Isabela pensava e repensava, sem encontrar solução para o problema com Dario.Observando Juliana pelas câmeras de segurança, não conseguiu evitar franzir a testa.Duas questões pendentes, e nenhuma delas podia ser resolvida de imediato, o que era verdadeiramente frustrante.Especialmente a questão envolvendo Dario, pois quanto mais o tempo passava, maior se tornava o risco.Quem saberia o que Gabriel teria revelado a Dario? Se tudo viesse à tona, seria complicado para ela se livrar da situação.Com esses pensamentos, ela cerrou os punhos e golpeou a cama com força.Resolver o problema significava ir à sua origem.Foi então que ela decidiu ligar para aquela pessoa.O telefone tocou cinco vezes antes de ser atendido:- Isa, estou um pouco ocupado agora, posso te ligar depois? Tudo bem?Naquele momento, Gabriel estava na montanha onde Tomás foi visto pela última vez, procurando com uma lanterna, enquanto a intensidade do sinal era intermitente.Porém, Isabela desconhecia isso, pensando qu
Dario não sabia o que Isabela queria dizer com "se beneficia de ambos os lados", mas também não perguntou. Em vez disso, disse, com uma ponta de dor:- Senhorita Felícia, o amor familiar não pode ser comprado com dinheiro. Não importa o que você diga, o sangue que corre nas veias do Pedro é o mesmo que corre nas minhas; isso é um fato. Eu também não vou desistir do meu filho por dinheiro. Agora que já passei dos cinquenta, mais dinheiro não significa nada para mim. O que eu quero é apenas meu filho, poder estar com ele, compensá-lo.Isabela franziu a testa, sentindo uma dor de cabeça.Dario não queria dinheiro, o que tornava tudo mais complicado.De repente, seus olhos brilharam:- E sua filha? Ela não importa? Só quer o filho? Quanto à relação de sangue, é a mesma.- Senhorita Felícia, não é que eu não queira encontrar minha filha, é que Pedro não quer que eu me aproxime da irmã dele. Eu respeito os desejos do Pedro.Essas palavras soavam como se fossem verdadeiras...Se Isabela não s
Assim que entrou, viu Juliana encolhida em um canto, a cabeça enterrada entre os joelhos, de modo que seu rosto estava oculto.Isabela se manteve a cerca de dois metros de distância, sem se aproximar demais.- Ouvi dizer que você queria me ver?Ao ouvir a voz, Juliana estremeceu, levantando a cabeça lentamente e fixando o olhar em Isabela por um longo tempo, sem pronunciar palavras.Isabela avançou alguns passos:- Não me reconhece mais?De repente, Juliana se levantou de um salto e correu em direção a Isabela:- Eu me lembro de você! A pessoa que esbarrou comigo na porta do elevador!Isabela, assustada, recuou rapidamente e estendeu a mão em sinal de parada:- Não se aproxime assim, por que você queria me ver?Percebendo a defensiva de Isabela, Juliana subitamente fez um bico e as lágrimas começaram a correr.- Minha irmã me rejeita, eu só queria agradecer, por que você me rejeita também?Isabela estava visivelmente confusa com tal reação:- Você me chamou aqui apenas para chorar dian
- Eu não tenho...Juliana lutava para fugir, mas Isabela a segurava firmemente contra o chão.- Do que você tem medo? Tem medo de que eu vá matá-la para vingar a Sofia? Ou teme que, ao revelar a verdade, Mariana vá matá-la? Ou será que... - Isabela estreitou os olhos. - Seu medo é por outra pessoa?Juliana estremeceu, desviando o olhar, tentando se levantar novamente.- Eu não sei, não me pergunte, eu não sei de nada...- Mentira! Você finge ser louca porque sabe que aqui é o lugar mais seguro, não é? - Isabela não lhe dava chance de respirar, pressionando ela com o rosto vermelho de raiva. - Quem foi que te manteve presa esses quatro anos? Você tem medo dele?Juliana ficou pálida, tremendo de medo, balançando a cabeça:- Eu não sei, eu não sei, eu realmente não sei de nada, por favor, pare de me pressionar!- Tudo bem, você pode continuar fingindo ser louca, mas eu te digo, não vou perder meu tempo com você! - Isabela a soltou, se levantou, olhando ela de cima para baixo. - Se você qu
