Neste momento, dentro do edifício inacabado.Ao perceber que não conseguia escapar pulando o muro, o homem forte decidiu correr pela porta da frente.Ao notar isso, Gabriel avançou diretamente sobre ele, o derrubando no chão, prendendo seu pescoço com as pernas e agarrando o braço direito do homem, tentando imobilizá-lo.Contudo, a ferida em seu abdômen, ainda não cicatrizada, se reabriu após o confronto, causando uma dor lancinante que o deixava quase sem forças.Mas, para ganhar mais tempo para Isabela escapar, ele simplesmente não podia se dar ao luxo de se preocupar com isso.Ele usou toda sua força para prender firmemente o homem forte, e justo quando estava prestes a deslocar o braço do homem, o homem de terno se levantou do chão e apunhalou seu ombro por trás.Gabriel sentiu a dor, mas não ousou relaxar a força em suas pernas e mãos.- Solte ele!No instante seguinte, sentiu uma arma encostada em sua têmpora.O corpo de Gabriel ficou rígido, mas suas mãos permaneceram firmes:-
- Gabi! - Isabela, desesperada, abraçou o corpo pesado de Gabriel, chorando e chamando seu nome. - Gabriel, você não pode dormir agora, eu não consigo te levar sozinha!Ela realmente não conseguia...Mas naquele momento, Gabriel, coberto de sangue e com o rosto pálido, estava prestes a entrar em choque por perda excessiva de sangue. Parecia que ela não tinha escolha.Então, enquanto chorava, ela começou a arrastá-lo para fora.- Gabriel, se você não acordar, eu juro que vou te odiar pelo resto da minha vida. Mesmo que você morra, eu não irei ao seu túmulo! - Isabela tremia ao dizer. - Depois que você for cremado, eu espalharei suas cinzas, para que você nunca possa reencarnar!Ofegante, Isabela continuou arrastando e murmurando:- Gabriel, você está ouvindo? Estou dizendo, não finja estar morto, não pense que pode se livrar disso só porque veio me salvar. Não serei grata se você morrer, isso é o que você me deve! E sobre o assunto da Giulia, estou te dizendo, se ela ousar me incomodar
No momento em que Gabriel estava prestes a cair para a frente, Isabela subitamente se virou e segurou seu braço.Na verdade, a ferida em seu corpo já se havia aberto havia tempo, e ela sentia uma dor aguda no abdômen toda vez que fazia algum esforço.Mas, ao ver Gabriel quase perdendo a vida enquanto tentava se explicar com tanto esforço, como poderia ela se dar ao luxo de expressar sua dor?Para que duas pessoas feridas sobrevivessem, uma delas teria que ser forte o suficiente para aguentar.Olhando para o homem coberto de sangue à sua frente, ela respirou fundo, apertou os dentes e levantou Gabriel do chão, colocando o braço dele sobre seu ombro.- Gabriel, consegue andar?Gabriel murmurou, confuso, depois virou a cabeça para olhá-la, embora de forma turva:- Você... Acredita em mim, não é?Isabela ficou sem palavras, ainda discutindo sobre confiança nessa situação...Mas desta vez, ela não o repreendeu, apenas acenou com a cabeça:- Eu acredito que você não mandou o Dario fazer isso
Isabela não sabia como tinha conseguido chegar ao hospital, apenas se lembrava de ter colocado Gabriel no banco de trás do carro e acelerado em direção ao hospital.No início, Gabriel ainda conversava com ela, mas depois ficou completamente silencioso.Ela, por sua vez, começou a perder a consciência devido à perda excessiva de sangue, dirigindo quase que por pura força de vontade.Assim que chegaram ao hospital, desceu do carro apressadamente para chamar os médicos, e ao ver os médicos e enfermeiros correndo em sua direção com a maca, sentiu um alívio imenso, e então tudo escureceu e ela desmaiou.- Senhorita? Srta. Felícia?Ouviu uma enfermeira chamá-la, tentou responder, mas percebeu que não conseguia ouvir sua própria voz.E então, as vozes foram ficando cada vez mais distantes, mais difusas......Quando acordou, Gabriel ainda estava sendo reanimado. Tentou se levantar para ver o que estava acontecendo, mas foi impedida por alguém ao seu lado.- Isa, o que aconteceu, afinal? Você
