Hard narrando: Estava perto, perto o suficiente sentindo sua respiração ofegante, sentindo a forma com que ela estava desesperada lutando contra aquele sentimento tanto quanto eu, a forma com a qual ele encarava a minha boca, fazia meu corpo se excitar: - O sol vai começar a se por.- lhe disse sorrindo, e me afastando. Não porque não queria beijá-la, isso era tudo que eu mais desejava naquele momento, mas não podia, não era assim que queria a ter, não sendo uma mulher casada. - é tem razão... - ela disse também recuando envergonhada. Quando tudo o que você deseja se confirma, é um misto de felicidade com um sentimento amedrontador. O sol começava a descer, e a garrafa de vodca ainda estava pela metade mas me obriguei a parar de beber, sabia sobre a minha responsabilidade de ter que dirigir, não que tivesse medo, não temia que algo me acontecesse, mas temia que acontecesse a ela: - já parou pra perceber a forma que sempre acabamos vendo o sol nascer
Leonor narrando: Quando descemos novamente na frente do bar para que eu pudesse pegar o meu carro, o meu peito estava espontaneamente feliz, o sorriso não saia do meu rosto, mas estar de volta a cidade, e saber que teria que voltar pra minha pacata vida, o tirava, o que fazia com que eu gritasse internamente o quanto não desejava isso: - tem certeza que esta bem o suficiente pra dirigir? -Hard disse na janela do carro enquanto eu o ligava. - tenho... fica tranquilo. – lhe disse com um sorriso, sentindo minha boca dormente por conta do álcool. Hard deu uns tapinhas no carro como despedida e apertou seus lábios se afastando. – ei... espera. – o gritei lhe fazendo recuar. - Obrigada de verdade pelo dia de hoje, foi muito bom pra mim, realmente precisava disso. – lhe disse. Pude ver o sorriso no rosto de Hard se tornando maior, e isso de certa forma fez com que eu me sentisse bem, por também ter lhe ajudado nesse dia. Pegando o meu carro, comecei a dirigir acompanhando Hard p
Leonor narrando: Eu era uma mulher completamente Indefesa ainda escorada na porta embriagada, ouvindo as palavras de Call saindo como se ele também se sentisse fraco naquele momento, como se também odiasse o que estava dizendo:- porque? - falei surpresa com um tom de voz fraco desacreditada, como se ele estivesse inventando aquilo só para não me dar o que eu estava pedindo. - quando a gente começou a namorar, e falei para os meus pais sobre o noivado, toda minha família julgou por conta da sua família, por conta da sua mãe e das coisas na qual ela fazia. Meu pai jurou que o nosso casamento não duraria um mês, mas eu sabia Leonor, sabia que o nosso amor ele era real, era algo intenso, podia ver isso nos seus olhos, assim como podia sentir o amor sugando em mim todo o desejo que tinha de fazer dar certo... - E então você imaginou que seria uma ótima ideia assinar a droga de um contrato sem que eu soubesse e passar cinco anos sem me dizer absolutamente nada? A droga de um co
Leonor narrando: Descendo do carro eufórica, não pensava exatamente sobre o que queria fazer, apenas sentia uma necessidade de gritar meus sentimentos como Hard havia me ensinado. Frente a casa da minha mãe com um taco de golfe em mãos, caminhei até a porta e a empurrei com toda força possível, até que a sua maçaneta se abrisse, entrando a vi sentada no sofá com mais um de seus homens, enquanto bebiam cerveja e havia a bituca de cigarro por toda a casa. Aquela cena fazia com que minha fúria subisse mais ainda, e apenas sentia, sem pensar, como se fosse guiada apenas pela minha ira perdendo o controle dos meus próprios impulso: - o que pensa que está fazendo? - o homem que estava a acompanhando me disse em um tom intimidador e bravo, se levantando do sofá. - O que eu penso que estou fazendo? O que você pensa que está fazendo dentro da casa que também me pertence? - disse gritando e batendo contra um copo que estava sobre a mesa com o taco, o fazendo se quebrar no chão. - Da c
