Estava terminando de comer a terceira torrada com geléia. Noto que o Mattia está impaciente.— Que droga! Que demora pra fazer a vitamina? Vou lá ver! — Estava se preparando para se levantar. Levo minha mão no seu braço impedindo.— Não vai pra lá… — Ele me olha confuso.— Por quê? — Pergunta.— Deixa que eu vou lá. E também vou conversar com ela para tentar descobrir porque ela está assim comigo. — Aviso. Depois me limpo com o guardanapo. Me levanto da cadeira para ir pra cozinha.— Anjo não precisa. Deixa pra uma outra hora? Esqueceu que você tem que ir pra faculdade, já perdeu uma aula e assim vai perder… — Levo meu dedo na sua boca não deixando ele continuar. Depois me inclino e dou um beijo que acaba se rendendo nos meus lábios. É muito bom beijá-lo, mas tive que sair.— Agora vou lá conversar com ela e não vou demorar. — Me afasto. Ele me fita intrigado. — O que foi? — Pergunto, olhando para ele.— Nada. — Ele encosta na cadeira e dá um sorriso. Também retribui o sorriso e fui p
Enquanto a Emma foi pra cozinha falar com a Guilia terminava de tomar o meu suco de laranja. Volto a me encostar na cadeira e saboreando o suco.— Oi… Licença… — Vou pra frente colocando o copo sobre a mesa. Depois me viro para ver quem era.— Riccardo? Você por aqui? — Indago.— Sim. Vim trazer os lucros das vendas. E também trouxe o caderno para contabilidade. Esqueceu? — Ele fala se aproximando da mesa.— Caramba, esqueci completamente. — Levo a mão na cabeça, coçando o couro do cabelo.— Tudo bem, Mattia. Por isso que achei vir aqui. — Ele disse.— Ok. Passa
A aula acabou. Hoje foi aula de imunologia, foi sobre as estruturas e o funcionamento do sistema imune. E os principais mecanismos e barreiras de defesa do organismo, explicando como ele reage contra os mais diversos agentes externos. Foi muito bom a aula. Olho para o lado e para o outro e nada. Dou mais uma olhada e também nada. Caramba! Cadê ela?— Está procurando alguém? — Viro o meu rosto para o lado e o tal moço está me fitando. Volto olhar para frente, fingindo que não era comigo. Depois me levanto e guardo minhas coisas na mochila. Sinto alguém tocar no meu braço e me viro. — Você não me ouviu? — Sacudir a cabeça que sim. — Se me ouviu e por que não me respondeu? — Fico calada. O que vou dizer? Olho para ele e assim de perto dava para ver seus olhos e são verdes…
— O que você está querendo dizer, Vittoria? — Questiono. Ela não fala nada, fica um silêncio. — Vittoria? Vittoria? — A chamo e nada. Só falta essa p0rra ter caído!— Oi Mattia, estou aqui. — Ela responde. Depois de ficar uns minutos em silêncio.— Que bom. Achei que tinha caído a ligação. Agora fala que papo foi aquele? — Volto a perguntar. Quero saber porque ela disse aquilo?— Ah, Mattia só queria saber se era a mesma garota que tinha mencionado da outra vez. Só isso. E outra, ela sabe dos seus gostos peculiares? Acho que não faz parte do mundo dela. — Ela disse. Solto o ar. No começo também achava, mas a Emma me surpreendeu muito… Fechei os olhos
Estava bem diante dela esperando ela me dizer o que aconteceu. Cansei de ser bonzinho. Então tive que ameaçar de por ela na rua se não me falasse. Gosto da Guilia, gosto mesmo. Ela é uma irmã pra mim, mas não posso mais passar pano pra ela, ainda que o assunto seja o meu anjo.— VAMOS Guilia! ESTOU ESPERANDO ALGUMA RESPOSTA! — Questiono. Olho para ela esperando ela justificar por que deixou a Emma naquele estado.— Eu… Eu… — Ela começa gaguejar. Olha para os lados, não consegue me encarar. A pego no seu braço e a faço olhar pra mim.— Guilia! Não vou repetir. Então diga de uma vez. QUE PORRA A CONTECEU LÁ NA COZINHA ENTRE VOCÊ E A EMMA? — Esbravejo. Ainda segurando o seu
Acabo de chegar. Dou três batidas na porta que logo se abre. No outro lado é a Guilia.— Oi, Riccardo.— Oi Ju. O Neg@o está me esperando… — Ela me interrompe.— Eu já sei. Ele já me disse mais cedo. Então, vamos para com esse papo furado e entra logo. — Avisa, se afasta para eu entrar.— Está bem. — Dou um passo para entrar e depois ela fechou a porta. Caminhou para frente e fui atrás dela. — E ele tá onde? — Pergunto, olhando pela sala de estar. Ela parou e depois se virou ficando de frente para mim.— Ele está no quarto, descansando. — Responde, com a mão na cintura me fitando
Faz uns dez minutos que a gente tinha acabado de almoçar e eu estava ouvindo tudo que o Riccardo estava me falando sobre o negócio.— Devagar Riccardo, explica mais uma vez. Como é esse negócio aí que tu tá falando aí? Ergo a mão no ar na sua direção. Depois dou um gole no copo de suco.— Está bem, eu vou falar um pouco mais devagar. Me desculpe, mas eu estou muito empolgado. — Encosta na cadeira e coloca o copo que tinha terminado de beber o suco sobre a mesa. Nesse momento entra a Guilia para pegar os pratos que estavam sobre a mesa.— Licença Mattia, eu posso tirar os pratos? Ela pergunta. Me fitando com os braços para trás, aguardando.
Estávamos no pátio embaixo de uma árvore, enquanto eu copiava a matéria do caderno do Fabrício. Estávamos no intervalo, aproveitei para copiar a matéria e também a gente estava conversando um pouco, conhecendo um pouco um do outro. Fabrício me conta que faz um mês ou,mais ou menos, que ele se mudou para o Rio, ele mora num apartamento aqui perto da faculdade, então não é muito difícil para ele vir. O mesmo pode vir a pé que não é muito longe, acho que é dois quilômetros da sua casa até a faculdade ou quando ele não está muito afim ele mesmo disse que pega um Uber. Antes do Mattia entrar na minha vida eu pegava até dois ônibus para vir i na faculdade ou quando tinha uma linha direta, mas aí eu tinha que acordar às quatro da manhã para ir no ponto para pegar o ônibus, mas agora o Mattia me traz e até me leva de volta para casa. Não tem mais esse problema.— Emma, eu falei um pouco de mim porque você não fala mais sobre você? — Pergunta o Fabrício que está sentado ao meu lado.— Eu? —