Pedro não pôde evitar revirar os olhos:- É a Juliana, não se deve chamar as pessoas por nomes errados se você não as conhece!Carina fez uma careta:- Como eu ia saber? Eu não a conheço.- Leve a Isa para descansar.Carina acenou com a cabeça.Ela segurou o braço de Isabela, puxando ela suavemente:- Fefe, vamos voltar para o quarto do hospital, seu ferimento... - Ela parou ao notar o sangue na roupa de Isabela. - Seu ferimento voltou a sangrar agora? Fefe, o que aconteceu? Precisamos voltar imediatamente para o quarto para chamarmos...- Não é nada, só voltou a sangrar quando saímos do elevador e a Juliana esbarrou em mim. A enfermeira já cuidou disso com um novo curativo.Isabela resistia:- Eu quero esperar aqui até ela acordar."Preciso saber, ela é realmente a Juliana? O que aconteceu nesses quatro anos e o que se passou naquele tempo..."- Isa, vá descansar. Eu vou ficar de olho aqui e te aviso assim que ela acordar, para você vir. - Disse Cláudio, franzindo o cenho. - Você sabe
- Pepe, prometo que não vou me autodestruir, mas você também tem que prometer que não vai esconder de mim qualquer contato com o Dario. Vamos pensar em outra solução, pode ser?Pedro ficou surpreso por um momento, mas depois assentiu:- Palavra é palavra, não me engane.Isabela sorriu e puxou o braço dele:- Pepe, desta vez confia em mim?A mudança de atitude dela foi tão súbita que deixou Pedro meio desconfiado.No entanto, vendo ela assim, ele não teve coragem de dizer nada e apenas concordou com a cabeça.Quando Carina voltou, os três jantaram juntos e depois ficaram todos sentados no quarto, observando as câmeras de vigilância.Parecia que, enquanto Juliana não despertasse, nenhum deles iria dormir.- Fefe, quem é essa Juliana, afinal? Por que você e meu primo ficam tão tensos com a presença dela? - Carina hesitou por muito tempo, mas finalmente fez a pergunta.- Você se lembra da Sofia? É sobre ela.Carina empalideceu e mordeu o lábio:- Sim, claro que me lembro, a mulher que meu
Nessa noite, Isabela quase não conseguiu dormir. Mal pegava no sono e já se assustava, acordando e olhando ansiosamente para o monitor de vigilância, repetindo o processo várias vezes até que o sono desaparecesse completamente. Ficou de olhos abertos até o amanhecer.Por isso, quando o dia chegou, ela mal podia se levantar, exausta, se apoiando na cabeceira da cama, mas seus olhos ainda estavam fixos no monitor.- Fefe, ela se mexeu! Se mexeu!Isabela, sem se recuperar, perguntou com as pálpebras pesadas:- Quem se mexeu?- Aquela mulher!Carina se levantou, apontando para o monitor, e disse:- Ela acordou! Vou chamar o médico. - E, dito isso, correu para fora.Quando Isabela se recuperou, Carina já tinha desaparecido.Juliana havia acordado!Ela nem teve tempo de calçar os sapatos, correu descalça e segurando o abdômen até o quarto de Juliana.- Doutor, como ela está?O médico, após examiná-la com o estetoscópio, respondeu:- Não há grandes problemas com a saúde dela no momento, mas
Isabela ficou chocada, instantaneamente silenciada, ao olhar fixamente para Juliana, que se encolhia sob a cama.- Isa, ela enlouqueceu, agora não adianta mais perguntar, nós...- Não! - Gritou Isabela, desesperada.Sem esperar que Pedro terminasse, Isabela negou friamente:- Não, ela não pode estar louca! Ela está fingindo! Com certeza está fingindo!- Isa...- Me solte!Isabela mordeu o braço dele, forçando Pedro a soltá-la, e então correu para puxar Juliana, que estava no chão, com os olhos vermelhos e a voz rouca e aguda:- Juliana, eu te digo, não pense que fingindo de louca você pode escapar! Já que veio até aqui, eu vou fazer você falar! Se você não me contar a verdade, eu juro que vou fazer sua vida ser pior que a morte!- Isa...Pedro e Carina tentaram puxá-la, mas Isabela se recusou a soltar, segurando firmemente a gola de Juliana:- Juliana, vou estar de olho em você, não pense que pode me enganar!- Chega! - Cláudio entrou, afastou as mãos de Isabela e sinalizou para Pedro.
