- Fefe... Carina, de repente, interrompeu os pensamentos de Isabela, se virando para olhá-la e batendo na cama:- Se sente e fale devagar.Carina se sentou, um pouco cautelosa:- Eu... Sinto muito, não deveria ter...- Está tentando falar sobre testar se eu era realmente a Isabela? - Perguntou Isabela.Carina mordeu o lábio e assentiu.Vendo ela assim, Isabela sorriu:- Na verdade, não me importo que você me teste.Carina a olhou, um pouco surpresa:- Sério?- Claro, mas...Ao ouvir que havia uma condição, Carina engoliu em seco, nervosa, fixando o olhar em Isabela, temendo que ela se irritasse de repente.- Não deveria ter mentido, dizendo que não se lembrava de nada.Carina ficou sem saber o que dizer por um momento.Isabela pegou sua mão:- Entendo que estava com sentimentos complicados naquele momento, preocupada, com medo, e com tantas coisas na cabeça, por isso não ousou me contar. Mas precisa saber que, justamente porque todos estavam me escondendo, quase aconteceu uma tragédia
Então, era isso o que ela estava pensando...O frio da parede se infiltrava por suas costas até o peito, o fazendo sentir um certo frio.Mas ele não se afastou, apenas sorriu ironicamente.Afinal, a quem poderia culpar?Se não a tivesse torturado tanto quatro anos atrás, como teria levado a esse resultado?No fim das contas, apenas colhia o que plantou.Mas, ao vê-la bem, se sentia também aliviado.Depois de saber que ela foi esfaqueada, ele foi até lá durante a noite, mas naquela hora ela ainda estava inconsciente.No frio, ficou parado na porta por uma hora inteira, sem ousar entrar, mas também sem querer ir embora.Queria ver com os próprios olhos ela acordar, para ter certeza de que estava bem antes de partir.Mas, no final, devido à fraqueza do corpo, foi levado à força por Rodrigo.Agora, também acabava de acordar e arrastou seu corpo pesado até lá, vendo que ela ainda podia sorrir e até xingá-lo, ele finalmente respirou aliviado.A dor em seu abdômen era como se estivesse sendo
No dia seguinte, Isabela, após o café da manhã, planejava sair secretamente durante a consulta de retorno do Pedro e Carina. Embora ainda não tivesse pensado em uma solução perfeita, ela queria se encontrar primeiro com Dario. Só saberia se o negócio poderia ser feito se compreendesse o que, além de Pedro, Dario queria.No entanto, assim que trocou de roupa e saiu furtivamente, se virou e viu alguém encostado na parede. Seu rosto empalideceu no instante em que reconheceu a pessoa.- O que você está fazendo aqui? Me vigiando? Com medo de eu maltratar sua Giulia? - Indagou ela.Gabriel, debilitado por um tratamento negligente e uma febre ainda não curada, parecia pálido e ainda mais frio do que o usual.- Ouvi dizer que você estava ferida, então queria ver como você estava. - Disse ele.- Ver como eu estou? - Isabela olhou para ele com desconfiança. - Se você realmente se importa comigo, por que está se escondendo sorrateiramente na porta?Gabriel curvou seus lábios pálidos:- Eu sei q
- Gabriel, você matou tantas pessoas há quatro anos por causa da Mariana. Por que, mesmo depois de tanto tempo, continua tão cruel e indiferente?Os olhos de Isabela se encheram de lágrimas, e a dor que lacerava seu coração quase lhe tirava o fôlego.Ao vê-la com dificuldade para respirar, Gabriel mostrou preocupação:- Isa, você ainda não se recuperou totalmente. Volte e descanse, não fique mais irritada, essas coisas...Antes que ele terminasse, Isabela, com toda a sua força, o empurrou violentamente. Por inércia, acabou se chocando contra a parede oposta, direto na ferida, fazendo ela suar frio de dor.Gabriel estendeu a mão para ajudá-la, mas ela se esquivou, o encarando com desprezo:- Não me toque! Pare de fingir diante de mim!- Isa... - Gabriel parou com a mão no ar. - Por que desconfia tanto de mim?- Porque não acredito em coincidências!Como pode haver tantas coincidências assim?Ela foi ao escritório dele e precisamente encontrou Giulia saindo de seu quarto particular.E D
