André viu o rosto pálido dela, se aproximou e segurou sua mão, confortando ela: - Não se preocupe, vai ficar tudo bem.Isabela, por um momento atordoada, tinha os olhos cheios de lágrimas enquanto olhava para ele e murmurou: - Eu causei isso a ela.O homem que acabava de passar era o parente distante mencionado por Pedro. Ela deveria ter percebido que ele não era simples, mas acreditou nas palavras de Pedro e não questionou. No fim, isso prejudicou Carina. Tudo por causa de sua negligência... Uma frieza se espalhou dos pés ao peito, fazendo ela tremer de frio involuntariamente.Carina não poderia ter algo sério, caso contrário, como Isabela explicaria isso ao Cláudio... Vinte minutos depois, o médico finalmente se virou e disse: - Sra. Felícia, conseguimos salvar a Srta. Carina, mas levará um tempo até que ela acorde.Isabela mordeu o lábio inferior, com a voz tremendo:- O que... O que aconteceu com ela?- Alguém lhe injetou uma overdose de anestésico. Felizmente, agimos a tem
Isabela entrou rapidamente no quarto de Pedro no hospital, trancou a porta e se aproximou de Pedro, que estava deitado na cama.- Pedro, se levante, não é hora de dormir agora.Pedro, atordoado pela medicação, se surpreendeu ao ser abruptamente acordado e, compreensivelmente, se irritou.- Quem está aí? O que está fazendo?Assim que terminou de falar, abriu os olhos e viu o rosto irritado de Isabela, se acalmando imediatamente.Pedro perguntou com educação: - É você, Isa?- Quem mais poderia ser? - Isabela soltou um suspiro e o olhou friamente de cima para baixo. - Pedro, a partir de agora, você vai responder a tudo o que eu perguntar, e se ousar mentir, não te considerarei mais como irmão!Ao ouvir isso, a expressão de Pedro mudou, e ele segurou a manga dela com um pouco de medo: - Isa, o que houve?Isabela retirou a mão:- Sem mais perguntas. Me diga primeiro, quem é o homem que te procurou duas vezes? - Disse ela, impondo severidade para evitar que Pedro mentisse. - Não tente me e
- Acabou de ser resgatada a tempo, mas Dario injetou nela uma dose letal de anestésico. Se eu não tivesse passado pelo corredor naquele momento, seria difícil dizer. - Isabela disse, apertando os lábios. - Sei que você tem seus motivos, mas, Pedro, não quero que você se machuque, entendeu?Pedro a olhava, atônito. Abriu a boca, mas demorou para conseguir falar.- Se Cláudio descobrir que isso tem a ver com você, ele nunca vai te perdoar. Então, por favor, me conte o que você sabe, está bem?Isabela se sentou ao lado da cama, suavizando o tom de voz:- Dario certamente não quis matá-la sem motivo. Então, o que exatamente aconteceu naquele dia?Pedro engoliu em seco, nervoso, e se virou para olhar pela janela, evitando o olhar de Isabela.Ele não queria mentir para ela, mas também não queria revelar a verdade.Tudo começou por causa dele; então, deveria ser ele a resolver.Ela era sua benfeitora, sua família, sua irmã...Ele não podia permitir que ela se machucasse, muito menos que Dario
Ao ouvir o som, os dois viraram a cabeça e viram Gabriel, vestido com um sobretudo preto e trazendo consigo um ar gélido, parado à porta.Ao vê-lo, o rosto de Isabela escureceu e ela virou a cabeça, se recusando a olhar para ele novamente.Cláudio olhou para ambos e caminhou em sua direção:- Como você veio parar aqui?Gabriel fixou seu olhar intensamente em Isabela, sem esforço algum para disfarçar suas intenções.Para Cláudio, felizmente, isso não era nada estranho.Nem Carina nem ele eram próximos de Gabriel; ele era, afinal, apenas um "irmão".Ele deu um tapinha no braço de Gabriel, sussurrando um lembrete: - Se for falar, faça isso lá fora, não aqui no quarto.Gabriel acenou com a cabeça, concordando, e caminhou diretamente em direção a Isabela.- Está tão relutante em me ver?Isabela já não queria encontrá-lo, e com o episódio da tarde envolvendo Giulia, ela estava realmente furiosa.Mas, estando no quarto de hospital de Carina, teve que conter suas emoções e disse friamente: -
