Isabela acabava de sair do grande portão do hospital quando um vento frio a envolveu, fazendo ela instintivamente apertar o casaco ao redor de si.Ela franziu a testa e não pôde deixar de soltar um longo suspiro.No momento em que Gabriel se tornou um suspeito, as coisas pareceram complicar ainda mais.Mas isso estava completamente fora de sua capacidade de resolver...Originalmente, ela não estava preocupada com Gabriel, mas ao pensar que alguém havia se esforçado tanto apenas para envolvê-lo, ela temia que as chances estivessem agora mais para mal do que para bem para ele.O que ela poderia fazer, afinal?Pensando nisso, ela se sentiu ainda mais preocupada.- Cuidado!A voz mal tinha caído quando um carro passou acelerado bem à sua frente.Ao passar por ela, o motorista não deixou de frear bruscamente, gritando em sua direção:- Louca, está com pressa de morrer?Isabela, então, percebeu o perigo tarde demais e se cobriu de suor frio, ficando completamente paralisada no lugar.- Fefe,
Uma vez poderia ser uma ilusão de ótica, um devaneio, mas e a segunda vez?Será que ela realmente ficou doente?Isabela, se recuperando rapidamente, se apressou em pedir ao motorista:- Motorista, pare o carro, pare!Com uma freada brusca, Isabela saiu correndo do veículo, começando a procurar pela figura de Sofia no meio da rua.Contudo, além dos veículos que passavam zunindo, ela não conseguiu ver mais nada.Carina, assustada com sua atitude, se apressou em puxá-la de volta:- Isabela, você perdeu a noção do perigo?Isabela ainda queria procurar pela sombra de Sofia, mas foi firmemente retida por Carina.- O que houve com você?- Eu preciso encontrar a Sofia.Ao ouvir isso, Carina pensou que Isabela estava delirando e, assustada, olhou para ela com uma expressão pálida e preocupada.- Seja sensata, a Sofia já morreu!Mas Isabela não a escutava, empurrando Carina, tentando atravessar para o outro lado da rua.No segundo seguinte, um tapa aterrissou pesadamente em seu rosto, fazendo el
Então, ela rapidamente mudou o tom:- Eu só estou preocupada que você morra aqui, afinal, eu ainda não terminei de me vingar de você.Gabriel, sabendo que ela estava apenas sendo teimosa, sorriu mais docemente.- É nas adversidades que se revelam os verdadeiros sentimentos. Apenas em momentos como este percebo seu cuidado, fazendo valer a pena estar aqui.As orelhas de Isabela ficaram levemente vermelhas:- O que você está inventando aí? Quem se importa com você?Gabriel estendeu a mão através das barras e segurou firmemente a dela:- Está bem, pare de discutir comigo aqui. Vá embora logo.Ao ouvir isso, Isabela sentiu um nó no peito, e seus olhos começaram a umedecer inexplicavelmente.Vendo que ela estava a ponto de chorar, Gabriel ficou um pouco desesperado, ainda mais por estar impossibilitado de confortá-la através das barras.- Por que você está chorando? Não chore, veja, nem posso alcançá-la para enxugar suas lágrimas. - Dizendo isso, Gabriel sorriu e bateu levemente na mão dela
Os dois ficaram em um impasse por um longo tempo, até que Gabriel finalmente rompeu o silêncio:- Isa, sei que você não quer acreditar, mas...- Gabriel. - Isabela o interrompeu, sem querer ouvir suas justificativas. - Não quero mais ouvir você repetindo essas coisas, estou cansada delas.- Isa...O coração de Gabriel estremeceu, ele não conseguiu evitar de tremer e olhou para ela, sem forças, abriu a boca, mas não conseguiu formular palavra alguma.Naquele momento, ele entendeu o quão desesperada Isabela estava em quatro anos atrás.Mas agora, sua preocupação não era consigo mesmo, e sim com ela e com Pedro.Se ela ainda acreditava que o Caio era uma boa pessoa, com certeza seria manipulada por ele.E então...Isabela não estava pensando o que ele imaginava, levantou o olhar de desapontada para ele, mordeu o lábio e forçou algumas palavras frias:- Gabriel, você me decepcionou mais uma vez! Mas eu juro, esta será definitivamente a última! - Dito isso, ela se virou e saiu da delegacia,
