- Eu não tenho...Juliana lutava para fugir, mas Isabela a segurava firmemente contra o chão.- Do que você tem medo? Tem medo de que eu vá matá-la para vingar a Sofia? Ou teme que, ao revelar a verdade, Mariana vá matá-la? Ou será que... - Isabela estreitou os olhos. - Seu medo é por outra pessoa?Juliana estremeceu, desviando o olhar, tentando se levantar novamente.- Eu não sei, não me pergunte, eu não sei de nada...- Mentira! Você finge ser louca porque sabe que aqui é o lugar mais seguro, não é? - Isabela não lhe dava chance de respirar, pressionando ela com o rosto vermelho de raiva. - Quem foi que te manteve presa esses quatro anos? Você tem medo dele?Juliana ficou pálida, tremendo de medo, balançando a cabeça:- Eu não sei, eu não sei, eu realmente não sei de nada, por favor, pare de me pressionar!- Tudo bem, você pode continuar fingindo ser louca, mas eu te digo, não vou perder meu tempo com você! - Isabela a soltou, se levantou, olhando ela de cima para baixo. - Se você qu
Depois de voltar ao quarto do hospital, Isabela permaneceu em silêncio, simplesmente sentada no sofá, abraçando o abdômen e olhando para o vazio.- Após aquela tentativa de sondagem, ficou claro para ela uma coisa: Juliana estava fingindo loucura!Mas por que ela faria isso?E, mais importante, por que estava prestes a revelar a verdade, mas começou a fingir novamente assim que viu Carina?- Fefe? - Carina, preocupada que o ferimento de Isabela pudesse ter se reaberto, chamou ela por um tempo sem receber resposta. Então, se aproximou e a empurrou levemente. - Fefe, seu ferimento reabriu?Isabela, perdida em seus pensamentos sobre o ocorrido, levou um susto com o toque e olhou friamente para trás:- O que você está fazendo?- Fefe... - Carina ficou assustada com o olhar dela e nervosamente torceu sua própria roupa. - O que... O que há com você?Percebendo que sua reação foi um pouco exagerada, Isabela rapidamente suavizou sua expressão e disse com um leve sorriso:- Desculpe, fiquei um
Flagrada por Pedro, Isabela rapidamente escondeu o celular atrás de si, dando um sorriso constrangido e disse:- Não, eu estava apenas abrindo a porta para ver por que a Caca ainda não tinha retornado.- Verdade? - Pedro olhou ela com desconfiança e, em seguida, se virou para observar na direção do elevador. - Ela ainda não subiu, vamos entrar; lá fora está frio.Para não levantar suspeitas em Pedro, ela teve que obedientemente segui-lo de volta ao quarto do hospital e então se deitou novamente na cama.- Ouvi dizer que você encontrou a Juliana esta manhã. Conseguiram descobrir algo?- Não, ela continua delirante.- Isa, não se apresse com isso. Afinal, ela já está aqui. Mais cedo ou mais tarde, vai acabar falando. - Pedro pegou uma laranja casualmente, se sentando ao lado dela e começou a descascá-la cuidadosamente. - Além disso, agora que a Mariana está internada no hospital psiquiátrico, ninguém mais pode ameaçar a vida da Juliana. Você deve se concentrar em se recuperar primeiro.-
Quando Valentino chegou, já era entardecer, e Pedro estava justamente levando uma marmita para o quarto. Ao ver Valentino, ele primeiro ficou surpreso e depois, de forma sutil, empurrou Valentino para o lado, se virando com um sorriso para Isabela e dizendo:- Fefe, não fique brava comigo, fiz o seu prato favorito.Isabela torceu a boca:- Eu amo frutos do mar, você não poderia fazer frutos do mar para mim?- Fefe, isso não é me colocar em uma situação difícil?- E ainda diz que vai me agradar. Tenho que controlar o que como e o que faço; não tenho nenhuma liberdade pessoal.Nesse momento, Valentino interveio:- Pedro, mesmo que ela tenha que evitar certos alimentos, comer um pouco ou provar não deve ser um problema, certo?Pedro franziu a testa, olhando como uma águia para ele:- Não é sua irmã, então você não se importa, certo? Isso não é da sua conta, vá embora, a Fefe também não precisa da sua ajuda.Valentino olhou com um olhar de cão abandonado para Isabela:- Fefe, parece que P