Isabela foi empurrada por alguém.Com o impacto, a ferida se rasgou dolorosamente, e sua testa logo se cobriu de um suor fino.Ela estava prestes a repreender o responsável, mas, ao levantar a cabeça e ver aquele rosto, ficou instantaneamente paralisada.Essa pessoa...Antes que pudesse reagir, a pessoa já havia desabado em seus braços.Isabela a empurrou levemente:- Você está acordada?Ela nem tinha começado a repreender a pessoa e já estava sendo envolvida na situação?Observando o rosto familiar, ela instintivamente afastou o cabelo da mulher e limpou o rosto dela, coberto de poeira, com a manga da camisa.Parecia, realmente parecia...Mas, como havia passado tanto tempo, sua memória estava um pouco turva, e ela não ousava confirmar.- Srta. Felícia?De repente, uma voz a trouxe de volta à realidade:- O que aconteceu aqui? Por que desceu assim, de repente? E essa pessoa...A enfermeira se inclinou para examinar e subitamente exclamou:- Meu Deus, essa pessoa está gravemente ferida
Ao ouvir isso, o homem atirou a ponta do cigarro no chão e a esmagou com seu sapato de couro brilhante.- Você não tem fichas suficientes para me fazer matar alguém. - Disse ele, jogando a pasta em uma mesa próxima. - Além disso, a pessoa é a Isabela.Dario também não era tolo:- Embora eu não saiba por que você está fazendo isso, suspeito que seu objetivo...Ele ainda não havia terminado de falar, quando um barulho estranho vindo de fora da casa o interrompeu.Dario, alerta, se aproximou da janela e gritou:- Quem está aí? Quem está aí fora?Assim que sua voz ecoou, viu uma sombra correr em direção ao bosque atrás da cabana abandonada.Dario franziu a testa, seus olhos brilhando com um lampejo de intenção assassina:- Tem alguém nos espionando, é um dos seus?- Meus homens precisariam espionar do lado de fora?Ao ouvir isso, Dario resmungou friamente e, sem vontade de discutir, se virou e correu atrás:- Não podemos deixá-lo escapar.Seria problemático se essa pessoa fosse avisar os o
Hospital.- Isa, o que aconteceu?Isabela estava distraída, olhando para a porta da sala de emergência, quando de repente ouviu alguém chamar seu nome, demorando um pouco para se virar e olhar.- Cláudio? Como você veio parar aqui?Cláudio franziu o cenho:- Como assim "como"? Você acha certo se machucar, não cuidar de si mesma, sair causando problemas e, se a enfermeira não tivesse me avisado, pretendia nos deixar às escuras?Isabela ficou sem saber o que dizer.Se lembrando de que tinha tentado sair escondida para encontrar Dario, ela não teve coragem de argumentar:- Eu não estava vagando sem destino, só queria arejar a mente, e acabei o encontrando perto do elevador.- Só isso? E por que você trocou de roupa? Por que não contou para o Pedro e para Caca?Cláudio desvendou a mentira dela e suspirou:- Você realmente não me escuta.- Cláudio, deixemos isso de lado por um momento.Isabela mudou de assunto rapidamente, apontando para a porta da sala de emergência:- Você sabe quem é a p
Pedro não pôde evitar revirar os olhos:- É a Juliana, não se deve chamar as pessoas por nomes errados se você não as conhece!Carina fez uma careta:- Como eu ia saber? Eu não a conheço.- Leve a Isa para descansar.Carina acenou com a cabeça.Ela segurou o braço de Isabela, puxando ela suavemente:- Fefe, vamos voltar para o quarto do hospital, seu ferimento... - Ela parou ao notar o sangue na roupa de Isabela. - Seu ferimento voltou a sangrar agora? Fefe, o que aconteceu? Precisamos voltar imediatamente para o quarto para chamarmos...- Não é nada, só voltou a sangrar quando saímos do elevador e a Juliana esbarrou em mim. A enfermeira já cuidou disso com um novo curativo.Isabela resistia:- Eu quero esperar aqui até ela acordar."Preciso saber, ela é realmente a Juliana? O que aconteceu nesses quatro anos e o que se passou naquele tempo..."- Isa, vá descansar. Eu vou ficar de olho aqui e te aviso assim que ela acordar, para você vir. - Disse Cláudio, franzindo o cenho. - Você sabe