Se entre o Pedro e o Gabriel, apenas um estivesse destinado a ser absolvido dos seus crimes, Isabela, sem dúvidas, escolheria o Pedro.Ela sabia que esse pensamento tinha, mais ou menos, um quê de desejo de vingança, mas não via outra opção.André, ao ouvir sua pergunta, franziu ligeiramente a testa, mas não deu uma resposta afirmativa direta.- Isa, vamos pensar mais um pouco sobre isso.- Mas você não disse que não temos tempo?- É verdade, não temos tempo, mas ainda podemos encontrar tempo para uma refeição.Isabela se virou para ele, com uma expressão franzida:- Como posso pensar em comer, sabendo que Pedro ainda está preso?- É por isso que você não pensa em comer, e é por isso que quero te levar para comer. - Ao dizer isso, o carro parou exatamente.André abriu a porta do carro, se transferiu habilmente para a cadeira de rodas e então estendeu a mão para ela:- Vem.Isabela olhou para ele, mas não colocou sua mão na dele, saindo do carro pelo outro lado por conta própria.Ela ol
Vendo que André não falava, Isabela não pôde evitar engolir em seco, explicando:- Eu estava pensando, você já se firmou no Grupo Almeida, e eu... - Ela entrelaçou nervosamente as mãos na roupa. - Eu estava esperando o Pedro sair, para então levar o Pedro, o João e os dois filhos para longe da Cidade S. Por isso, eu também não quero mais adiar isso. Afinal, será muito complicado voltar para resolver essas coisas depois que partirmos. - Dito isso, ela lançou um olhar para André, vendo que sua expressão não era das melhores, o que a deixou um pouco inquieta.Embora ela não tivesse feito nada de errado, para André, ela sempre se sentiu em falta, o que a fazia se sentir ainda mais vulnerável sobre o divórcio.André estava angustiado por dentro, mas não ousava recusar.Depois de um longo tempo, ele forçou um sorriso:- Este casamento foi algo que você fez para me ajudar, então, se você quiser se divorciar, eu definitivamente concordarei. Afinal, Isa, você é livre, eu não posso te prender, n
- Naquela época, eu só queria provar minha força, demonstrar que poderia ser mais forte que o Túlio, provar que todas as decisões do Túlio eram erradas. Eu queria me vingar dele... - Dizendo isso, ele soltou um riso sarcástico. - Mas agora, o Túlio simplesmente sumiu, e os outros nem se comparam a mim, o que torna a minha permanência aqui um tanto solitária... Isa, às vezes, ao olhar para trás, percebo de repente que estou completamente sozinho, agora até o Cláudio pensa que sou seu inimigo... - André levantou a cabeça, seus olhos transbordavam de desolação. - Isa, você não poderia me ajudar, deixar que eu siga com você? Ao seu lado, eu não me sentiria tão solitário.Isabela sentiu um aperto no coração.Talvez fosse o efeito do álcool, mas seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas.Ela realmente queria dizer que, então, não iria embora, que ficaria ali com ele...Mas ela não podia brincar com a vida de seus filhos.Ela não podia ser tão egoísta.Depois de um longo tempo, ela final
Senhor?André interrompeu o que estava fazendo e se virou para Isabela."O senhor a que ela se referia, poderia ser o Caio? Mas, qual seria a relação entre Gabriel e Caio?"Ele refletiu por um momento, franzindo a testa ao falar:- Eu e ele não temos qualquer rixa, não tenho nada contra ele.- Mentira! Gabriel, você está mentindo! - Isabela, subitamente emocionada, apertou ainda mais a mão dele. - Se não existe rixa, por que insiste em acusar o senhor injustamente, chegando até a difamá-lo dizendo que matou Dario?André, surpreso, viu sua expressão escurecer ao compreender a relação entre eles.Aparentemente, na delegacia, Gabriel havia compartilhado suas suspeitas sobre Caio com Isabela.Contudo, não conseguiu ganhar a confiança de Isabela; pelo contrário, enfrentou resistência e questionamentos.Descobrindo inesperadamente que Isabela e Gabriel enfrentavam novamente uma crise de confiança, André esboçou um leve sorriso, olhou profundamente para Isabela, tocou gentilmente suas bochech