Isabela soltou um murmúrio, sentindo suas orelhas coçarem e formigarem, incapaz de resistir a revirar os olhos para ele.- Você está pensando demais.Gabriel, contudo, apenas sorriu e acariciou sua cabeça, dizendo suavemente:- Seja prudente, volte e coloque seus sapatos. Não corra mais descalça da próxima vez.Então, ele se dirigiu ao elevador, passando por Isabela.Ao vê-lo, o policial também seguiu, deixando apenas Isabela para trás.Ela sabia que deveria manter distância, mas vê-lo sendo levado assim fez seu coração doer de forma inexplicável.Ele estava ferido, tendo acabado de sair de uma situação perigosa havia pouco tempo. Como poderia suportar o interrogatório policial e uma cela úmida e apertada?De repente, sentiu alguém puxá-la, e então caiu sentada com força.Ela gritou, virou a cabeça para olhar e percebeu que estava sentada no colo de alguém... Essa pessoa que a puxou era o André.Ela tentou se levantar, mas André a segurou firmemente pela cintura.- Não se mexa. Não es
Este vídeo continha tudo, desde a chegada de Pedro e ela ao hotel até o momento em que ela saiu com o Pedro, incluindo até mesmo a cena onde ela parou para limpar a maçaneta da porta...Se a polícia colocasse as mãos neste vídeo, não apenas a suspeita sobre Pedro não poderia ser esclarecida, mas ela também se tornaria cúmplice.- Isa, agora não há nada que possamos fazer, eu sugeri pagar, mas eles não querem aceitar.- Isso não pode acontecer!Isabela estava tremendo por todo o corpo, agarrando as mãos de André com força, implorando:- André, por favor, pense em outra solução, não foi Pedro quem matou, ele não pode se declarar culpado.Se ele se declarasse culpado, não apenas enfrentaria o tormento da prisão, mas também carregaria a culpa de parricídio. Ele tem apenas vinte e poucos anos, se isso acontecesse, sua vida estaria definitivamente arruinada...Pedro a ajudou tanto, ela não queria ver esse tipo de final para ele.Então, com determinação, ela de repente disse entredentes:- Eu
Vendo André hesitar, Isabela, desesperada, franzia a testa, o apressando:- Então fale, o que é afinal?- Isa, o assunto é...Impaciente, Isabela o interrompeu:- Diga logo, seja o que for, precisamos saber antes de tomar uma decisão.André olhou para ela, respirou fundo e disse:- O que eles realmente precisam é de um culpado verdadeiro. Se você quer que o Pedro fique seguro, então precisamos de outro bode expiatório, ou seja, de outro suspeito.Ao ouvir isso, Isabela ficou surpresa por um momento e depois olhou para ele, incrédula:- Você está sugerindo... Incriminar alguém?- Isa, essa é a última opção para livrar o Pedro das acusações. Se você não aceitar, a única saída será admitir a culpa e alegar defesa excessiva.- Mas...Isabela olhou para ele, sem conseguir falar por um tempo.Como ela poderia tomar tal decisão?Ela não podia permitir que o Pedro fosse incriminado, mas também não podia incriminar outra pessoa, certo?Como isso a deixaria em paz?De repente, ela ouviu André di
- Cláudio, o que você está dizendo?Isabela, confusa, segurou o Cláudio:- Como André poderia saber? O Gabriel acabou de ser levado.Acabaram de levar as pessoas, e já havia fotos no topo das pesquisas.Isso era claramente uma armadilha planejada!Quem queria colocá-lo numa situação de vida ou morte?Isabela sentia sua cabeça girar, incapaz de pensar em um suspeito.O mais frustrante era que, ao partir, Gabriel também não lhe disse de quem suspeitava...Agora, tentar salvá-lo se tornou muito mais difícil.- Isa, não se deixe enganar por esse cara!Isabela voltou a si, olhando para o Cláudio:- Cláudio, o que está acontecendo? Por que você começou a falar assim sobre o André...Cláudio bufou friamente, perguntando:- Ele acabou de pedir para você identificar outra pessoa como o assassino?Ao ouvir isso, Isabela ficou chocada, balançando a cabeça lentamente:- Sim, mas...- Ele sabia que a polícia já estava suspeitando do Gabriel, então ele deliberadamente a colocou num beco sem saída, f