Depois de voltar ao quarto do hospital, Isabela permaneceu em silêncio, simplesmente sentada no sofá, abraçando o abdômen e olhando para o vazio.- Após aquela tentativa de sondagem, ficou claro para ela uma coisa: Juliana estava fingindo loucura!Mas por que ela faria isso?E, mais importante, por que estava prestes a revelar a verdade, mas começou a fingir novamente assim que viu Carina?- Fefe? - Carina, preocupada que o ferimento de Isabela pudesse ter se reaberto, chamou ela por um tempo sem receber resposta. Então, se aproximou e a empurrou levemente. - Fefe, seu ferimento reabriu?Isabela, perdida em seus pensamentos sobre o ocorrido, levou um susto com o toque e olhou friamente para trás:- O que você está fazendo?- Fefe... - Carina ficou assustada com o olhar dela e nervosamente torceu sua própria roupa. - O que... O que há com você?Percebendo que sua reação foi um pouco exagerada, Isabela rapidamente suavizou sua expressão e disse com um leve sorriso:- Desculpe, fiquei um
Flagrada por Pedro, Isabela rapidamente escondeu o celular atrás de si, dando um sorriso constrangido e disse:- Não, eu estava apenas abrindo a porta para ver por que a Caca ainda não tinha retornado.- Verdade? - Pedro olhou ela com desconfiança e, em seguida, se virou para observar na direção do elevador. - Ela ainda não subiu, vamos entrar; lá fora está frio.Para não levantar suspeitas em Pedro, ela teve que obedientemente segui-lo de volta ao quarto do hospital e então se deitou novamente na cama.- Ouvi dizer que você encontrou a Juliana esta manhã. Conseguiram descobrir algo?- Não, ela continua delirante.- Isa, não se apresse com isso. Afinal, ela já está aqui. Mais cedo ou mais tarde, vai acabar falando. - Pedro pegou uma laranja casualmente, se sentando ao lado dela e começou a descascá-la cuidadosamente. - Além disso, agora que a Mariana está internada no hospital psiquiátrico, ninguém mais pode ameaçar a vida da Juliana. Você deve se concentrar em se recuperar primeiro.-
Quando Valentino chegou, já era entardecer, e Pedro estava justamente levando uma marmita para o quarto. Ao ver Valentino, ele primeiro ficou surpreso e depois, de forma sutil, empurrou Valentino para o lado, se virando com um sorriso para Isabela e dizendo:- Fefe, não fique brava comigo, fiz o seu prato favorito.Isabela torceu a boca:- Eu amo frutos do mar, você não poderia fazer frutos do mar para mim?- Fefe, isso não é me colocar em uma situação difícil?- E ainda diz que vai me agradar. Tenho que controlar o que como e o que faço; não tenho nenhuma liberdade pessoal.Nesse momento, Valentino interveio:- Pedro, mesmo que ela tenha que evitar certos alimentos, comer um pouco ou provar não deve ser um problema, certo?Pedro franziu a testa, olhando como uma águia para ele:- Não é sua irmã, então você não se importa, certo? Isso não é da sua conta, vá embora, a Fefe também não precisa da sua ajuda.Valentino olhou com um olhar de cão abandonado para Isabela:- Fefe, parece que P
Pedro estava um tanto incerto e olhou novamente, mas desta vez, Valentino tinha um sorriso no canto do olho, não parecendo sinistro, mas sim cheio de sol e amabilidade.Será que ele tinha visto errado?Mas, mesmo que os olhos pudessem se enganar, como explicar o arrepio na pele?Será que ele estava assustando a si mesmo?- Pedro, por que você fica me olhando assim? Você realmente não quer me ver? - Valentino perguntou de repente, ao notar seu olhar fixo.Pedro rapidamente desviou o olhar, escondendo suas dúvidas, e respondeu com um tom de pouca paciência:- Eu só queria ver com que expressão você come a minha comida.Valentino sorriu abertamente:- Claro que é com um sorriso, Pedro, sua culinária é realmente boa, seria ótimo poder comer suas refeições mais frequentemente. - Disse ele, enquanto pegava um pedaço de pimenta e dava uma grande mordida no arroz.O vendo assim, Isabela sentiu uma pontada de compaixão e serviu a ele vários pedaços de carne:- Não coma só vegetais, coma também