- Pedro, você sabe o quanto é irritante? - Isabela soltou a mão dele e prosseguiu. - Você claramente não consegue acertar em nada, mas sempre insiste em resolver as coisas por conta própria e, no fim, sou eu quem tem que arrumar o seu estrago. Pedro, estou realmente exausta. Me deixe respirar um pouco e vá embora.- Não pense que, só porque você cuidou da Dulce por alguns dias e preparou algumas refeições para mim, vou tratá-lo bem incondicionalmente! - Isabela apertou os punhos, olhou para cima, em direção a Pedro, e com um sorriso sarcástico, disse. - Se lembre, você não é meu irmão de sangue, não tenho nenhuma obrigação de defendê-lo contra o Dario ou de permitir que fique. Esta é a última vez que ajudo você, depois disso...Antes que ela terminasse, Pedro a interrompeu subitamente:- É isso o que você realmente pensa?Olhando nos olhos tristes dele, Isabela sentiu um aperto no coração, mas as palavras já haviam sido ditas, e ela precisava ir até o fim.Então, cravou as unhas na pró
Isabela percebeu algo estranho e, franzindo a testa, perguntou:- Caca, onde o Pedro foi, afinal?Carina engoliu em seco, mordendo o lábio nervosamente:- Ele disse que foi ver a Dulce, deve estar voltando logo.- Você está mentindo.Carina deu uma risada nervosa, com a mão tremendo:- Fefe, como eu poderia mentir para você? Ele vai voltar logo, aí você pode perguntar para ele.- Se não está mentindo, por que não consegue olhar nos meus olhos quando fala?- Estou arrumando a mesa, e além disso, eu normalmente...Antes que ela pudesse terminar, Isabela já a tinha virado para ela, segurando seu queixo gentilmente, fazendo ela olhar em seus olhos:- Caca, proteger ele desse jeito é prejudicá-lo, você sabe disso?- Fefe, eu... - Carina olhou para ela com dificuldade, franzindo a testa, sem conseguir falar.Ela estava em conflito.Sabia que dizer a verdade para Isa era o correto, mas depois de ver como Isa falou com Pedro anteriormente, estava preocupada que eles voltassem a brigar, então p
Amnésia...Ao ouvir que poderia perder a memória, Isabela sentiu um turbilhão de emoções.Se ele a esquecesse, então não haveria mais enredos entre eles, certo?Pensando assim, parecia até algo bom.Ele não viria mais atrás dela, implorando por seu perdão, pedindo para que ela acreditasse nele, muito menos apareceria do nada perturbando sua vida, mas...Eles estiveram enredados por quase vinte anos; se de repente ele a esquecesse, não seria como se os últimos vinte anos de sua vida tivessem sido em vão?Isabela ficou em silêncio por um momento e, de repente, sorriu ironicamente:- Se ele realmente perder a memória, também será bom, ao pó retornará, à terra retornará, tudo não passará de um sonho efêmero.- Isa?Isabela levantou os olhos para olhar para Cláudio:- Obrigada, vou contar com você nas próximas vinte e quatro horas.Cláudio olhou para os lábios pálidos e sem cor dela, franzindo a testa, estendeu a mão para segurar seu braço:- Pronto, você também está ferida. Não pense em na
Ao ouvir isso, Isabela sentiu um arrepio. Meio incrédula, perguntou:- Verdade?- Claro que é verdade! - Respondeu ele.Isabela estava com uma expressão de desconfiança. Rodrigo, temendo que Isabela não acreditasse, se apressou em adicionar:- Senhora, o que você acha que ele fez ao bloquear aquela facada na porta do jardim de infância por você? Foi por aquela mulher? Não, foi por você, senhora! - Continuou Rodrigo. - Além disso, você sabia que, mesmo inconsciente, ele ainda pensava em você, preocupado que aquela mulher pudesse lhe fazer mal? Então, ele me mandou cuidar disso.Rodrigo fez uma pausa antes de continuar:- Depois, ao saber que você foi esfaqueada, ele veio te ver sem se importar com a febre que tinha. Quando o segui, descobri que ele estava apenas escondido do lado de fora, olhando para você secretamente. Eu perguntei o por quê. Ele disse que era porque você não queria vê-lo, não queria sujar seus olhos! - Rodrigo falou, emocionado. - E desta vez, assim que soube que você
