- Cláudio, o que você está dizendo?Isabela, confusa, segurou o Cláudio:- Como André poderia saber? O Gabriel acabou de ser levado.Acabaram de levar as pessoas, e já havia fotos no topo das pesquisas.Isso era claramente uma armadilha planejada!Quem queria colocá-lo numa situação de vida ou morte?Isabela sentia sua cabeça girar, incapaz de pensar em um suspeito.O mais frustrante era que, ao partir, Gabriel também não lhe disse de quem suspeitava...Agora, tentar salvá-lo se tornou muito mais difícil.- Isa, não se deixe enganar por esse cara!Isabela voltou a si, olhando para o Cláudio:- Cláudio, o que está acontecendo? Por que você começou a falar assim sobre o André...Cláudio bufou friamente, perguntando:- Ele acabou de pedir para você identificar outra pessoa como o assassino?Ao ouvir isso, Isabela ficou chocada, balançando a cabeça lentamente:- Sim, mas...- Ele sabia que a polícia já estava suspeitando do Gabriel, então ele deliberadamente a colocou num beco sem saída, f
Essa questão, originalmente, não dizia respeito ao André, foi ela quem buscou sua ajuda, acabando por envolvê-lo.No entanto, agora, Cláudio o acusava de traição, isso...Contudo, ela entendeu que Cláudio estava preocupado com a segurança do Gabriel, inquieto com as intenções dos verdadeiros mandantes por trás dos acontecimentos, e por isso, ele estava ansioso.Apesar de seu ódio por Gabriel, ela não desejava que ele fosse injustamente acusado e incriminado.Tal retaliação, mesmo que resolvida, apenas a deixaria com a consciência pesada.Quando ambos se calaram, Isabela finalmente disse:- André, não existe outra saída? Eu não posso acusar Gabriel falsamente, e não posso deixar que o Pedro faça isso, mas me pedir para forçar o Pedro a confessar...Com os lábios trêmulos, Isabela expressou seu desespero:- André, eu também não posso fazer isso. Pedro não matou ninguém, ele não deveria admitir a culpa. Se realmente não houver outra saída, então só me resta assumir a culpa como se eu mesm
Isabela acabava de sair do grande portão do hospital quando um vento frio a envolveu, fazendo ela instintivamente apertar o casaco ao redor de si.Ela franziu a testa e não pôde deixar de soltar um longo suspiro.No momento em que Gabriel se tornou um suspeito, as coisas pareceram complicar ainda mais.Mas isso estava completamente fora de sua capacidade de resolver...Originalmente, ela não estava preocupada com Gabriel, mas ao pensar que alguém havia se esforçado tanto apenas para envolvê-lo, ela temia que as chances estivessem agora mais para mal do que para bem para ele.O que ela poderia fazer, afinal?Pensando nisso, ela se sentiu ainda mais preocupada.- Cuidado!A voz mal tinha caído quando um carro passou acelerado bem à sua frente.Ao passar por ela, o motorista não deixou de frear bruscamente, gritando em sua direção:- Louca, está com pressa de morrer?Isabela, então, percebeu o perigo tarde demais e se cobriu de suor frio, ficando completamente paralisada no lugar.- Fefe,
Uma vez poderia ser uma ilusão de ótica, um devaneio, mas e a segunda vez?Será que ela realmente ficou doente?Isabela, se recuperando rapidamente, se apressou em pedir ao motorista:- Motorista, pare o carro, pare!Com uma freada brusca, Isabela saiu correndo do veículo, começando a procurar pela figura de Sofia no meio da rua.Contudo, além dos veículos que passavam zunindo, ela não conseguiu ver mais nada.Carina, assustada com sua atitude, se apressou em puxá-la de volta:- Isabela, você perdeu a noção do perigo?Isabela ainda queria procurar pela sombra de Sofia, mas foi firmemente retida por Carina.- O que houve com você?- Eu preciso encontrar a Sofia.Ao ouvir isso, Carina pensou que Isabela estava delirando e, assustada, olhou para ela com uma expressão pálida e preocupada.- Seja sensata, a Sofia já morreu!Mas Isabela não a escutava, empurrando Carina, tentando atravessar para o outro lado da rua.No segundo seguinte, um tapa aterrissou pesadamente em seu rosto, fazendo el