Hard narrando: Ver o carro de Leonor se afastar cada vez de mim, apertava o meu peito, mas sabia que precisava deixar que ela fosse, não fazia parte de mim querer decidir o destino que ela iria tomar, mesmo que soubesse que ao lado de Call ela jamais será feliz. Olhava para seus olhos, enquanto ela falava sobre suas frustrações e questionava se poderia ser bom o bastante para ela, se conseguiria a fazer feliz, e cada vez que ela sorria não só com a boca mas também com seus olhos, entendia que deveria ser capaz, que era meu dever conseguir. Mas como uma pessoa que jamais conheceu o amor, como lidar com alguém tão doce e destemida? Podia ser mais velho que Leonor, mas ainda assim quando estava ao lado dela me sentia apenas um garotinho e meio a um namoro adolescente, um garoto prestes a perder alguém que sente algo além de atração. Após ter passado um dia com ela fui percebendo que não se tratava apenas de que querer a ter como uma posse, mas queria a ter para a amar, ser n
Leonor narrando: Hard olhava nos meus olhos e deixava as palavras saírem de uma forma que me gerava medo, ao mesmo tempo que fazia com que me entregasse ao real sentimento que me fez procurar por ele novamente, o desejo de me sentir protegida, como se ele pudesse segurar todo o meu mundo apenas por olhar nos meus olhos. Compreendo a minha mãe agora, por ver que passei uma vida toda julgando um sentimento do qual estou prestes a descobrir, estou prestes a encontrar, e vejo com outros olhos a traição ou menos no meu casamento, já que fui traída por cinco anos pela pessoa que jurei amar, que mentiu para mim. Não necessariamente a traição tem que ser física. Sentia vontade de sair correndo da frente de Hard, porque sentia toda aquela inundação de sentimentos e desejo me percorrendo como uma corrente elétrica que me fazia querer arrancar aquele avental e jogar a espátula que ele segurava em mãos longe, mas era como se os meus pés estivessem grudados no chão, e mesmo que uma parte min
Hard narrando: jogando a espátula que segurava em mãos no chão, entrelace meus braços em sua cintura lhe trazendo para mais perto enquanto minhas mãos percorriam o perfeito corpo dela, sentindo e desbravando com as pontas do dedo, cada curva enquanto nosso beijo se tornava cada vez mais intenso, era louco o sentimento que ela me gerava, só pelas minhas mãos estarem contato com o seu corpo enquanto ela se entregava com seus lábios doces que ainda continham o cheiro e o gosto do Álcool. Leonor parou de me beijar e olhou em meus olhos e a pouca distância da qual ela colocou entre nós me fez sentir como se não pudesse soltá-la, não naquele momento, não queria que fosse só um beijo. A puxei novamente com minhas mãos passando por seu pescoço e parando em sua nuca, apoiando a sua cabeça e um beijo quente e molhado, descendo minha mão por sua cintura apertei sua bunda a trazendo para perto de mim, com um impulso ela pulou entrelaçando suas pernas em minhas costas, e nossos corpos se
Call narrando: Durante todo o momento em que Leonor passou pela porta fiquei sentado, questionando, paralisado ainda não conseguia entender tudo o que estava acontecendo mas no fundo uma parte minha começou a acreditar em tudo que tanto meu pai quanto Hard haviam me dito. Quando paro para olhar para trás, o nosso relacionamento, não vejo onde exatamente o amor foi mais forte do que toda a minha ambição. Tudo isso só apareceu quando tomei a pior decisão da minha vida, que foi ter vendido a minha esposa, mas isso já vinha me predominando desde o início, quis ser melhor do que o meu pai, foi exatamente por isso que assinei aquele contrato antes mesmo do nosso noivado, mas quando me ajoelhei diante de Leonor e ela aceitou o único sentimento que me predominou primeiramente foi o sentimento de que havia conseguido, de que iria calar a boca do meu pai, iria provar que nem eu e nem Leonor éramos quem ele julgava ser. A forma com a qual ela se destacava no jantar dos sócios, me levava usa ela