Isabela não conseguiu evitar de se repreender mentalmente.Ela acabava de se sentir sentimental por esse homem, que absurdo!- Com ciúmes? Onde você viu ciúmes?Gabriel riu baixinho e esfregou de leve seus lábios frios no rosto dela: - Meus dois olhos viram, Isa, você está com ciúmes, você ainda tem sentimentos por mim.Absurdo!Isabela tentou se libertar, mas Gabriel a segurou com firmeza.Ele passou delicadamente os dedos pelos cabelos dela:- Isa, vamos fazer as pazes? Vamos parar de nos torturar, que tal?Isabela estava a ponto de enlouquecer."Como esse homem não entende o que as pessoas dizem?"- Gabriel, você é um canalha! Giulia está grávida do seu filho, e você aqui tentando se reconciliar comigo? Você sabe o que é ser um canalha? Você é um canalha!- Isa, quantas vezes tenho que dizer? Eu e aquela mulher realmente não tivemos nada, tudo foi uma conspiração planejada. - Dizendo isso, ele afundou a cabeça nos cabelos dela. - Isa, eu realmente preciso de você ao meu lado.Perce
Durante a noite, Isabela se revirava na cama, incapaz de pegar no sono.Ela pensava em muitas pessoas: tio Cardoso, Mônica, Sofia, Carina, Pedro...Uma vida em troca de outra, valeria realmente a pena?E ela, estaria disposta a sacrificar sua própria vida por alguém?Antes, não hesitaria em dar sua vida por Gabriel, mas agora?De repente, se sentiu extremamente egoísta.André sempre lhe dizia que ela pensava nos outros, mas nunca em si mesma.No entanto, agora, refletindo melhor, será que ela realmente havia considerado os outros?A situação com Pedro teria terminado assim por sua falta de consideração, por ser negligente?Se lembrando do ocorrido com Pedro, ela apertou a ponta do cobertor.Após algum tempo, pegou o celular e discou um número.- Já está dormindo?Do outro lado da linha, a pessoa riu:- Chefe, esqueceu que sou uma coruja noturna? Além disso, estou de volta ao trabalho no bar. Não está querendo checar se estou aqui, está?Ao ouvir isso, Isabela se sentiu surpresa e um po
- Não, a Dulce não se machucou, mas... - O diretor de turma fez uma pausa. - A Dulce feriu um colega.- O quê? Você está dizendo que a Dulce feriu um colega? Professor, tem certeza de que não está enganado?- Sra. Almeida, venha e veja com seus próprios olhos.Após desligar o telefone, Isabela se despediu de Carina e correu para a escola."Como a Dulce poderia agredir alguém? Desde pequena, ela sempre foi muito gentil e atenciosa, raramente se irrita a ponto de jogar coisas. Como ela poderia agredir alguém sem motivo? Será que ela aprendeu algo ruim na escola?"Isabela estava extremamente ansiosa e, inadvertidamente, pisou mais forte no acelerador.Ao chegar à escola, ela estacionou o carro às pressas na beira da estrada e correu para o jardim de infância.Quando chegou, ouviu o choro das crianças, repreensões dos familiares e consolações dos professores no escritório.- Professor Duarte, o que aconteceu?O professor Duarte se virou e viu Isabela: - Você é a mãe da Dulce, certo?Isabe
- Que absurdo! Como pode culpar os outros quando foi você que causou o problema? - Isabela estava um pouco irritada, apontando para as marcas de sangue no rosto do menino. - Olhe para você mesma, cortou o rosto deles e nem sequer pediu desculpas. Ainda está aqui falando sobre mudar de escola, no que está pensando...- Mamãe, eu não estou errada! Eles que mereceram!- Dulce, como pode falar assim? Será que te mimei demais? - Isabela colocou ela no chão, com uma expressão séria. - A realidade agora é que você os machucou, como ainda pode xingar?- É óbvio que ela não foi bem educada! Uma menina mimada assim será um desastre quando crescer! Meninas devem ser mais gentis, sempre dando espaço aos meninos. Mesmo que os meninos falem coisas desagradáveis, e daí? Meninos são naturalmente mais rudes e desajeitados. Isso basta, mas recorrer à violência é inaceitável. Quando crescer, com certeza ninguém a vai querer!Isabela ainda sentia alguma culpa, mas ao ouvir isso, ficou imediatamente furios