Pedro estava um tanto incerto e olhou novamente, mas desta vez, Valentino tinha um sorriso no canto do olho, não parecendo sinistro, mas sim cheio de sol e amabilidade.Será que ele tinha visto errado?Mas, mesmo que os olhos pudessem se enganar, como explicar o arrepio na pele?Será que ele estava assustando a si mesmo?- Pedro, por que você fica me olhando assim? Você realmente não quer me ver? - Valentino perguntou de repente, ao notar seu olhar fixo.Pedro rapidamente desviou o olhar, escondendo suas dúvidas, e respondeu com um tom de pouca paciência:- Eu só queria ver com que expressão você come a minha comida.Valentino sorriu abertamente:- Claro que é com um sorriso, Pedro, sua culinária é realmente boa, seria ótimo poder comer suas refeições mais frequentemente. - Disse ele, enquanto pegava um pedaço de pimenta e dava uma grande mordida no arroz.O vendo assim, Isabela sentiu uma pontada de compaixão e serviu a ele vários pedaços de carne:- Não coma só vegetais, coma também
Ao sair do hospital, ela não foi longe, mas se dirigiu ao pequeno parque do outro lado da rua.Durante esses dias todos, confinada no quarto do hospital, não teve a chance de sair sozinha para respirar um pouco de ar fresco. Por isso, fez questão de chamar Valentino, justamente para desviar a atenção de Pedro e Carina e ter a oportunidade de dar uma volta.No entanto, mesmo caminhando, não conseguia deixar de pensar naquelas coisas.A situação de Juliana, Carina estava certa, afinal, ela estava aqui, não havia necessidade de tanta pressa.Mas, e quanto a Dario e Tomás? Ainda se sentia inquieta.Se todo o esquema por trás fosse realmente de Gabriel, o que deveria fazer?Ou melhor, o que ainda poderia fazer...Só de pensar naquele homem, se sentia impotente, desesperada e dolorida.Isabela pegou o celular para ver as horas; já eram nove da noite, mais de um dia desde a última vez que havia falado com Dario. Era hora de tomar uma decisão.Então, ligou para Dario, querendo saber se ele es
Um homem robusto deu a Isabela cinco ou seis bofetadas seguidas, até que o rosto pálido dela ficasse vermelho e inchado, com sangue escorrendo do canto da boca, antes de finalmente parar. Em seguida, arrastou uma cadeira para perto, levantou Isabela e a jogou sobre a cadeira, antes de amarrá-la firmemente com uma corda.- Chefe, está tudo amarrado. Começamos a transmissão ao vivo agora?Assim que terminou de perguntar, um homem de terno e sapatos de couro apareceu na porta.Isabela franzia a testa de dor, sentindo que conhecia o homem de algum lugar, mas não conseguia lembrar onde o tinha visto.O homem de terno olhou para Isabela e disse ao homem robusto:- Primeiro, monte o celular.- Sim. - Em seguida, o homem de terno caminhou até Isabela, segurou com força seu queixo e soltou uma risada fria. - Parece que você ainda tem pena das mulheres, foi leve demais.O homem robusto rapidamente se defendeu:- Chefe, eu não fui. - Dizendo isso, ele balançou o punho em direção a Isabela. Mas
No último andar da Grupo Marques, na grande sala de reuniões, a chamada ainda não havia sido encerrada quando Gabriel se levantou e começou a caminhar em direção à porta. Ao ver isso, o parceiro comercial do outro lado franziu a testa em desagrado e ameaçou:- Sr. Gabriel, o que significa isso? Você não deseja mais colaborar?Mas Gabriel, sem nem sequer lançar um olhar para eles, abriu a porta e saiu.- Senhores, o presidente não quis dizer isso. Peço que mantenham a calma. Irei buscar o presidente imediatamente. - Rodrigo disse, enquanto enxugava o suor frio e sorria tentando acalmar os parceiros comerciais.Os parceiros comerciais lançaram um olhar severo para Rodrigo e resmungaram:- Vocês têm cinco minutos. Não vamos esperar mais! Há muitos que desejam colaborar conosco; não precisamos especificamente da empresa de vocês. Além disso, agora é o Grupo Marques que deve nos procurar para colaborar! Façam o seu Sr. Gabriel entender a situação! A Grupo Marques de hoje não é mais o mesmo