Essa questão, originalmente, não dizia respeito ao André, foi ela quem buscou sua ajuda, acabando por envolvê-lo.No entanto, agora, Cláudio o acusava de traição, isso...Contudo, ela entendeu que Cláudio estava preocupado com a segurança do Gabriel, inquieto com as intenções dos verdadeiros mandantes por trás dos acontecimentos, e por isso, ele estava ansioso.Apesar de seu ódio por Gabriel, ela não desejava que ele fosse injustamente acusado e incriminado.Tal retaliação, mesmo que resolvida, apenas a deixaria com a consciência pesada.Quando ambos se calaram, Isabela finalmente disse:- André, não existe outra saída? Eu não posso acusar Gabriel falsamente, e não posso deixar que o Pedro faça isso, mas me pedir para forçar o Pedro a confessar...Com os lábios trêmulos, Isabela expressou seu desespero:- André, eu também não posso fazer isso. Pedro não matou ninguém, ele não deveria admitir a culpa. Se realmente não houver outra saída, então só me resta assumir a culpa como se eu mesm
Isabela acabava de sair do grande portão do hospital quando um vento frio a envolveu, fazendo ela instintivamente apertar o casaco ao redor de si.Ela franziu a testa e não pôde deixar de soltar um longo suspiro.No momento em que Gabriel se tornou um suspeito, as coisas pareceram complicar ainda mais.Mas isso estava completamente fora de sua capacidade de resolver...Originalmente, ela não estava preocupada com Gabriel, mas ao pensar que alguém havia se esforçado tanto apenas para envolvê-lo, ela temia que as chances estivessem agora mais para mal do que para bem para ele.O que ela poderia fazer, afinal?Pensando nisso, ela se sentiu ainda mais preocupada.- Cuidado!A voz mal tinha caído quando um carro passou acelerado bem à sua frente.Ao passar por ela, o motorista não deixou de frear bruscamente, gritando em sua direção:- Louca, está com pressa de morrer?Isabela, então, percebeu o perigo tarde demais e se cobriu de suor frio, ficando completamente paralisada no lugar.- Fefe,
Uma vez poderia ser uma ilusão de ótica, um devaneio, mas e a segunda vez?Será que ela realmente ficou doente?Isabela, se recuperando rapidamente, se apressou em pedir ao motorista:- Motorista, pare o carro, pare!Com uma freada brusca, Isabela saiu correndo do veículo, começando a procurar pela figura de Sofia no meio da rua.Contudo, além dos veículos que passavam zunindo, ela não conseguiu ver mais nada.Carina, assustada com sua atitude, se apressou em puxá-la de volta:- Isabela, você perdeu a noção do perigo?Isabela ainda queria procurar pela sombra de Sofia, mas foi firmemente retida por Carina.- O que houve com você?- Eu preciso encontrar a Sofia.Ao ouvir isso, Carina pensou que Isabela estava delirando e, assustada, olhou para ela com uma expressão pálida e preocupada.- Seja sensata, a Sofia já morreu!Mas Isabela não a escutava, empurrando Carina, tentando atravessar para o outro lado da rua.No segundo seguinte, um tapa aterrissou pesadamente em seu rosto, fazendo el
Então, ela rapidamente mudou o tom:- Eu só estou preocupada que você morra aqui, afinal, eu ainda não terminei de me vingar de você.Gabriel, sabendo que ela estava apenas sendo teimosa, sorriu mais docemente.- É nas adversidades que se revelam os verdadeiros sentimentos. Apenas em momentos como este percebo seu cuidado, fazendo valer a pena estar aqui.As orelhas de Isabela ficaram levemente vermelhas:- O que você está inventando aí? Quem se importa com você?Gabriel estendeu a mão através das barras e segurou firmemente a dela:- Está bem, pare de discutir comigo aqui. Vá embora logo.Ao ouvir isso, Isabela sentiu um nó no peito, e seus olhos começaram a umedecer inexplicavelmente.Vendo que ela estava a ponto de chorar, Gabriel ficou um pouco desesperado, ainda mais por estar impossibilitado de confortá-la através das barras.- Por que você está chorando? Não chore, veja, nem posso alcançá-la para enxugar suas lágrimas. - Dizendo isso, Gabriel sorriu e bateu levemente na mão dela