Pelas janelas ao redor, entrava o vento fresco capaz de esvoaçar todas às cortinas, bordas de toalhas de mesas assim como os fios de cabelo de todos aqueles que ali estavam presentes. Demir nesse momento estava estático olhando para Oliver e Said a alguns passos diante dele. Dos seus olhos caiam lágrimas e talvez elas fossem de culpa ou susto por ter diante de seus olhos à imagem de sua paixão obsessiva de forma duplicada.
Sem feição nenhuma Oliver o encarava, e logo naquele instante vieram a tona todas às imagens do armazém pegando fogo assim como à imagem de Mert sorrindo para si seguida de imagens de recordações de momentos vividos com seu irmão, inevitavelmente lágrimas começaram a cair dos seus olhos até caírem ao chão amadeirado de baixo de seus pés. Ainda naquele espaço Fatdaleme estava ajoelhada acariciando o rosto de yünkar, enquanto kemal tentava acorda-la do desmaio. De braços cruzados Zeynep observava tudo ao seu redor e
Demir arregalou ainda mais seus olhos, e de seguida deu um passo para trás. Nesse momento sua mente regressou ao dia em que viu pela primeira vez Said.Istambul, 05 de janeiro de 1970.Dentro do seu carro fusca vermelho, Demir olhava seu relógio de prata preso em seu pulso esquerdo, ao seu lado cetim dirigia o carro concentrado, até que este disse._ Chegaremos a tempo a estação de comboio, o senhor não precisa preocupar-se._ Afirmou.___ É bom mesmo, não posso me atrasar…preciso desses documentos que o geólogo fez nas terras do Osman…Eu tenho quase a certeza que aquelas terras estão repletas de diamantes. ___ Respondeu tomando à atenção de Cetim que continuava concentrado no volante.___ O senhor foi muito esperto ao ter dado todo aquele dinheiro ao Osman em troca das terras dele.___ É, sei que ele jamais conseguirá me pagar e co
Narrado por Oliver.O vento esvoaçava nossos fios de cabelo naquele espaço tão pequeno e repleto de flores. Podiam se ouvir pássaros cantarolando por todos os cantos daquela fazenda entre outros que por vezes adentravam por aquela estufa através das janelas , o perfume das flores navegavam pelo ar até chegar a mim e provavelmente à eles em frente a mim.Em verdade eu podia ver à tristeza presente nos olhos de Demir suplicando pelo perdão de yünkar que naquele momento se encontrava em um mundo de ilusões, um mundo de lembranças de um passado jamais vivido, um mundo repleto de cicatrizes abertas, feridas mal saradas, dor extrema e profunda, talvez parte dessa verdade nos olhos de Demir estivesse subjectiva a dúvidas criadas por mim , em relação ao seu suposto arrependimento por tudo quanto fizera em sua vida.Dos meus olhos caiam lágrimas,e olhando-os eu podi
Após cessarem o abraço, Züleyha colocou suas mãos sobre o rosto de Oliver molhado, assim como seus olhos que pareciam pedras preciosas esverdeadas no fundo de um lago. Ela suspirou e sorriu e nesse instante Oliver sorriu e disse.___ Não vá, o que será de mim sem a senhora aqui? ___ Afirmou mudando sua feição para tristeza.___ Talvez eu devesse ter feito essa mesma pergunta ao seu pai quando toda desgraça do vício iniciou. Fui fraca, medrosa e por vezes egoísta…e se pudesse voltar para trás, tudo séria diferente.___ O Futuro pode ser mudado, basta uma escolha feita agora…no nosso presente para tudo tornar-se diferente . ___ Exclamou Oliver.Nesse momento Züleyha retirou suas mãos do rosto de Oliver, seguidamente entrelaçandou seus dedos aos dedos de Oliver e disse após um longo suspiro de paz.___ Não é a mim quem você têm que pedir para ficar…Não sou eu quem fará com que o futuro sej
