Leonor narrando: Eu era uma mulher completamente Indefesa ainda escorada na porta embriagada, ouvindo as palavras de Call saindo como se ele também se sentisse fraco naquele momento, como se também odiasse o que estava dizendo:- porque? - falei surpresa com um tom de voz fraco desacreditada, como se ele estivesse inventando aquilo só para não me dar o que eu estava pedindo. - quando a gente começou a namorar, e falei para os meus pais sobre o noivado, toda minha família julgou por conta da sua família, por conta da sua mãe e das coisas na qual ela fazia. Meu pai jurou que o nosso casamento não duraria um mês, mas eu sabia Leonor, sabia que o nosso amor ele era real, era algo intenso, podia ver isso nos seus olhos, assim como podia sentir o amor sugando em mim todo o desejo que tinha de fazer dar certo... - E então você imaginou que seria uma ótima ideia assinar a droga de um contrato sem que eu soubesse e passar cinco anos sem me dizer absolutamente nada? A droga de um co
Leonor narrando: Descendo do carro eufórica, não pensava exatamente sobre o que queria fazer, apenas sentia uma necessidade de gritar meus sentimentos como Hard havia me ensinado. Frente a casa da minha mãe com um taco de golfe em mãos, caminhei até a porta e a empurrei com toda força possível, até que a sua maçaneta se abrisse, entrando a vi sentada no sofá com mais um de seus homens, enquanto bebiam cerveja e havia a bituca de cigarro por toda a casa. Aquela cena fazia com que minha fúria subisse mais ainda, e apenas sentia, sem pensar, como se fosse guiada apenas pela minha ira perdendo o controle dos meus próprios impulso: - o que pensa que está fazendo? - o homem que estava a acompanhando me disse em um tom intimidador e bravo, se levantando do sofá. - O que eu penso que estou fazendo? O que você pensa que está fazendo dentro da casa que também me pertence? - disse gritando e batendo contra um copo que estava sobre a mesa com o taco, o fazendo se quebrar no chão. - Da c
Hard narrando: Ver o carro de Leonor se afastar cada vez de mim, apertava o meu peito, mas sabia que precisava deixar que ela fosse, não fazia parte de mim querer decidir o destino que ela iria tomar, mesmo que soubesse que ao lado de Call ela jamais será feliz. Olhava para seus olhos, enquanto ela falava sobre suas frustrações e questionava se poderia ser bom o bastante para ela, se conseguiria a fazer feliz, e cada vez que ela sorria não só com a boca mas também com seus olhos, entendia que deveria ser capaz, que era meu dever conseguir. Mas como uma pessoa que jamais conheceu o amor, como lidar com alguém tão doce e destemida? Podia ser mais velho que Leonor, mas ainda assim quando estava ao lado dela me sentia apenas um garotinho e meio a um namoro adolescente, um garoto prestes a perder alguém que sente algo além de atração. Após ter passado um dia com ela fui percebendo que não se tratava apenas de que querer a ter como uma posse, mas queria a ter para a amar, ser n
Leonor narrando: Hard olhava nos meus olhos e deixava as palavras saírem de uma forma que me gerava medo, ao mesmo tempo que fazia com que me entregasse ao real sentimento que me fez procurar por ele novamente, o desejo de me sentir protegida, como se ele pudesse segurar todo o meu mundo apenas por olhar nos meus olhos. Compreendo a minha mãe agora, por ver que passei uma vida toda julgando um sentimento do qual estou prestes a descobrir, estou prestes a encontrar, e vejo com outros olhos a traição ou menos no meu casamento, já que fui traída por cinco anos pela pessoa que jurei amar, que mentiu para mim. Não necessariamente a traição tem que ser física. Sentia vontade de sair correndo da frente de Hard, porque sentia toda aquela inundação de sentimentos e desejo me percorrendo como uma corrente elétrica que me fazia querer arrancar aquele avental e jogar a espátula que ele segurava em mãos longe, mas era como se os meus pés estivessem grudados no chão, e mesmo que uma parte min
