Um homem robusto deu a Isabela cinco ou seis bofetadas seguidas, até que o rosto pálido dela ficasse vermelho e inchado, com sangue escorrendo do canto da boca, antes de finalmente parar. Em seguida, arrastou uma cadeira para perto, levantou Isabela e a jogou sobre a cadeira, antes de amarrá-la firmemente com uma corda.- Chefe, está tudo amarrado. Começamos a transmissão ao vivo agora?Assim que terminou de perguntar, um homem de terno e sapatos de couro apareceu na porta.Isabela franzia a testa de dor, sentindo que conhecia o homem de algum lugar, mas não conseguia lembrar onde o tinha visto.O homem de terno olhou para Isabela e disse ao homem robusto:- Primeiro, monte o celular.- Sim. - Em seguida, o homem de terno caminhou até Isabela, segurou com força seu queixo e soltou uma risada fria. - Parece que você ainda tem pena das mulheres, foi leve demais.O homem robusto rapidamente se defendeu:- Chefe, eu não fui. - Dizendo isso, ele balançou o punho em direção a Isabela. Mas
No último andar da Grupo Marques, na grande sala de reuniões, a chamada ainda não havia sido encerrada quando Gabriel se levantou e começou a caminhar em direção à porta. Ao ver isso, o parceiro comercial do outro lado franziu a testa em desagrado e ameaçou:- Sr. Gabriel, o que significa isso? Você não deseja mais colaborar?Mas Gabriel, sem nem sequer lançar um olhar para eles, abriu a porta e saiu.- Senhores, o presidente não quis dizer isso. Peço que mantenham a calma. Irei buscar o presidente imediatamente. - Rodrigo disse, enquanto enxugava o suor frio e sorria tentando acalmar os parceiros comerciais.Os parceiros comerciais lançaram um olhar severo para Rodrigo e resmungaram:- Vocês têm cinco minutos. Não vamos esperar mais! Há muitos que desejam colaborar conosco; não precisamos especificamente da empresa de vocês. Além disso, agora é o Grupo Marques que deve nos procurar para colaborar! Façam o seu Sr. Gabriel entender a situação! A Grupo Marques de hoje não é mais o mesmo
- Como eu poderia saber? - O homem de terno se endireitou, olhando ela com desprezo. - Srta. Isabela, você não acha que seu disfarce é perfeito, não é?Ela havia enganado tantas pessoas, até mesmo Mariana não havia descoberto; como os outros poderiam...De repente, sua respiração parou, e ela começou a tremer involuntariamente.Será que foi ele?Ela olhou rapidamente para o homem de terno, segurando a ansiedade em seu coração.- Foi Dario que mandou vocês?O homem de terno hesitou por um momento e sorriu.- O que você acha?Tinha que ser Dario!Entre as pessoas que sabiam de sua identidade, apenas Dario faria algo assim.Mas...Gabriel era o chefe de Dario. Como ele usaria ela para chantagear seu próprio chefe? Não deveria usá-la para chantagear Pedro?Ou será que o verdadeiro mandante por trás disso não era o Dario, mas outra pessoa?Com esse pensamento, Isabela sentiu uma dor aguda, quase não conseguindo respirar.Outra resposta estava prestes a surgir, mas ela não ousava perguntar.