Então, ela rapidamente mudou o tom:- Eu só estou preocupada que você morra aqui, afinal, eu ainda não terminei de me vingar de você.Gabriel, sabendo que ela estava apenas sendo teimosa, sorriu mais docemente.- É nas adversidades que se revelam os verdadeiros sentimentos. Apenas em momentos como este percebo seu cuidado, fazendo valer a pena estar aqui.As orelhas de Isabela ficaram levemente vermelhas:- O que você está inventando aí? Quem se importa com você?Gabriel estendeu a mão através das barras e segurou firmemente a dela:- Está bem, pare de discutir comigo aqui. Vá embora logo.Ao ouvir isso, Isabela sentiu um nó no peito, e seus olhos começaram a umedecer inexplicavelmente.Vendo que ela estava a ponto de chorar, Gabriel ficou um pouco desesperado, ainda mais por estar impossibilitado de confortá-la através das barras.- Por que você está chorando? Não chore, veja, nem posso alcançá-la para enxugar suas lágrimas. - Dizendo isso, Gabriel sorriu e bateu levemente na mão dela
Os dois ficaram em um impasse por um longo tempo, até que Gabriel finalmente rompeu o silêncio:- Isa, sei que você não quer acreditar, mas...- Gabriel. - Isabela o interrompeu, sem querer ouvir suas justificativas. - Não quero mais ouvir você repetindo essas coisas, estou cansada delas.- Isa...O coração de Gabriel estremeceu, ele não conseguiu evitar de tremer e olhou para ela, sem forças, abriu a boca, mas não conseguiu formular palavra alguma.Naquele momento, ele entendeu o quão desesperada Isabela estava em quatro anos atrás.Mas agora, sua preocupação não era consigo mesmo, e sim com ela e com Pedro.Se ela ainda acreditava que o Caio era uma boa pessoa, com certeza seria manipulada por ele.E então...Isabela não estava pensando o que ele imaginava, levantou o olhar de desapontada para ele, mordeu o lábio e forçou algumas palavras frias:- Gabriel, você me decepcionou mais uma vez! Mas eu juro, esta será definitivamente a última! - Dito isso, ela se virou e saiu da delegacia,
Se entre o Pedro e o Gabriel, apenas um estivesse destinado a ser absolvido dos seus crimes, Isabela, sem dúvidas, escolheria o Pedro.Ela sabia que esse pensamento tinha, mais ou menos, um quê de desejo de vingança, mas não via outra opção.André, ao ouvir sua pergunta, franziu ligeiramente a testa, mas não deu uma resposta afirmativa direta.- Isa, vamos pensar mais um pouco sobre isso.- Mas você não disse que não temos tempo?- É verdade, não temos tempo, mas ainda podemos encontrar tempo para uma refeição.Isabela se virou para ele, com uma expressão franzida:- Como posso pensar em comer, sabendo que Pedro ainda está preso?- É por isso que você não pensa em comer, e é por isso que quero te levar para comer. - Ao dizer isso, o carro parou exatamente.André abriu a porta do carro, se transferiu habilmente para a cadeira de rodas e então estendeu a mão para ela:- Vem.Isabela olhou para ele, mas não colocou sua mão na dele, saindo do carro pelo outro lado por conta própria.Ela ol
Vendo que André não falava, Isabela não pôde evitar engolir em seco, explicando:- Eu estava pensando, você já se firmou no Grupo Almeida, e eu... - Ela entrelaçou nervosamente as mãos na roupa. - Eu estava esperando o Pedro sair, para então levar o Pedro, o João e os dois filhos para longe da Cidade S. Por isso, eu também não quero mais adiar isso. Afinal, será muito complicado voltar para resolver essas coisas depois que partirmos. - Dito isso, ela lançou um olhar para André, vendo que sua expressão não era das melhores, o que a deixou um pouco inquieta.Embora ela não tivesse feito nada de errado, para André, ela sempre se sentiu em falta, o que a fazia se sentir ainda mais vulnerável sobre o divórcio.André estava angustiado por dentro, mas não ousava recusar.Depois de um longo tempo, ele forçou um sorriso:- Este casamento foi algo que você fez para me ajudar, então, se você quiser se divorciar, eu definitivamente concordarei. Afinal, Isa, você é livre, eu não posso te prender, n