- Pedro, você sabe o quanto é irritante? - Isabela soltou a mão dele e prosseguiu. - Você claramente não consegue acertar em nada, mas sempre insiste em resolver as coisas por conta própria e, no fim, sou eu quem tem que arrumar o seu estrago. Pedro, estou realmente exausta. Me deixe respirar um pouco e vá embora.- Não pense que, só porque você cuidou da Dulce por alguns dias e preparou algumas refeições para mim, vou tratá-lo bem incondicionalmente! - Isabela apertou os punhos, olhou para cima, em direção a Pedro, e com um sorriso sarcástico, disse. - Se lembre, você não é meu irmão de sangue, não tenho nenhuma obrigação de defendê-lo contra o Dario ou de permitir que fique. Esta é a última vez que ajudo você, depois disso...Antes que ela terminasse, Pedro a interrompeu subitamente:- É isso o que você realmente pensa?Olhando nos olhos tristes dele, Isabela sentiu um aperto no coração, mas as palavras já haviam sido ditas, e ela precisava ir até o fim.Então, cravou as unhas na pró
Isabela percebeu algo estranho e, franzindo a testa, perguntou:- Caca, onde o Pedro foi, afinal?Carina engoliu em seco, mordendo o lábio nervosamente:- Ele disse que foi ver a Dulce, deve estar voltando logo.- Você está mentindo.Carina deu uma risada nervosa, com a mão tremendo:- Fefe, como eu poderia mentir para você? Ele vai voltar logo, aí você pode perguntar para ele.- Se não está mentindo, por que não consegue olhar nos meus olhos quando fala?- Estou arrumando a mesa, e além disso, eu normalmente...Antes que ela pudesse terminar, Isabela já a tinha virado para ela, segurando seu queixo gentilmente, fazendo ela olhar em seus olhos:- Caca, proteger ele desse jeito é prejudicá-lo, você sabe disso?- Fefe, eu... - Carina olhou para ela com dificuldade, franzindo a testa, sem conseguir falar.Ela estava em conflito.Sabia que dizer a verdade para Isa era o correto, mas depois de ver como Isa falou com Pedro anteriormente, estava preocupada que eles voltassem a brigar, então p
Amnésia...Ao ouvir que poderia perder a memória, Isabela sentiu um turbilhão de emoções.Se ele a esquecesse, então não haveria mais enredos entre eles, certo?Pensando assim, parecia até algo bom.Ele não viria mais atrás dela, implorando por seu perdão, pedindo para que ela acreditasse nele, muito menos apareceria do nada perturbando sua vida, mas...Eles estiveram enredados por quase vinte anos; se de repente ele a esquecesse, não seria como se os últimos vinte anos de sua vida tivessem sido em vão?Isabela ficou em silêncio por um momento e, de repente, sorriu ironicamente:- Se ele realmente perder a memória, também será bom, ao pó retornará, à terra retornará, tudo não passará de um sonho efêmero.- Isa?Isabela levantou os olhos para olhar para Cláudio:- Obrigada, vou contar com você nas próximas vinte e quatro horas.Cláudio olhou para os lábios pálidos e sem cor dela, franzindo a testa, estendeu a mão para segurar seu braço:- Pronto, você também está ferida. Não pense em na
Ao ouvir isso, Isabela sentiu um arrepio. Meio incrédula, perguntou:- Verdade?- Claro que é verdade! - Respondeu ele.Isabela estava com uma expressão de desconfiança. Rodrigo, temendo que Isabela não acreditasse, se apressou em adicionar:- Senhora, o que você acha que ele fez ao bloquear aquela facada na porta do jardim de infância por você? Foi por aquela mulher? Não, foi por você, senhora! - Continuou Rodrigo. - Além disso, você sabia que, mesmo inconsciente, ele ainda pensava em você, preocupado que aquela mulher pudesse lhe fazer mal? Então, ele me mandou cuidar disso.Rodrigo fez uma pausa antes de continuar:- Depois, ao saber que você foi esfaqueada, ele veio te ver sem se importar com a febre que tinha. Quando o segui, descobri que ele estava apenas escondido do lado de fora, olhando para você secretamente. Eu perguntei o por quê. Ele disse que era porque você não queria vê-lo, não queria sujar seus olhos! - Rodrigo falou, emocionado. - E desta vez, assim que soube que você