sentado à beira de sua cama.Esse fato a fez despertar abruptamente. Ao abrir os olhos e fitar a pessoa, o olhar intenso dirigido a ela a fez saltar da cama, assustada.Ao reconhecê-lo, se acalmou, mas ainda irritada, o repreendeu:- Gabriel, você enlouqueceu? Por que está sentado à beira da minha cama sem fazer nada?Gabriel, ao perceber seu olhar irritado e ao mesmo tempo assustado, não conseguiu conter um sorriso:- Você é tão adorável quando dorme que acabei observando por mais tempo do que deveria.- Insano! Acabou de sair da UTI e já planeja retornar?- Isa. - Gabriel mudou o tom, se tornando sério de repente. - Estou aqui porque tenho algo importante para te dizer.Isabela se distanciou ligeiramente:- O que é?- Sei quem está por trás de tudo
Isabela soltou um murmúrio, sentindo suas orelhas coçarem e formigarem, incapaz de resistir a revirar os olhos para ele.- Você está pensando demais.Gabriel, contudo, apenas sorriu e acariciou sua cabeça, dizendo suavemente:- Seja prudente, volte e coloque seus sapatos. Não corra mais descalça da próxima vez.Então, ele se dirigiu ao elevador, passando por Isabela.Ao vê-lo, o policial também seguiu, deixando apenas Isabela para trás.Ela sabia que deveria manter distância, mas vê-lo sendo levado assim fez seu coração doer de forma inexplicável.Ele estava ferido, tendo acabado de sair de uma situação perigosa havia pouco tempo. Como poderia suportar o interrogatório policial e uma cela úmida e apertada?De repente, sentiu alguém puxá-la, e então caiu sentada com força.Ela gritou, virou a cabeça para olhar e percebeu que estava sentada no colo de alguém... Essa pessoa que a puxou era o André.Ela tentou se levantar, mas André a segurou firmemente pela cintura.- Não se mexa. Não es
Este vídeo continha tudo, desde a chegada de Pedro e ela ao hotel até o momento em que ela saiu com o Pedro, incluindo até mesmo a cena onde ela parou para limpar a maçaneta da porta...Se a polícia colocasse as mãos neste vídeo, não apenas a suspeita sobre Pedro não poderia ser esclarecida, mas ela também se tornaria cúmplice.- Isa, agora não há nada que possamos fazer, eu sugeri pagar, mas eles não querem aceitar.- Isso não pode acontecer!Isabela estava tremendo por todo o corpo, agarrando as mãos de André com força, implorando:- André, por favor, pense em outra solução, não foi Pedro quem matou, ele não pode se declarar culpado.Se ele se declarasse culpado, não apenas enfrentaria o tormento da prisão, mas também carregaria a culpa de parricídio. Ele tem apenas vinte e poucos anos, se isso acontecesse, sua vida estaria definitivamente arruinada...Pedro a ajudou tanto, ela não queria ver esse tipo de final para ele.Então, com determinação, ela de repente disse entredentes:- Eu