Ao ouvir essa notícia, Isabela não se mostrou tão animada quanto esperado, simplesmente retirou o braço, falando de maneira indiferente:- E daí? Ela ainda precisa falar.Pedro se sentiu um tanto impotente.Ele conhecia bem o temperamento de Isabela e sabia que persuadi-la seria inútil, então decidiu não insistir no assunto.- Tudo bem, já que ela não quer falar por agora, jejuar por ela também não faz sentido. - Disse ele, abrindo a caixa de comida e abanando o vapor quente. - Que tal? Está cheirosa?Ao sentir o aroma, Isabela engoliu em seco:- Galinhada?- Sim, vi que você não tem tido muito apetite ultimamente, então pensei em fazer algo mais forte para mudar um pouco o seu paladar.Isabela se aproximou para cheirar e não pôde evitar espirrar:- Quanta pimenta você colocou nisso?Pedro sorriu de canto:- O mesmo tanto que você costumava comer, só que você tem estado no hospital e comendo alimentos leves por tanto tempo que não está mais acostumada, e por isso a reação é tão intensa
Dario não esperava que Isabela dissesse isso e ficou surpreso por um momento:- Senhorita Felícia...- Dario, você é suspeito de tentativa de homicídio contra a Carina por duas vezes e uma vez de tentar ferir o Pedro. Três crimes, vamos à delegacia resolver isso devagar, e só depois de a polícia dizer que você é inocente, podemos falar sobre o resto.- Senhorita Felícia, você não pode fazer isso.Isabela sorriu de canto:- Não posso? Por que não?- Eu sou o pai biológico do Pedro, se eu for preso, isso também afetará o Pedro. Você também não quer que o Pedro seja afetado, certo? - Dario olhou para Isabela e disse. - Além disso, tudo o que fiz foi com o intuito de reconhecer meu filho. Senhorita Felícia, eu sou apenas um pai que enlouqueceu após perder seu filho.Ao ouvir isso, Isabela não pôde evitar de amaldiçoá-lo:- Você não tem vergonha? Um pai que enlouqueceu por perder o filho? Você nem sequer cuidou dos seus filhos? Você merece ser chamado de pai?- Senhorita Felícia, eu agradeç
Isabela baixou a cabeça em silêncio por um momento antes de perguntar:- Você não veio aqui só para me repreender, veio?Cláudio revirou os olhos, irritado:- Eu vim para dizer que suspeito que Juliana esteja fingindo estar louca.- Fingindo estar louca? Tem certeza?- Não tenho certeza absoluta, mas realizamos uma tomografia computadorizada do cérebro dela e não mostrou nada anormal. Quanto ao estado mental, não posso te dar um resultado definitivo agora.Isabela fez uma careta:- Você não é um psicólogo profissional? Não consegue perceber isso?- Sou profissional, mas se ela está fingindo, ela também é muito habilidosa. Ela manifesta todos os pequenos gestos típicos de uma pessoa com doença mental; portanto, não posso oferecer uma resposta imediata.Ao ouvir isso, Isabela franziu a testa:- Se ela manifesta todos os gestos, por que você suspeita que ela esteja fingindo?Embora ela também tivesse suas suspeitas, não possuía provas.Cláudio apertou os lábios:- Intuição. Parece forçado
Mas, no final, Cláudio não disse nada, apenas acenou com a cabeça em concordância:- Bom, se você não quer, eu não insistirei mais nesse assunto.- Obrigado.De repente, Cláudio, sem entender bem o que se passava consigo mesmo, perguntou:- E quanto ao André? Vocês ainda pretendem se divorciar?Isabela, surpresa por um momento, balançou a cabeça:- Também não sei, sinto que estou paralisada, e que qualquer decisão que tome será errada.O divórcio, para o André atual, certamente se tornaria um escândalo, afetando assim sua posição no Grupo Almeida. Além disso, ele ficou deficiente das penas por causa dela, fazendo ela se sentir de alguma forma responsável. Mas, por não se divorciarem, ela sempre teve a sensação de que, emocionalmente, isso era injusto com André.A relação deles não era como a de marido e mulher, nem como amigos, apenas estavam conectados de maneira ambígua...- Isa, talvez seja melhor tomar uma decisão definitiva.Ao ouvir isso, Isabela ficou um pouco surpresa, olhand