Hard narrando: jogando a espátula que segurava em mãos no chão, entrelace meus braços em sua cintura lhe trazendo para mais perto enquanto minhas mãos percorriam o perfeito corpo dela, sentindo e desbravando com as pontas do dedo, cada curva enquanto nosso beijo se tornava cada vez mais intenso, era louco o sentimento que ela me gerava, só pelas minhas mãos estarem contato com o seu corpo enquanto ela se entregava com seus lábios doces que ainda continham o cheiro e o gosto do Álcool. Leonor parou de me beijar e olhou em meus olhos e a pouca distância da qual ela colocou entre nós me fez sentir como se não pudesse soltá-la, não naquele momento, não queria que fosse só um beijo. A puxei novamente com minhas mãos passando por seu pescoço e parando em sua nuca, apoiando a sua cabeça e um beijo quente e molhado, descendo minha mão por sua cintura apertei sua bunda a trazendo para perto de mim, com um impulso ela pulou entrelaçando suas pernas em minhas costas, e nossos corpos se
Call narrando: Durante todo o momento em que Leonor passou pela porta fiquei sentado, questionando, paralisado ainda não conseguia entender tudo o que estava acontecendo mas no fundo uma parte minha começou a acreditar em tudo que tanto meu pai quanto Hard haviam me dito. Quando paro para olhar para trás, o nosso relacionamento, não vejo onde exatamente o amor foi mais forte do que toda a minha ambição. Tudo isso só apareceu quando tomei a pior decisão da minha vida, que foi ter vendido a minha esposa, mas isso já vinha me predominando desde o início, quis ser melhor do que o meu pai, foi exatamente por isso que assinei aquele contrato antes mesmo do nosso noivado, mas quando me ajoelhei diante de Leonor e ela aceitou o único sentimento que me predominou primeiramente foi o sentimento de que havia conseguido, de que iria calar a boca do meu pai, iria provar que nem eu e nem Leonor éramos quem ele julgava ser. A forma com a qual ela se destacava no jantar dos sócios, me levava usa ela
Hard narrando Parado frente ao escritório da revista em um domingo as sete da manhã, após o segurança me informar um movimento estranho na frente do prédio, e ainda me questionando o por que Leonor havia corrido desesperada pela escada após ter se entregado ao seu desejo de uma forma da qual jamais imaginei que ela se entregaria. Leonor se mostrou uma mulher sem medo de nada, uma mulher que sabe o que quer, e haver usando se prazer fazendo exatamente da forma que queria, me fez a desejar ainda mais, ela se entregou sem ter medo nenhum de sentir cada momento. E pela primeira vez, me senti realizado, como se Leonor tivesse sido a única mulher que conseguiu fazer com que eu relaxasse. E agora estou havendo deitada sobre o banco de seu carro dormindo na frente do escritório da revista, sem entender como ou porque seus caminhos lhe trouxeram ali. Não sabia como as coisas ficariam entre a gente após o que aconteceu na noite anterior, uma parte minha temia, temia que ela se fechasse, s
Leonor narrando: O problema do álcool, é que ele seca toda as suas reservas de hormônios que te geram a alegria, e a euforia daquele momento da noite anterior, havia se tornado uma imensidão de sentimentos que me oprimiam o peito ao mesmo tempo que me gerava uma vergonha absurda pela decisão que havia tomado naquele momento. Não podia dizer que me arrependia, havia sido algo intenso, e essa intensidade me deixaria marcas. Tudo era confuso, e subia como um choro prendendo minha garganta em meio a toda a confusão que estava em mim, pensava em Hard, e o desejava com todas as minhas forças, desejava o ter novamente e o sentir se forçando dentro de mim novamente. Mais as lembranças de Call tomavam forma dos momentos bons que tivemos, dos momentos que foi apenas a gente, principalmente os que tínhamos apenas um ao outro, segurando a mão firmemente sem pensar em desistir. Cada memoria, cada lembrança, me subia com um gosto amargo como se desse facadas em meu peito enfraquecendo minhas