- Isa, ninguém aqui está te culpando. - Após dizer isso, Cláudio lançou um olhar severo para Rodrigo, sinalizando para ele dizer algo que compensasse.Rodrigo engoliu em seco. Agora, que a adrenalina havia passado, começava a sentir medo de verdade.Especialmente depois de perceber que havia falado demais sobre coisas que o senhor havia proibido, não pôde evitar se sentir culpado.Agora, vendo Isabela se culpar continuamente, se sentia ainda mais arrependido e baixou a cabeça:- Senhora, as palavras que disse não foram para te culpar; eu só queria que a senhora não entendesse mal o senhor.- Deixe para lá. - Isabela ergueu a cabeça para secar as lágrimas e forçou um sorriso mais feio que choro. - Não é sua culpa; você é assistente dele; é normal falar em seu nome.- Não é isso, senhora. Eu não acho que o senhor estivesse certo há quatro anos; naquela época, eu estava ao lado da senhora. Eu só não quero mais que a senhora e o senhor continuem se torturando mutuamente; eu... - Rodrigo mo
Isabela ainda não havia se recuperado do choque com Gabriel e se virou, atônita:- O que você disse?Carina mordeu o lábio, reunindo coragem para repetir:- Pedro aproveitou que você estava desmaiada para ir atrás do Dario. Disse que queria perguntar...Antes que Carina terminasse, Isabela já havia reagido completamente, arregalando os olhos:- O quê? Ele foi atrás do Dario?- Sim... Eu prometi a ele que não te contaria, mas eu...Isabela não teve tempo de acalmar os ânimos de Carina e começou a caminhar para fora.Cláudio lançou um olhar para Carina e a seguiu:- Você não está pensando em ir atrás do Dario agora, está?- Estou. Não posso deixar que algo aconteça com Pedro.- Volte para o quarto do hospital. Eu vou!- Você vai? - Isabela recusou diretamente.- Ir não adiantará nada. Dario não tem medo de você.- E você indo adiantará? Dario vai ter medo de você? Se não fosse por você correndo para fora a cada dois dias, sua ferida já teria cicatrizado. Você não pode pensar na Dulce e s
Logo em seguida, ela abaixou a cabeça e viu no chão uma poça de sangue com uma pessoa caída...Seu corpo ficou rígido, o sangue em suas veias congelou instantaneamente, deixando ela sem conseguir respirar.Antes que pudesse se recuperar, Pedro se virou de repente, os olhos vermelhos de sangue fixos nela. Ao reconhecê-la, sua expressão relaxou imediatamente, e sua voz tremeu:- Isa?Ao ver Pedro enfraquecer e começar a cair, Isabela correu para segurá-lo.Depois de fazê-lo sentar, apoiado na parede, ela foi até a porta, olhou ao redor para confirmar que não havia ninguém por perto e, então, fechou ela rapidamente, caindo sentada no chão, com as pernas fracas.Ela tremia inteira, mas sabia que não tinha tempo para pânico ou medo; precisava limpar o local rapidamente e levar Pedro embora.Depois de um tempo, levantou a cabeça para olhar para Pedro, pálido como um fantasma:- A pessoa... Foi você quem matou?Pedro, aterrorizado, olhou para ela, hesitou por um momento e então negou veemente
Isabela, cujo corpo ainda não se recuperou completamente, se viu obrigada a descer do 35º andar, uma tarefa que quase lhe custou a vida.Já na metade do caminho, ofegante, começou a se sentir fraca, enquanto a ferida em seu abdômen se reabria, manchando de sangue suas roupas.Mas ela não parou, ciente de que o tempo era crucial.Se parasse, aumentaria significativamente a chance de ser descoberta, o que tornaria ainda mais difícil se livrar das suspeitas.Pedro a seguia, observando Isabela com lágrimas na testa e lábios pálidos, quando de repente se deu conta.Anteriormente, ela havia gritado no hospital, afirmando ser um fardo...No entanto, agora, ela arriscava sua vida descendo 35 andares e ainda tentava resolver a situação por ele.Naquele momento, Pedro percebeu que Isabela estava certa.Ele de fato era um fardo, incapaz de acertar em nada, sempre achando que poderia resolver tudo sozinho, mas no final, era Isabela quem tinha que resolver a situação.Ele merecia morrer!De repente