Um tempo depois Oliver chegou a beira do precipício assim como alguns camponeses, à imagem preenchida em seus olhos era de uma poça de sangue em volta a Zeynep a metros de distância à baixo da colina .___ Que fim triste desta mulher. ___ murmurou uma camponesa ao lado de Oliver, a tristeza estava evidente em seus olhos assim como o arrepio devido á imagem assustadora formada pelo corpo de Zeynep.Oliver tinha seus olhos postos no copo de Zeynep e Sem olhar a mulher camponesa ao seu lado, ele disse em tom baixo como se fosse um murmúrio.___ Na vida tudo têm um fim, às vezes parece que não mas o fim existe para tudo e todos…lamento o fim dela, mas vida quiz que assim fosse.___ Adana parece ser uma terra amaldiçoada.___ Afirmou a mulher. ___ Somente desgraças acontecem por aqui_ Como disse antes._ exclamou Oliver tomando a atenção da mulher. ___ Tudo têm um fim, sonho com uma Adana livre de dor, preconce
Narrado por Oliver.Permaneci estático vendo o camião desaparecer por completo pela estrada de terra vermelha, aquela altura meu coração estava apertado e em alguns momentos dormente.O medo de não vê-lo voltar por aquela mesma estrada me atormentava ao ponto de deixar-me perturbado, e eu me perguntava se tudo o que vivemos e aconteceu teria sido em vão, se nosso amor não teria sido forte o suficiente para superar mais aquela barreira imposta pela vida.De qualquer forma só me restava esperar e rezar todos os dias em que ele estivesse naquele campo de batalha lutando por todos nós, por todos nós que desde que o mundo é mundo é julgado por simplesmente ser o quê é. * * * Virei-me para entrar no casarão, eu caminhava lentamente em d
Adana, 30 de Janeiro de 1970. ***Era uma tarde ensolarada em Adana, pelas ruas de terra oliver caminhava voltando da cidade com uma cesta de batatas. A cidade não ficava muito distante de sua casa que estava praticamente fora da cidade e próxima as fazendas de café do temido barão do tráfico, Demir ylmaz conhecido como o barão do café, que pouco visitava suas fazendas por estar mais tempo e ocupado em Istambul com seus negócios ilícitos.Oliver caminhava pensativo e angustiado , em como poderia fazer para livrar seu pai do vício das drogas e jogos de azar como também sua mãe zuleya e seu irmão Mert do sofrimento por presenciar várias cenas de ataque de fúria do seu pai. O que o fez pensar que o mesmo teria que a
Então você já têm como pagar sua dívida comigo __ afirmou Demir.Osman arregalou os olhos.__ Como assim? __ indagou.__ Muito simples, eu quero seu filho em troca da dívida.Naquele momento todos arregalaram seus olhos.Com feição de apreensividade Osman olhou Oliver e este tomou sua atenção de seguida, seus olhos já estavam marejados e sua boca levemente palida. Yunkar olhou Demir sem entender o real sentido da frase do seu filho, a mesma estava atônita e sem forças para rebater nenhuma frase que pudesse sanar todas às suas duvidas naquele momento . Demir por sua vez sorria direccionando seus olhos em cima de Oliver, em sua mente passavam vários feiches de memória de momentos intimos que o mesmo almeijava passar em um quarto fechado com Oliver.***Enquanto isso acontecia, kemal cavalgava em cima do seu cavalo preto em direcção a casa de Oliver, o mesmo sorria
O ambiente na sala do casarão dos Ylmaz estava extremamente tenso. Os olhos de todos estavam direcionados na arma que estava nas mãos de Demir, e o mesmo estava sedento de raiva a ponto de disparar a qualquer momento contra kemal que o encarava de cabeça erguida sem demonstrar medo ou franqueza. Dos olhos de Oliver ja caiam lágrimas intensamente após este gritar o nome de kemal em desespero. Ainda naquele espaço yunkar estava trêmula ao lado de Osman que até então estava apreensivo e cheio de culpa.__ Atira __ gritou kemal __ Eu não tenho medo de você Demir Ylmaz , precisa ser muito covarde e pouco homem para confiar somente em uma arma __ concluiu dando três passos em direção de demir.Naquele momento kemal tirou a pasta de couro que trazia, jogando-à de seguida ao chão, de imediato rasgou à camisa em tons de creme deixando expostos seus peitos.__ ATIRA__ Vociferou batendo seus peitos.Seus olhos já estavam vermelhos e dilatados de raiva.__ ke