Ao ouvir isso, Isabela abruptamente abriu os olhos, se virando atônita na direção da porta.E então, viu Gabriel segurando uma mala preta, respirando pesadamente, seus olhos sombrios e ameaçadores fixados nela.Num instante, seu coração parou, e ela ficou petrificada no lugar, se esquecendo até de respirar.Ele... Realmente veio!Isabela não podia acreditar no que seus olhos viam, mas a dor aguda em seu pescoço lembrava ela de que aquela era a realidade.Gabriel veio; ele não era o manipulador por trás de tudo, ele... Realmente veio salvá-la...O homem de terno, ao ver Gabriel, espiou rapidamente para fora, se certificando de que Gabriel estava sozinho, e disse com um sorriso frio:- Sr. Gabriel, eu pensei que o senhor não viria.Gabriel, sem vontade de perder tempo com palavras, lançou a mala para frente, apertou os punhos e o encarou friamente:- Solte ela, pegue o dinheiro e desapareça!O homem de terno acenou para um brutamontes pegar o dinheiro, então cortou as amarras de Isabela,
Neste momento, dentro do edifício inacabado.Ao perceber que não conseguia escapar pulando o muro, o homem forte decidiu correr pela porta da frente.Ao notar isso, Gabriel avançou diretamente sobre ele, o derrubando no chão, prendendo seu pescoço com as pernas e agarrando o braço direito do homem, tentando imobilizá-lo.Contudo, a ferida em seu abdômen, ainda não cicatrizada, se reabriu após o confronto, causando uma dor lancinante que o deixava quase sem forças.Mas, para ganhar mais tempo para Isabela escapar, ele simplesmente não podia se dar ao luxo de se preocupar com isso.Ele usou toda sua força para prender firmemente o homem forte, e justo quando estava prestes a deslocar o braço do homem, o homem de terno se levantou do chão e apunhalou seu ombro por trás.Gabriel sentiu a dor, mas não ousou relaxar a força em suas pernas e mãos.- Solte ele!No instante seguinte, sentiu uma arma encostada em sua têmpora.O corpo de Gabriel ficou rígido, mas suas mãos permaneceram firmes:-
- Gabi! - Isabela, desesperada, abraçou o corpo pesado de Gabriel, chorando e chamando seu nome. - Gabriel, você não pode dormir agora, eu não consigo te levar sozinha!Ela realmente não conseguia...Mas naquele momento, Gabriel, coberto de sangue e com o rosto pálido, estava prestes a entrar em choque por perda excessiva de sangue. Parecia que ela não tinha escolha.Então, enquanto chorava, ela começou a arrastá-lo para fora.- Gabriel, se você não acordar, eu juro que vou te odiar pelo resto da minha vida. Mesmo que você morra, eu não irei ao seu túmulo! - Isabela tremia ao dizer. - Depois que você for cremado, eu espalharei suas cinzas, para que você nunca possa reencarnar!Ofegante, Isabela continuou arrastando e murmurando:- Gabriel, você está ouvindo? Estou dizendo, não finja estar morto, não pense que pode se livrar disso só porque veio me salvar. Não serei grata se você morrer, isso é o que você me deve! E sobre o assunto da Giulia, estou te dizendo, se ela ousar me incomodar
No momento em que Gabriel estava prestes a cair para a frente, Isabela subitamente se virou e segurou seu braço.Na verdade, a ferida em seu corpo já se havia aberto havia tempo, e ela sentia uma dor aguda no abdômen toda vez que fazia algum esforço.Mas, ao ver Gabriel quase perdendo a vida enquanto tentava se explicar com tanto esforço, como poderia ela se dar ao luxo de expressar sua dor?Para que duas pessoas feridas sobrevivessem, uma delas teria que ser forte o suficiente para aguentar.Olhando para o homem coberto de sangue à sua frente, ela respirou fundo, apertou os dentes e levantou Gabriel do chão, colocando o braço dele sobre seu ombro.- Gabriel, consegue andar?Gabriel murmurou, confuso, depois virou a cabeça para olhá-la, embora de forma turva:- Você... Acredita em mim, não é?Isabela ficou sem palavras, ainda discutindo sobre confiança nessa situação...Mas desta vez, ela não o repreendeu, apenas acenou com a cabeça:- Eu acredito que você não mandou o Dario fazer isso
Isabela não sabia como tinha conseguido chegar ao hospital, apenas se lembrava de ter colocado Gabriel no banco de trás do carro e acelerado em direção ao hospital.No início, Gabriel ainda conversava com ela, mas depois ficou completamente silencioso.Ela, por sua vez, começou a perder a consciência devido à perda excessiva de sangue, dirigindo quase que por pura força de vontade.Assim que chegaram ao hospital, desceu do carro apressadamente para chamar os médicos, e ao ver os médicos e enfermeiros correndo em sua direção com a maca, sentiu um alívio imenso, e então tudo escureceu e ela desmaiou.- Senhorita? Srta. Felícia?Ouviu uma enfermeira chamá-la, tentou responder, mas percebeu que não conseguia ouvir sua própria voz.E então, as vozes foram ficando cada vez mais distantes, mais difusas......Quando acordou, Gabriel ainda estava sendo reanimado. Tentou se levantar para ver o que estava acontecendo, mas foi impedida por alguém ao seu lado.- Isa, o que aconteceu, afinal? Você